Os açorianos e madeirenses vão passar a pagar menos 10% nos voos para o território continental e menos 33% nos voos entre Açores e Madeira, anunciou Luís Montenegro no discurso de encerramento do congresso do PSD Açores que acontece neste fim de semana.

“Vamos baixar as tarifas em 10% para residentes e estudantes entre região autónoma e continente e vamos baixar em 33% entre as regiões autónomas (Açores e Madeira)”, anunciou o primeiro-ministro. “Um residente paga hoje 134 euros passa a pagar 119, um estudante paga 99 e passa a pagar 89 euros”, afirmou Luís Montenegro, acrescentando que “entre as regiões autónomas, onde se paga hoje 119 vai passar a pagar 79 euros”.

Atualmente, a tarifa aérea máxima prevista no subsídio social de mobilidade para as ligações entre os Açores e o continente permite aos residentes no arquipélago açoriano deslocarem-se para o continente com uma tarifa aérea máxima de 134 euros (ida e volta).

Apesar do anúncio de uma medida que irá aliviar os custos suportados por estes cidadãos, Luís Montenegro recusa a ideia de que isto possa ser considerado uma “benesse”. “Isto não é uma benesse aos açorianos, é a concretização dos princípios da autonomia, é a concretização da solidariedade e da mobilidade dentro do nosso país”, afirmou Luís Montenegro.

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Não é só para que as pessoas estejam mais próximas, o que já não era pouco, mas é algo que é estratégico, porque permite que os estudantes e os recursos humanos mais qualificados tenham melhor mobilidade. Traduz-se num aumento de produtividade das nossas economias, que é a forma de pagar melhores salários e se pudermos pagar melhores salários não iremos ter pessoas a emigrar à procura de uma oportunidade” para ter uma vida melhor, atirou o primeiro-ministro.

O anúncio foi feito por Montenegro por entre críticas aos seus antecessores, visando em particular áreas que eram responsabilidade tutelar de Pedro Nuno Santos, que foi ministro das Infraestruturas e Transportes de António Costa, como as telecomunicações e a mobilidade.

“Já fizemos mais em sete meses do que se fez nos sete anos anteriores, e já estou a dar um ano de borla ao partido que governou oito anos”, atirou Montenegro.