A Amazon vai regressar ao modelo de trabalho presencial completo, ou seja, com cinco dias obrigatórios no escritório. A decisão, que só vai ter efeito em janeiro de 2025, foi comunicada aos trabalhadores esta segunda-feira e divulgada no site da empresa. 

É Andy Jassy, o CEO da empresa de comércio eletrónico, quem assina a nota, justificando que a alteração ao regime de trabalho é necessária para “inventar, colaborar e estarem ligados”. “(…) Decidimos que vamos voltar a estar no escritório como estávamos antes da Covid-19. Quando olhamos para os últimos cinco anos, continuamos a acreditar que as vantagens de estarmos juntos no escritório são significativas”, explicou o executivo.

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Durante a pandemia, tal como aconteceu noutras empresas, todos os trabalhadores dos escritórios da Amazon passaram para teletrabalho. Os funcionários dos armazéns, muito deles prestadores de serviços, continuaram no regime presencial. Porém, nos últimos anos, à semelhança de outras big tech, a Amazon tem regressado gradualmente aos escritórios. Andy Jassy mencionou na nota que “os últimos 15 meses, com pelo menos três dias por semana no escritório” deram “força à convicção” que tem sobre os benefícios.

A decisão só terá efeito a partir de 2 de janeiro de 2025. O CEO explicou que a intenção foi a de dar alguma margem às pessoas que precisem de se reajustar para estar cinco dias por semana no escritório.

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“Antes da pandemia, não era adquirido que toda a gente poderia trabalhar remotamente dois dias por semana”, explicou o CEO. Admitiu que o teletrabalho pode continuar a existir em casos pontuais, como “quando se está ou tem um filho doente, em casos de emergência, viagens para ver clientes ou parceiros (…)”.

É expectável que a decisão não seja acolhida por todos os 1,53 milhões de trabalhadores da Amazon. Conforme escreveu a Reuters, em maio do ano passado, vários trabalhadores da sede da empresa em Seattle protestaram contra algumas decisões da empresa, incluindo os despedimentos e a obrigatoriedade de regresso ao escritório.