Duas semanas depois da vitória de Marc Márquez (Gresini) no Grande Prémio de Misano, o paddock do MotoGP continuou instalado no circuito Marco Simoncelli, desta feita para o arranque do Grande Prémio de Emília-Romanha, o 14.º da temporada. Esta era primeira parte de uma jornada com três corridas seguidas, que podiam ser fundamentais para o desfecho do Campeonato, já que Jorge Martín (Pramac) e Pecco Bagnaia (Ducati) encontram-se separados por apenas sete pontos.

Os erros dos outros empurraram e ajudaram a garantir um mal menor: Miguel Oliveira em 11.º no GP de San Marino

Contudo, as horas que antecederam o arranque dos treinos livres ficaram marcadas por mais uma polémica de bastidores. Em declarações a um blog, Valentino Rossi, que foi campeão do mundo em nove ocasiões, acusou Márquez de “lutar deliberadamente para que outros pilotos perdessem”. “É isso que o distingue de outros que fizeram certas coisas. Mas eles fizeram isso por si mesmos, porque queriam vencer. Nunca houve ninguém que pilotasse como ele”, acrescentou o agora ex-piloto.

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Quanto a Miguel Oliveira (Trackhouse), as últimas semanas do português foram calmas, ficando a conhecer-se o seu companheiro de equipa no próximo ano na Pramac: Jack Miller. O australiano que já passou por Honda, Ducati e KTM, irá assim juntar-se à Yamaha, competindo na equipa satélite. “Estou ansioso por esta segunda ronda no circuito de Misano porque tivemos um fim de semana desapontante na última vez e não fomos competitivos. O teste deu-nos boas informações para progredirmos e vamos olhar para isso assim que o fim de semana começar”, assumiu o piloto de Almada sobre a nova jornada.

No primeiro treino livre, a humidade presente no asfalto acabou por condicionar grande parte da sessão, que terminou com o português no 11.º lugar, depois de te estado muito tempo parado na box, à semelhança da maioria dos pilotos. Só dentro dos últimos 20 minutos é que Miguel Oliveira começou as suas voltas, utilizando dois pneus novos: um macio à frente e um médio atrás. As primeira voltas lançadas não correram bem — foi 15.º e depois 16.º —, mas o 88 lá conseguiu melhorar e chegou a estar no quinto lugar. Apesar de ter continuado a melhorar o seu registo, perdeu posições na reta final e repetiu a posição alcançada na corrida de Misano.

Marc Márquez voltou a ser o mais rápido, terminando a primeira sessão com o tempo de 1:32.082 minutos, à frente de Jorge Martín, por apenas 63 milésimos, e de Franco Morbidelli (Pramac), que rodou em mais 186 milésimos.

Na sessão da tarde, que iria definir os pilotos que seguiriam diretamente para a Q2, Miguel Oliveira optou por colocar dois pneus médios novos na Aprilia e começou discreto, conseguindo um 12.º lugar na sua quarta volta. A partir daí, o português até conseguiu ser constante e regressou às boxes no oitavo posto. Contudo, os problemas tomaram conta do português na segunda saída, que esteve pouco tempo em pista devido a um problema técnico na moto. No regresso à pista, Oliveira caiu de 11.º para 16.º e ficou-se por aí, falhando a Q2. A sessão foi ganha por Bagnaia, que conseguiu o registo de 1:30.286 minutos, batendo Martín e Márquez.