O PS alertou esta quarta-feira que poderá estar iminente uma greve da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) de Braga pelo atraso no pagamento do subsídio de férias.
Contactado pela Lusa, o presidente da instituição, Bruno Silva, admitiu que está em falta o pagamento de “parte” do subsídio mas adiantou que em breve os trabalhadores saberão em breve “qual a estratégia” para a regularização da situação.
“A situação está a ser devidamente acautelada”, sublinhou.
Na reunião desta quarta-feira da Câmara de Braga, o vereador socialista Ricardo Sousa aludiu às dificuldades financeiras “graves” da delegação local da APPACDM e ao atraso no pagamento do subsídio de férias, e disse ter relatos de pais de utentes que apontam para a eventualidade de uma greve dos trabalhadores.
Ricardo Sousa perguntou se a Câmara tem pensado “algum plano de contingência” para o caso de a greve se concretizar e os utentes ficarem sem apoio.
O presidente da Câmara, Ricardo Rio, disse que não lhe foi reportada qualquer preocupação dos pais, adiantando apenas que vai falar com os responsáveis da APPACDM para se inteirar da situação.
À Lusa, Bruno Silva, que lidera a instituição desde fevereiro, disse que herdou “um buraco colossal“, sem adiantar o valor.
Em março, também em declarações à Lusa, aludiu a uma dívida entre dois e três milhões de euros.
Quanto à eventual greve, disse que em causa poderá estar um sindicato que representa apenas “quatro por cento” dos trabalhadores.
“Não tem impacto absolutamente nenhum”, referiu, dizendo ainda que as “inquietações” esta quarta-feira manifestadas pelos socialistas “não têm fundamento”.
Segundo o responsável, a APPACDM de Braga tem cerca de 170 trabalhadores, ascendendo a massa salarial mensal a 220 mil euros.