Um dos organizadores da manifestação que juntou este sábado algumas dezenas de pessoas em Lisboa contra o governo da Guiné-Bissau pediu a intervenção de Portugal “para que as regras democráticas sejam cumpridas” neste país lusófono africano.
“Seria muito importante as autoridades diplomáticas portuguesas conseguirem mover os seus esforços no sentido de chamar este regime à razão, dentro dos canais diplomáticos que existem, para que as regras democráticas sejam cumpridas no território, no estrito respeito pela soberania, mas é importante mostrar alguma preocupação com o bem-estar da população”, disse Mariano Quade.
Nas declarações à Lusa, Mariano Quade disse marcar presença a favor “dos valores democrático e contra as violações sistemáticas que têm sido levadas a cabo pelo regime de Sissoco Embaló”, lamentando as “perseguições a jornalistas e ativistas e relatos de acontecimentos cruéis, raptos e espancamentos de ativistas e impedimentos sistemáticos de determinados líderes políticos, nomeadamente Domingos Simões Pereira, de viajar, mostrando que os direitos e liberdades fundamentais são fortemente atacados por este regime”.
A manifestação convocada pela Plataforma da Diáspora Guineense na Europa juntou poucas dezenas de pessoas no Marquês de Pombal, no centro de Lisboa, numa Marcha pela Reposição da Ordem Constitucional na Guiné-Bissau, algo que a organização atribui “à urgência com que foi marcado o encontro para reagir a mais uma violação do regime da Assembleia Nacional Popular e da Constituição e à pouca divulgação nas redes sociais”.