“O novo Salão Central Eborense, completamente remodelado a partir do estado de ruína, dá assim lugar a um moderno equipamento multiúsos que será peça fundamental em 2027, aquando da celebração em Évora da Capital Europeia da Cultura”, realçou o município, em comunicado.

Até lá, “o espaço assumirá um papel central no panorama cultural da cidade, constituindo-se como infraestrutura de suporte aos grupos e associações” que, em Évora, “dedicam a sua atividade às artes e ao espetáculo”.

Segundo a câmara municipal, a festa de inauguração desta “nova vida” do Salão Central Eborense está marcada para as 18:00 do dia 14 deste mês, com arruadas, animação de rua e um espetáculo de abertura com a participação de artistas locais.

Encerrado desde 1988, o espaço foi requalificado “totalmente”, num projeto do município que representou um investimento de 2,5 milhões de euros, com 70% do financiamento assegurado por fundos comunitários.

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“A recuperação deste icónico edifício dá cumprimento a uma aspiração antiga da população eborense, tanto pelo impacto positivo na vida cultural, como pela ligação emocional que persiste no imaginário dos habitantes, principalmente do centro histórico”, argumentou a autarquia.

A obra, salientou também a câmara, foi realizada “com a preocupação de preservação da imagem exterior e da estrutura original”.

A requalificação do espaço arrancou em 2020, tendo o projeto sido financiado através pelo Programa Operacional Alentejo 2020, no âmbito do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU), inserindo-se na estratégia municipal de regeneração urbana e revitalização do Centro Histórico de Évora, lembrou o município.

Em declarações à agência Lusa, a 26 de abril deste ano, o presidente da câmara, Carlos Pinto de Sá, indicou que o equipamento, quando abrisse, seria um espaço polivalente para a cultura, mas também para outras áreas, como empresariais ou desportivas, e vocacionado para eventos e iniciativas de associações, agentes e instituições de Évora.

Situado no Pátio do Salema, em pleno centro histórico da cidade alentejana, o Salão Central Eborense foi mandado construir, em 1916, pelo empresário José Augusto Anes como espaço de cultura e variedades.

Ao longo dos anos, passou pelas mãos de diversos proprietários, sempre com a predominância da exibição de cinema.

“Com o passar do tempo, a afluência de público diminuiu, levando ao seu encerramento definitivo” em 1988, tendo a câmara municipal adquirido o edifício em 1996, pode ler-se no comunicado da autarquia.