A Câmara Municipal de Ponta Delgada celebrou um contrato-programa com o Coliseu Micaelense para atribuição de três milhões de euros para a promoção, gestão e organização do projeto Capital Portuguesa da Cultura 2026, foi hoje divulgado.

Segundo um comunicado da autarquia, o contrato-programa setorial e plurianual foi assinado na quarta-feira pelo presidente do município de Ponta Delgada, Pedro Nascimento Cabral, e pela presidente do conselho de administração do Coliseu Micaelense, Cila Simas.

“É o maior investimento de sempre que a Câmara Municipal de Ponta Delgada faz na cultura através da celebração deste contrato-programa com o Coliseu Micaelense, precisamente para promover a nossa identidade cultural”, sublinhou o autarca na cerimónia realizada nos Paços do Concelho.

Pedro Nascimento Cabral, citado na nota, refere que a concretização do projeto Capital Portuguesa da Cultura – Ponta Delgada 2026 será “o corolário do contínuo investimento que a autarquia tem feito na área da cultura” ao longo dos últimos três anos, “sempre combinando a promoção das artes contemporâneas com o apoio significativo às tradições culturais do concelho, como são o folclore, as bandas filarmónicas, as cantigas ao desafio e as celebrações religiosas”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O autarca acrescenta que o compromisso firmado com o Coliseu Micaelense vai repercutir-se na dinamização cultural das 24 freguesias e na projeção dos agentes criativos de Ponta Delgada.

A presidente do conselho de administração do Coliseu Micaelense, Cila Simas, também citada no comunicado, refere que o convite feito pela autarquia para administrar o projeto Capital Portuguesa da Cultura – Ponta Delgada 2026 foi encarado com “muita responsabilidade”, mas também como “um voto de confiança” pelo trabalho que “tem vindo a ser desenvolvido pela instituição para alavancar a cultura no concelho e na região”.

É um convite que muito nos honra. Ter a Capital Portuguesa da Cultura para gerir e administrar é encarado com muita responsabilidade, acima de tudo, mas também como uma oportunidade para irmos além-fronteiras divulgar aquela que é a cultura dos Açores e das 24 freguesias de Ponta Delgada”, disse Cila Simas.

O contrato-programa celebrado na quarta-feira foi aprovado em setembro pela Assembleia Municipal de Ponta Delgada.

Com a sua assinatura, o Coliseu Micaelense assume como principais objetivos o desenvolvimento e implementação de uma programação eclética, de elevada qualidade, diversificada e abrangente, adianta o município.

Terá ainda como desígnios “a capacitação e projeção dos criadores locais e regionais, a criação e fidelização de novos públicos, assim como a promoção de um acesso inclusivo e universal aos equipamentos e à programação cultural do projeto, que será comissariado pela conceituada fadista Katia Guerreiro”.

Os três milhões de euros “serão transferidos faseadamente até 2026, custeando quaisquer iniciativas desenvolvidas no âmbito da organização, produção e realização do evento”, conclui.

Ponta Delgada integrou a lista de quatro cidades finalistas que competiram na organização da Capital Europeia da Cultura 2027, tendo a decisão recaído sobre a cidade de Évora.

A criação da figura da Capital Portuguesa da Cultura foi anunciada pelo ex-ministro da Cultura Pedro Adão e Silva em Lisboa, em dezembro de 2022, onde deu a conhecer a cidade vencedora da candidatura a Capital Europeia da Cultura.

“Nessa mesma ocasião, Pedro Adão e Silva fez saber que as três cidades finalistas não escolhidas – Aveiro, Braga e Ponta Delgada – seriam as merecedoras do título de Capital Portuguesa da Cultura nos próximos três anos”, lembra a autarquia de Ponta Delgada.

Nesse âmbito, a cidade de Aveiro assume o título em 2024, Braga em 2025 e Ponta Delgada em 2026.

ASR // VAM

Lusa/Fim