O construtor automóvel Stellantis anunciou esta sexta-feira que o presidente executivo, o português Carlos Tavares, vai sair do grupo e reformar-se em 2026.

O Stellantis indicou ainda, em comunicado, uma série de mudanças nos quadros superiores do grupo com efeito imediato.

O diretor de operações na China, Doug Ostermann, foi nomeado para o cargo de diretor financeiro, em substituição de Nathalie Knight, que vai deixar o grupo, que resultado da fusão da Peugeot-Citroën e da Fiat-Chrysler em 2021.

Para “simplificar e melhorar o desempenho da organização num ambiente global turbulento”, a companhia franco-italiana-americana decidiu proceder a “alterações organizacionais específicas que vão produzir efeitos imediatos na equipa de gestão”, referiu na mesma nota.

O objetivo é “voltar a centrar a empresa nas principais prioridades operacionais e enfrentar com determinação os desafios globais que se colocam ao setor automóvel”.

O responsável português tinha já indicado em outubro, durante uma visita à fábrica histórica da Peugeot em Sochaux (leste de França), que podia reformar-se em janeiro de 2026.

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“Em 2026, a pessoa que responde às vossas perguntas terá 68 anos, o que é uma idade razoável para se reformar. É essa a opção”, disse aos jornalistas.

A empresa acrescentou já ter dado formalmente início à escolha de sucessor, tarefa atribuída a um comité especial do Conselho de Administração presidido por John Elkann, num processo que deverá estar concluído no quarto trimestre do próximo ano.

O grupo, que integra 14 marcas, como Peugeot, Citroën, Fiat, Dodge e Opel, anunciou um lucro recorde em 2023 de 18,6 mil milhões de euros, um aumento de 11% em termos homólogos. O seu volume de negócios aproximou-se de 190 mil milhões de euros.