O PSD de Gaia considerou esta sexta-feira que o presidente da Câmara “não tem quaisquer condições para continuar a exercer funções públicas”, depois da Relação do Porto manter a condenação de perda de mandato pelo uso indevido de um carro do município.
“O PSD considera que Eduardo Vítor Rodrigues [presidente da câmara] não tem quaisquer condições para continuar a exercer funções públicas devendo, por isso, colocar o interesse do município à frente do seu interesse pessoal”, considerou o PSD/Gaia, em comunicado.
De acordo com os sociais-democratas, é “imperativo devolver a Gaia, às suas instituições e aos gaienses a credibilidade que sempre lhe foi reconhecida”.
O Tribunal da Relação do Porto (TRP) manteve a condenação de perda de mandato ao presidente da Câmara de Gaia pelo uso indevido de um carro do município e ilibou a mulher, confirmou na quinta-feira o próprio à Lusa.
Em novembro de 2023, o socialista Eduardo Vítor Rodrigues foi condenado pelo tribunal de primeira instância por um crime de peculato de uso à perda de mandato e ao pagamento de uma multa de 8.400 euros por usar, de forma pessoal, um veículo elétrico do município.
O Tribunal de Vila Nova de Gaia condenou também a mulher do autarca pelo mesmo crime ao pagamento de uma multa no mesmo valor, 8.400 euros, tendo os dois arguidos recorrido para o TRP, que manteve a perda de mandato ao autarca.
“Esta decisão reforça os comunicados anteriores do PSD Gaia que, oportuna e reiteradamente, exigiu a demissão de Eduardo Vítor Rodrigues tendo em vista a dignificação do cargo, do executivo e das instituições da edilidade”, sublinhou.
O PSD/Gaia entendeu que o autarca, eleito pelo PS em 2013, decidiu permanecer no cargo “degradando ainda mais o bom nome do município e de todo o executivo”.
Também o conselheiro nacional do PSD Firmino Pereira entendeu que “a gravidade da situação desta confirmação da pena deverá conduzir à saída imediata de funções do presidente da Câmara, não entrando em subterfúgios jurídicos que prolonguem o mandato”.
“Eduardo Vítor Rodrigues não tem condições políticas, nem éticas para continuar em funções”, afirmou Firmino Pereira, em comunicado.