O primeiro-ministro guineense afirmou esta quarta-feira que vai ser feita uma remodelação do governo e desmentiu que tenha apresentado a demissão, declarações realizadas após uma ausência do país de mais de um mês, em tratamento médico.

Rui de Barros abordou estes assuntos após ter sido recebido em audiência pelo presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, num gesto que diz ter sido de rotina.

“Ele está inteiro”, disse Sissoco Embaló, sobre Rui de Barros, quando este o cumprimentou numa dependência externa da Presidência da República onde, habitualmente, o chefe de Estado recebe convidados e visitas.

Embaló segurou o braço de Rui de Barros ao mesmo tempo que repetia para os jornalistas que o primeiro-ministro está bem de saúde.

Em vários círculos guineenses e nas redes sociais foi referido, nos últimos dias, que o primeiro-ministro não iria voltar ao país por se encontrar “gravemente doente” ao ponto de ter apresentado o pedido de demissão.

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Questionado sobre se chegou a pedir demissão do cargo, Rui de Barros disse que estava a ouvir essa questão esta quarta-feira.

“Estive (…) em tratamento, estou cá hoje, é uma rotina, mas sempre estive em comunicação com o Presidente da República. Estou a ouvir isso agora. Da minha parte, e que eu saiba, nunca apresentei pedido de demissão”, garantiu.

O primeiro-ministro esclareceu igualmente que haverá remodelação do governo, “mas em concertação com o Presidente”, disse.

Por divergências dos respetivos partidos com Umaro Sissoco Embaló, demitiram-se os ministros da Saúde Pública (Domingos Malu), da Juventude, Cultura e Desporto (Augusto Gomes) e da Energia (Hideberto Infanda).

Pelo mesmo motivo, saiu do governo de iniciativa presidencial o secretário de Estado da Juventude (Garcia Biifa).

Na semana passada, o presidente guineense exonerou do cargo, sem anunciar os motivos, o ministro das Obras Públicas, Habitação e Urbanismo, Fidelis Forbs. Aquelas funções estão a ser cumulativamente asseguradas por outros ministros.