O novo líder do Grupo de Coordenação Local do Núcleo Territorial dos Açores da Iniciativa Liberal, Hugo Almeida, defendeu este sábado um “projeto alternativo” ao socialismo, que deixou a região “na cauda da Europa”.
“Queremos continuar a construir um verdadeiro projeto alternativo ao socialismo atlântico que tem prejudicado o desenvolvimento dos Açores, deixando-nos na cauda da Europa em vários indicadores económicos e sociais”, declarou Hugo Almeida, na sessão de encerramento do plenário eletivo da estrutura regional, em Angra do Heroísmo, ilha Terceira.
O coordenador da IL/Açores declarou que “há quem julgue e falsamente propague que o comportamento do atual governo se aproxima do liberalismo” que se defende, mas isso “não é verdade”, uma vez que “até podem usar o vocabulário da IL, mas não o mesmo dicionário”.
De acordo com Hugo Almeida, o atual Governo Regional dos Açores “é banhado de hipocrisia, cria regras que não cumpre, impõe comportamentos que não tem, espera o respeito que não dá e dita princípios que não segue”.
O dirigente refere que a IL defende “contas certas, mas eles optam por certas contas que levam a um caminho de endividamento compulsivo” e a um aumento “descontrolado e insustentável da despesa corrente”.
Hugo Almeida aponta a “dependência do Governo Regional da República, da Europa e da banca”, sendo esta “perpetuada pela atual Lei das Finanças Regionais (LFR) que, ao invés de promover uma verdadeira autonomia financeira, submete ainda mais à ‘boa vontade’ dos centralistas”.
O líder da IL/Açores recorda que desde 2020, o partido defende uma “revisão urgente da LFR, uma que realmente reforce a capacidade da região de tomar decisões, de criar riqueza e prosperidade”.
Para os liberais, “uma verdadeira reforma da LFR é urgente e deve prever não apenas mais verbas, mas também poderes, mais responsabilidade e autonomia”.
A vice-presidente da IL Angélique da Teresa, declarou, por seu turno, na sessão de encerramento, que nos Açores, “aposta-se no aumento de dívida pública e endividamento que coloca em risco a sustentabilidade das contas regionais”.
A dirigente lançou um apelo para que os Açores “sejam o farol do crescimento e da liberdade” e que os jovens açorianos que “já estão a planear ir viver para países onde há políticas liberais, possam considerar ficar cá”.
“Vamos importar o liberalismo para que os açorianos não sejam exportados”, disse.
Angélique da Teresa referiu ainda que esta semana assistiu-se “à votação de um Orçamento do Estado socialista, proposto pela AD e viabilizado pelo PS, para que fique tudo exatamente na mesma”, como a carga fiscal e “não poder-se escolher a escola dos filhos e não ser tratados onde se quiser”.
Hugo Almeida, que foi eleito com 18 votos a favor e quatro abstenções, sucede na liderança a Nuno Barata, atual deputado à Assembleia Legislativa Regional dos Açores.