Domínio irrepreensível. Tem sido assim a Fórmula 1 e nem as férias de verão alteraram o rumo dos acontecimentos. Nos Países Baixos, a McLaren voltou a mostrar que tem o monolugar mais rápido e Lando Norris terminou novamente à frente do campeão Max Verstappen (Red Bull). Esta semana, o grande circo regressou a Monza para a 16.ª prova da temporada, mas nem o autódromo centenário teve o condão de alterar o cenário. A equipa laranja voltou a evidenciar-se na qualificação e garantiu as duas primeiras posições da grelha de partida. O neerlandês não conseguiu fazer melhor que um sétimo posto, pelo que o pódio não passava de uma miragem.

Não é laranja, é papaia: Lando Norris volta a bater Max Verstappen (agora em casa do campeão) e aproxima-se da liderança do Mundial

“Durante todo o fim de semana fomos demasiado lentos. As corridas longas podem parecer boas no papel, mas não foi isso que senti pessoalmente. Talvez com a forma como o carro está neste momento possa ser um pouco melhor para a corrida, mas também estamos na parte de trás do grupo de topo, por isso só temos de esperar e ver o que acontece à nossa frente. O nosso carro é extremamente complicado de conduzir desde a entrada até ao meio da curva. É uma enorme mudança de equilíbrio neste momento, por isso, se corrigirmos uma coisa, criamos outro problema”, partilhou Verstappen, que vencera as duas últimas edições do Grande Prémio de Itália.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

“Outra pole é fantástico. Ter o primeiro e o segundo lugares quando o pelotão tem estado tão apertado é surpreendente. Custa-me dizê-lo, mas a minha volta não foi ótima, mas estou muito, muito contente. Não estou à espera de uma corrida fácil. Há algumas incógnitas com os pneus e a degradação, mas estou ansioso por isso”, sublinhou Norris na antevisão da corrida.

Numa corrida marcada pelo calor e com as nuvens a evidenciarem a possibilidade de chuva, Norris confirmou a tradição e não conseguiu segurar a primeira posição no final da primeira volta, depois de ter sido ultrapassado pelo colega Oscar Piastri e Charles Leclerc (Ferrari). George Russell (Mercedes) não conseguiu fazer a primeira curva, partiu a asa dianteira, saiu em frente e caiu para sétimo, atrás de Verstappen. À oitava volta apareceu a primeira desistência, com Yuki Tsunoda (RB) a ficar por terra depois de ter tocado em Nico Hülkenberg (Haas).

Depois das paragens nas boxes para os pilotos trocarem para os pneus duros, Piastri manteve a liderança à frente de Norris, dos dois Ferrari, de Lewis Hamilton (Mercedes) e dos dois Red Bull. Na 33.ª volta, o monolugar do britânico da McLaren não aguentou os pneus duros, obrigando-o a trocar de pneus. Com essa paragem, Norris caiu para trás de Verstappen. Pouco depois, o britânico acabou por ultrapassar o neerlandês na reta da meta.

Na parte final, Piastri voltou a parar e Leclerc assumiu a liderança, mas acabou por conseguir passar por Sainz, que também perdeu a posição para Norris. Com os dois McLaren à caça do Ferrari, o monegasco estava claramente em perda para os rivais, mas conseguiu segurar a liderança fruto da vantagem alcançada. Assim, Charles Leclerc somou a segunda vitória da temporada e permitiu que a Scuderia triunfasse em casa cinco anos depois. Oscar Piastri e Lando Norris fecharam o pódio.

Nas contas do Mundial de pilotos, Verstappen tem agora 303 pontos, contra os 241 de Norris, que colecionou ainda a volta mais rápida. Leclerc é terceiro com 217. No Campeonato de construtores, a vantagem da Red Bull para a McLaren encurtou bastante e está agora nos oito pontos — 446 contra 438. Está tudo em aberto para as derradeiras oito corridas. A próxima é no Azerbaijão, dentro de duas semanas.