A história de um casal que vive na floresta foi selecionada pelo júri “pelo encontro provocador entre duas gerações e mundos diferentes, longe de estereótipos”, que, segundo a organização, resultam “num filme cómico, contemporâneo que não esquece a nossa ligação à natureza”.

Nesta edição do festival dedicado ao cinema de humor foi ainda atribuída uma menção honrosa a “In the waiting room”, filme que o palestiniano Moatasem Taha lançou em 2023 e que se revela capaz de “encontrar a comédia, através da barreira da linguagem, dentro de um conflito antigo”.

A maior edição de sempre do HaHaArt Film Festival exibiu mais de 60 filmes de vários estilos de comédia. Desses, 39 foram selecionados entre os 333 candidatos para integrarem a secção competitiva. Em Pombal foram projetados filmes da Indonésia, Líbano ou Palestina, mas a maioria dos finalistas chegou de países da Europa.

Segundo a organização, a cargo do Cineclube de Pombal, “apesar da chuva e do frio que se fizeram sentir, o público manteve-se fiel e consistente e aderiu com entusiasmo aos novos formatos e à multiculturalidade e diversidade de abordagens que marcaram os filmes desta edição”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Em comunicado, os responsáveis pelo HaHaArt consideram que o festival “conquistou já um lugar no panorama nacional de festivais e afirma-se para os participantes como uma referência entre os festivais internacionais dedicados exclusivamente ao cinema de comédia”.

Entre os restantes prémios, na competição portuguesa, o prémio para melhor filme foi para “Mestre Bruno e as macumbas pérfidas da bola”, de André Azevedo, que “mistura o lado mais cómico do futebol e da religião, que podia ser verdadeira”.

A distinção para melhor realizador nacional foi para Stella Carneiro, com “Golden shower”, “um filme ambicioso que vai até ao fim com a sua abordagem cómica ao lado mais molhado da vida”, enquanto prémio internacional foi entregue ao russo Yaroslav Lebedev, por “Do it right”.

Os espectadores do festival de Pombal preferiram para o Prémio do Público “Chat mort”, dos canadianos Annie-Claude Caron e Danick Audet.

O festival tem regresso garantido para 2025, acrescenta o Cineclube de Pombal.