Não é difícil perceber que é o jogo mais importante do andebol português. Este sábado, ambos com dez vitórias em dez jornadas no Campeonato, FC Porto e Sporting cruzavam-se no Dragão Arena no primeiro Clássico da temporada e disputavam a liderança isolada da classificação. Tudo enquanto ainda ressacavam de resultados e sortes diferentes nas competições europeias.

Do lado do FC Porto, a equipa de Magnus Andersson recebia o Sporting dias depois de ter vencido os macedónios do RK Vardar na European League. “É um bom momento, estamos com ânimo e a crescer, mais confiantes e a emanar mais energia. O Clássico vem em bom momento, apesar de ser muito difícil. O Sporting joga com muita intensidade, tem bons jogadores. Temos de estar no máximo, juntos como uma família, para derrotarmos o Sporting”, disse Pedro Valdés, lateral dos dragões, na antevisão.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Do lado do Sporting, a equipa de Ricardo Costa visitava o FC Porto dias depois de ter perdido com os franceses do PSG na Liga dos Campeões. “O FC Porto é uma equipa que jogou muitos anos na Liga dos Campeões e o nosso nível na Liga dos Campeões deve ser levado para este jogo. Só assim, com a nossa melhor versão, conseguiremos vencer no Dragão. A base do FC Porto é a defesa, que é muito forte e compacta. Temos de ser inteligentes para os ultrapassar e vencer. São jogos que podem sempre cair para qualquer um dos lados, com margens mínimas, como temos visto, mas estamos prontos para conquistar os três pontos”, defendeu o treinador leonino.

O Sporting começou melhor, beneficiando de alguns erros técnicos no ataque do FC Porto, e a verdade é que acabou por ser uma boa exibição do guarda-redes Sebastian Abrahamsson a impedir uma vantagem maior dos leões nos minutos iniciais. A equipa de Ricardo Costa liderou o marcador durante praticamente toda a primeira parte, mas os dragões aproximaram-se já nos últimos minutos e chegaram mesmo a dar a volta ao resultado — muito graças à entrada de Diogo Rêma, que blindou a baliza de outra forma. Ao intervalo, FC Porto e Sporting estavam empatados e o Clássico estava totalmente em aberto (16-16).

A lógica da primeira parte repetiu-se na segunda, com o Sporting a ter vantagem durante praticamente todo o tempo e o FC Porto a nunca conseguir melhor do que o empate. Martim Costa fez sete golos no segundo tempo, acrescentando aos quatro que já tinha marcado no primeiro, e tornou-se o grande abono de família dos leões. Apesar de o expectável equilíbrio ter pautado o Clássico, o Sporting conseguiu mesmo vencer o FC Porto pela margem mínima (30-31), saltando para a liderança isolada do Campeonato e impondo a primeira derrota aos dragões.