Com as competições internacionais de regresso, o jogo entre os franceses do PSG e os neerlandeses do PSV, que empataram diante do Sporting na última jornada (0-0) da Liga dos Campeões, foi um dos pratos fortes desta terça-feira. O facto de ter diversos internacionais portugueses em ação acabou por apimentar o jogo, mas essa não foi a única condicionante: depois de terem perdido pontos nas rondas anteriores, as duas equipas estavam obrigadas a vencer, sob pena de ficarem ainda mais distantes dos primeiros lugares.

A derrota ante o Arsenal (2-0) acabou por abalar a formação parisiense que, depois de também ter perdido a liderança da Ligue 1, regressou da pausa das seleções com outro ânimo e entretanto regressou ao topo do Campeonato francês, em igualdade pontual com o Mónaco. Longe de impressionar os adeptos, Luis Enrique, que tem sido apontado à renovação, a par do diretor desportivo Luís Campos, tinha uma dura tarefa pela frente, já que o PSV, apesar de não ter somado qualquer ponto na Champions, chegava a este encontro na liderança da Eredivisie e com 29 golos marcados em nove jogos.

“É claro que a Liga dos Campeões é uma competição muito difícil. Haverá resultados que não são tão bons, mas amanhã [terça-feira] jogamos no Parque dos Príncipes e queremos obter um resultado positivo. Penso que a equipa esteve muito bem contra o Girona [vitória por 1-0] e, claro, não jogou como queríamos contra o Arsenal, mas estou satisfeito com o que tenho visto da minha equipa. Com o atual formato da Liga dos Campeões, cada jogo em casa é ainda mais importante, mas também é importante para o PSV. Todos precisamos de somar pontos e vamos jogar com muita motivação e otimismo para conquistar os três pontos”, perspetivou o treinador espanhol.

Depois de poupar nomes como Nuno Mendes, Marquinhos, Hakimi ou Dembélé frente ao Estrasburgo [vitória por 4-2], Luis Enrique voltou a colocar a carne toda no assador e entrou em campo com o quarteto, juntamente com João Neves, e Barcola e Lee Kang-in no ataque. Do outro lado, Dest e Lozano continuaram de fora e Noa Lang apresentou-se como o elemento mais diferenciador dos neerlandeses. O início do encontro trouxe uma formação parisiense dominadora e a assumir o controlo da posse de bola perante um adversário que apresentava dificuldades em conseguir recuperá-la.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

[Já saiu o quarto episódio de “A Grande Provocadora”, o novo podcast Plus do Observador que conta a história de Vera Lagoa, a mulher que afrontou Salazar, desafiou os militares de Abril e ridicularizou os que se achavam donos do país. Pode ouvir aqui, no Observador, e também na Apple Podcasts e no Spotify. E pode ouvir aqui o primeiro episódio, aqui o segundo e aqui o terceiro.]

Como seria de esperar, a primeira grande ocasião pertenceu ao PSG, com Barcola a aparecer na profundidade, mas a pecar na altura da finalização (11′). Pouco depois, Nuno Mendes tirou um cruzamento para Dembélé que, com um grande pontapé, acertou em cheio nos ferros da baliza de Benítez (19′). Em cima da meia-hora de jogo, João Neves colocou o esférico novamente no internacional francês com um passe com o peito, mas Dembélé voltou a falhar o alvo (30′). Contra a corrente do jogo, o PSV aproveitou uma perda de bola para chegar à área, Saibari deixou para Noa Lang que, com um remate indefensável de fora da área, inaugurou o marcador (34′).

O resultado manteve-se à entrada para a etapa complementar, que começou sem alterações e os parisienses mais eficazes e a chegarem ao empate por Hakimi, que rematou forte, de longe, e viu a bola passar por Benítez, que podia ter feito melhor (55′). Na resposta, De Jong apareceu isolado mas, em vez de rematar, tentou servir Lang, só que Marquinhos foi mais rápido e conseguiu cortar o lance de perigo (60′). Já com Vitinha em campo, o PSG voltou a crescer na reta final do encontro, mas o PSV voltou a ficar mais perto do golo, só que o remate fortíssimo de Mauro Júnior de fora da área saiu ligeiramente ao lado (86′). No tempo de compensação, Glenn Nyberg ainda assinalou um penálti sobre Asensio mas, após ser alertado pelo VAR, reverteu a decisão. Já para lá da hora, Marquinhos cabeceou com perigo na sequência de um canto, mas Benítez defendeu em cima da linha de golo e segurou o empate (90+5′).

Com este resultado, o PSV somou o segundo jogo consecutivo sem vencer e caiu, à condição, para a 17.ª posição, com quatro pontos em três jornadas. Já o PSV conquistou um importante ponto no Parque dos Príncipes e tem agora dois pontos. Na próxima ronda, agendada para o início de novembro, os franceses vão receber o Atl. Madrid, ao passo que os neerlandeses têm pela frente o Girona, em Eindhoven.