O mês de agosto foi complexo para Jannik Sinner. Sem que nada o fizesse prever, foi revelado que o tenista italiano testou positivo para doping em duas ocasiões, em março, e acabou por ser ilibado pelas entidades competentes. Setembro, porém, trouxe o reconquistar da alegria: Sinner venceu Taylor Fritz no Arthur Ashe Stadium (6-3, 6-4, 7-5), conquistou o US Open e alcançou o segundo Grand Slam da carreira depois de já ter vencido o Open da Austrália no início do ano.

Mas a semana não começou bem para o italiano. Mesmo com as eliminações de Carlos Alcaraz, Novak Djokovic e Daniil Medvedev, que o deixaram como principal candidato à vitória no US Open, Jannik Sinner ouviu um dos melhores de sempre questionar o facto de não ter sido castigado depois dos testes positivos.

“Acho todos acreditamos que o Jannik não fez nada. Mas a inconsistência, o facto de não ter falhado nenhum jogo porque ainda não existia 100% de certeza sobre o que se passava… Acho que é essa a questão que tem de ser respondida. Mas é o que é e temos de confiar no processo. Percebo que é uma situação complicada. É o pesadelo de qualquer atleta e isto fica a viver contigo. Percebo a frustração dos que acham que são tratados de forma diferente e acho que isso é o que realmente importa”, disse Roger Federer há alguns dias, vincando as dúvidas sobre o caso do atual líder do ranking mundial.

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Este domingo, já depois de Aryna Sabalenka ter destruído o sonho norte-americano ao derrotar Jessica Pegula na final feminina, Jannik Sinner prolongou a desilusão de um país inteiro e venceu Taylor Fritz em três sets. O tenista, que se tornou o primeiro italiano a ganhar o US Open, dominou por completo nos primeiros dois sets, com o norte-americano a reagir apenas no terceiro set e a forçar um tiebreak que não conseguiu vencer.

“O último período da minha carreira não foi fácil. Adoro ténis. Mas percebo que existe uma vida lá fora. Quero dedicar esta vitória à minha tia. Não sei quanto tempo é que ainda vou tê-la na minha vida e é uma muito importante”, começou por dizer o tenista de 23 anos. “Acho que estive bem. Abordei a competição dia a dia e estou muito feliz, muito orgulhoso. Quero agradecer a todos por terem sido tão justos. Foi um ano inacreditável, tantas vitórias importantes e logo a começar a ganhar na Austrália. O trabalho nunca pára, mas podemos sempre melhorar”, acrescentou.