Esta distinção é “atribuída a personalidades que contribuíram para o enriquecimento do debate arquitetónico através dos seus escritos, publicações ou realizações”, indica, em comunicado, a Secção Portuguesa da Associação Internacional de Críticos de Arte (SP/AICA), da qual Ana Tostões é presidente.

A arquiteta portuguesa foi agraciada em julho deste ano, mas a medalha ser-lhe-á entregue no dia 18 de setembro.

A Academia de Arquitetura (Académie d’Architecture, no original) é uma sociedade científica francesa que tem por objetivo promover a qualidade da arquitetura e do planeamento do espaço e o seu ensino, a busca pela melhoria do ambiente, a publicação de pareceres referentes às questões de arquitetura e urbanismo, a pesquisa e conservação de arquivos de arquitetura e a organização de conferências e exposições, explica a AICA.

Ana Tostões é arquiteta, crítica de arquitetura e historiadora e preside, desde 2021, a SP/AICA, sendo ainda professora catedrática no Instituto Superior Técnico — Universidade de Lisboa.

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Entre 2010 e 2021, foi presidente do Docomomo Internacional, fundação que trata da arquitetura moderna no mundo, mandato durante o qual passou de uma organização maioritariamente europeia para uma dimensão global, coordenando mais de 70 países nos cinco continentes.

Desde 2023, Ana Tostões está à frente do Docomomo Portugal e é editora do Docomomo Journal.

É ainda professora convidada da Universidade de Tóquio, da Escola Politécnica Federal de Lausana, na Suíça, da Universidade Católica de Lovaina, na Bélgica, da Escola Técnica Superior de Arquitetura de Barcelona e da Universidade de Navarra, assim como da Universidade do Porto.

O seu campo de pesquisa é a história da arquitetura e do urbanismo modernos, temas sobre os quais publicou livros e artigos científicos, curou exposições, participou em júris, comités científicos e realizou palestras em universidades europeias, americanas e asiáticas.

Publicou “Idade Maior, Cultura e Tecnologia na Arquitetura Moderna Portuguesa” (Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto, 2015), obra galardoada com o Prémio da X Bienal Ibero-Americana de Arquitetura e Urbanismo, e editou “Arquitetura Moderna em África: Angola e Moçambique”, distinguido com o Prémio Gulbenkian da Academia Portuguesa de História (2014).

A arquiteta é ainda a investigadora responsável dos projetos “Curar e Cuidar”, “A Monumentalidade Critica de Álvaro Siza” e “Siza Barroco”.

Recentemente, publicou os livros “Cure & Care, architecture and health” (2020), “Lisboa Moderna” (2021) e “A Monumentalidade Crítica de Álvaro Siza” (2023).