A Metro do Porto anunciou esta sexta-feira a conclusão geral da empreitada da primeira fase do metrobus (Casa da Música — Império), mas remeteu a finalização dos acabamentos para o final de setembro, de acordo com um comunicado esta sexta-feira emitido.

“Conforme havia sido anunciado pela Metro do Porto, a empreitada do metrobus ficou terminada esta sexta-feira, dia 23 de agosto. Está, portanto, concluída a estrutura que vai ligar, através desta nova modalidade de transporte em Portugal, a Casa da Música à Praça do Império, com todas as vias inerentes já prontas e libertadas de constrangimentos significativos à circulação”, pode ler-se numa publicação da transportadora.

Porém, ainda decorrem “alguns acabamentos referentes à preparação das estações e a questões ligadas ao paisagismo e à jardinagem”, garantindo que “até final do mês de setembro estes últimos detalhes ficam ultrapassados”.

Encontram-se também “a ser instalados os equipamentos indispensáveis ao funcionamento da operação de metrobus que vai ser explorada pela STCP (operador interno do modo rodoviário do concelho do Porto)”.

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Apesar de a maior parte da obra já estar concluída, faltam ainda chegar os veículos a hidrogénio que farão a operação, fazendo com que uma solução provisória esteja atualmente em discussão entre a STCP e a Metro do Porto, gerando até discordâncias públicas entre as entidades.

Em 7 de agosto, fonte da STCP afirmou que “não existe qualquer solução provisória fechada” para operar o metrobus, vincando que “não compete à Metro do Porto” definir tal desfecho, após declarações do seu presidente nesse sentido.

Fonte da STCP respondeu à Lusa após o presidente da Metro do Porto, Tiago Braga, ter reiterado, no mesmo dia, que serão autocarros da STCP a operar provisoriamente no canal do metrobus enquanto não chegarem os veículos encomendados especialmente para o serviço, pretendendo começar a operar em setembro.

A Lusa questionou esta sexta-feira a Metro do Porto sobre como tenciona operar no canal do metrobus em setembro tendo em conta que os acabamentos só estão finalizados no final do mês, tendo fonte oficial da transportadora dito que a execução dos acabamentos não é incompatível com um hipotético arranque da operação.

Em 15 de julho, a presidente da STCP, Cristina Pimentel, considerou “impossível” arrancar com a operação do metrobus em setembro, apesar de o presidente da Metro do Porto garantir que o memorando de entendimento para a sua operação “será assinado a tempo”.

Segundo a presidente da STCP, “no canal da Boavista, tecnicamente, é possível operar com autocarros ‘standard’ STCP (com troca de via imediatamente antes e depois dos abrigos), se se entender que esse será o caminho provisório”, sem chamar a esse serviço metrobus, mas sim “uma linha de autocarro com canal dedicado”.

A líder da STCP disse ainda que “não pode existir uma operação de BRT com três paragens (troço na Avenida da Boavista), porque a inversão de sentido nas restantes quatro paragens é uma impossibilidade física e de trânsito”.

Porém, Tiago Braga disse em 7 de agosto, quanto à circulação na Avenida Marechal Gomes da Costa (em que o cruzamento antes das estações é impossível devido à existência de um separador central arborizado) que uma solução “está a ser articulada neste momento”, mas frisou que as paragens de autocarro normais, à direita, “já estão lá”.

O novo serviço ligará a Casa da Música à Praça do Império (em 12 minutos) e, na segunda fase, à Anémona (em 17), estando previstas as estações Casa da Música, Guerra Junqueiro, Bessa, Pinheiro Manso, Serralves, João de Barros e Império, no primeiro serviço, e no segundo Antunes Guimarães, Garcia de Orta, Nevogilde, Castelo do Queijo e Praça Cidade do Salvador (Anémona).

Os veículos definitivos do serviço serão autocarros a hidrogénio semelhantes aos do metro convencional e construídos por 29,5 milhões de euros por um consórcio que integra a CaetanoBus e a DST Solar.

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A obra do metrobus custa cerca de 76 milhões de euros.