O neerlandês Max Verstappen (Red Bull) foi esta sexta-feira castigado com a obrigatoriedade de realizar trabalho comunitário pela utilização de vernáculo durante a conferência de imprensa de antevisão do Grande Prémio de Singapura de Fórmula 1.
O tricampeão mundial é o primeiro sancionado após o aviso do presidente da Federação Internacional do Automóvel (FIA), Ben Sulayem, de que haveria mão dura para castigar o uso de linguagem imprópria em público por parte dos pilotos, nomeadamente nas comunicações via rádio durante as corridas.
Na quinta-feira, Max Verstappen referiu-se ao monolugar da Red Bull utilizando vernáculo e esta sexta-feira teve de se explicar perante os comissários.
Após a reunião, a FIA anunciou o castigo, que passa pela realização de trabalho comunitário mas sem qualquer consequência desportiva.
“Os comissários analisaram a transcrição da conferência de imprensa dos pilotos FIA na quinta-feira, em Singapura, e Max Verstappen, piloto do carro número 1, utilizou linguagem para descrever o seu carro no Grande Prémio do Azerbaijão que geralmente se considera como grosseira, brusca, o que pode ofender e não se considera adequada”, lê-se no comunicado da FIA.
A federação internacional considera que esse comportamento configura “má conduta” segundo o artigo 20 do Código Desportivo Internacional e é “uma infração ao artigo 12.2.1”.
Esta é a segunda vez que Max Verstappen é sancionado com trabalho comunitário, depois de o mesmo já ter acontecido em 2018, na sequência de um incidente com o francês Esteban Ocon no final do Grande Prémio do Brasil.
“É política da FIA garantir que a linguagem utilizada nos seus fóruns públicos, como as conferências de imprensa, cumpra com os padrões genericamente aceites para todas as audiências”, sublinha o organismo, frisando que os pilotos são “modelos a seguir tanto dentro como fora do desporto”.