Filipa Patão foi esta quarta-feira nomeada para melhor treinadora de futebol feminino da época 2023/24, após um pleno de quatro conquistas nacionais pelo tetracampeão Benfica, que chegou pela primeira vez aos quartos de final da Liga dos Campeões.
A técnica portuguesa, de 35 anos, vai discutir a distinção com cinco concorrentes, entre os quais o espanhol Jonatan Giráldez, que conduziu o FC Barcelona à revalidação da Liga dos Campeões, do campeonato espanhol e da Supertaça doméstica, juntando ainda a Taça da Raínha, antes da mudança para as norte-americanas do Washington Spirit.
O lote de finalistas inclui ainda os atuais selecionadores do vice-campeão olímpico e ‘tetra’ sul-americano Brasil, Arthur Elias, da campeã europeia e ‘vice’ mundial Inglaterra, a neerlandesa Sarina Wiegman, e dos Estados Unidos, a inglesa Emma Hayes, que se sagrou pentacampeã inglesa pelo Chelsea, antes de ter logrado a medalha de ouro nos Jogos Paris2024 ao leme dos recordistas de cetros olímpicos e mundiais.
Designada em dezembro de 2020 como sucessora de Luís Andrade, Filipa Patão venceu quatro campeonatos, uma Taça de Portugal, duas Supertaças e quatro Taças da Liga no comando técnico do Benfica, mas conseguiu arrebatar pela primeira vez as quatro provas nacionais em simultâneo em 2023/24.
As ‘águias’ terminaram a Liga femimina na primeira posição, com 56 pontos, dois acima do Sporting, que derrotaram nas decisões da Supertaça (3-0 no desempate por grandes penalidades, após empate 1-1 no final do prolongamento), em Aveiro, e da Taça da Liga (1-0), em Lisboa, numa temporada encerrada com a conquista da Taça de Portugal frente ao Racing Power (4-1), no Estádio Nacional, em Oeiras.
Em paralelo, o Benfica tornou-se o primeiro clube português a ultrapassar a fase de grupos da Liga dos Campeões, na qual tinha sido eliminado em 2021/22 e 2022/23, ao ser segundo colocado do Grupo A, atrás do futuro bicampeão FC Barcelona, mas à frente das alemãs do Eintracht Frankfurt e das suecas do Rosengard.
As ‘encarnadas’ marcaram encontro nos quartos de final com o Lyon, recordista de cetros europeus (oito), mas perderam nas duas mãos (1-2 na Luz e 1-4 em França) e terminaram a quarta participação na prova, na qual voltaram a atuar esta quarta-feira, ao derrotarem as dinamarquesas do Nordsjaelland (3-1), em Sarajevo, em encontro único da primeira ronda de qualificação para a fase principal.
O prémio de melhor treinador de equipas femininas será entregue pela primeira vez na 68.ª gala da Bola de Ouro, em 28 de outubro, no Théâtre du Châtelet, em Paris, sob inédita organização da UEFA, na sequência do acordo celebrado entre o organismo regulador do futebol europeu e o grupo de comunicação social Amaury, proprietário da revista France Football, que atribui o galardão desde 1956 e continua responsável pela supervisão do sistema de votação.