Depois de ter confirmado a morte do chefe da unidade Radwan, Ibrahim Aqil, o Hezbollah anunciou ao início deste sábado a morte de um segundo comandante superior, Ahmed Mahmoud Wahbi, conhecido como Abu Hussein Samir, vítima do ataque israelita de sexta-feira nos subúrbios da zona sul de Beirute, que vitimou pelo menos 15 militares do Hezbollah, número avançado pelo grupo, entre os quais se contabilizam 11 membros da tropa de elite do grupo, as Radwan.
O Hezbollah afirmou que Wahbi foi o líder das operações militares da unidade de elite Radwan desde o início do conflito, a 7 de outubro de 2023, até ao início deste ano. Segundo o grupo, citado pelo Times of Israel, Wahabi era chefe da unidade de treino do grupo e antigo comandante da Força Radwan, que dirigiu os combates contra Israel até ao início deste ano. As IDF afirmam que Wahbi pertencia ao grupo dos que planeavam uma invasão do Hezbollah à Galileia, e também estava envolvido no “avanço do entrincheiramento do Hezbollah no sul do Líbano, enquanto tentava melhorar as capacidades de combate terrestre da organização”.
Ao longo dos anos, e durante os primeiros meses da guerra, os militares afirmam que Wahbi esteve envolvido no planeamento e execução de ataques com rockets. Tal como outros oficiais do Hezbollah, Wahbi também esteve envolvido em combates a favor do regime de Assad na Síria durante a guerra civil.
Este sábado, as IDF publicaram uma infografia na qual mostram os rostos e os nomes dos comandantes de topo da Força Radwan que morreram no ataque em Beirute na sexta-feira: Mohammad Al-Attar, comandante do departamento de treino, Hassan Abad Alssatar, chefe de operações, Hussein Dahraj, chefe do staff, Abdullah Hajazi, comandante da região de Ramim Ridge, Abu Samir, chefe da unidade de treino, Mahmoud Hamad, comandante sénior de operações, Abbas Maslamani, comandante da região de Qana, Samer Halawi, comandante da região costeira, Muhammad Reda, comandante da região de Khiam, Hassan Madi, comandante da região de Mount Dov e Hassan Hussein, comandante das forças especiais da unidade Aziz.
“Estes comandantes lideraram e organizaram durante anos um plano de ataque e infiltração da Força Radwan em território israelita, para ser executado quando lhes fosse dada a ordem”, afirma o exército, citado pelo Times of Israel. “Aqil e os comandantes eliminados no ataque foram responsáveis pelo planeamento, avanço e execução de centenas de operações terroristas contra Israel, incluindo a organização do plano assassino do Hezbollah para invadir as comunidades da Galileia”, acrescentam as IDF.
O movimento islamita Hamas lamentou este sábado a morte de Aqil, garantindo que Israel vai pagar “um preço elevado” pelo ataque. “Este crime cometido pela ocupação [israelita] é um ato imprudente pelo qual pagará um preço elevado, e o sangue do líder mártir Ibrahim Aqil […] será a chama que engolirá esta entidade artificial”, declarou, em comunicado, citado pela agência Lusa.
Antes de divulgar a infografia, este sábado, o Hezbollah já tinha confirmado a morte de Mohammad Ahmad Rida, conhecido como Abu Ali Neinawah, nascido em 1986, na cidade de Anqoun, no sul do Líbano, e de Mohammad Kassem Al-Attar, conhecido por Abu Yasser Al-Attar, nascido em 1973, na cidade libanesa de Al-Charbine.