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O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, responsabilizou esta terça-feira o primeiro-ministro e a ministra da Saúde pelos efeitos da greve do INEM, considerando que só o Governo podia e devia ter evitado esta paralisação a tempo.

“Se a gestão de uma greve que afeta os serviços de emergência não é responsabilidade deste Governo, então de quem é? Devia ser ainda o PS, em novembro de 2024, a ter de andar atrás dos pré-avisos de greve que os sindicatos enviam para os e-mails dos membros do Governo da AD?”, questionou Pedro Nuno Santos numa publicação nas redes sociais.

Na opinião do líder do PS, “a responsabilidade pelos efeitos da greve do INEM é deste Governo, deste primeiro-ministro e desta ministra” da Saúde.

“Só eles poderiam – e deveriam – tê-la evitado a tempo”, defendeu.

Pedro Nuno Santos acusou o Governo liderado por Montenegro de continuar “a confundir governação com encenação mediática”.

“Mas governar não é fazer jogos de comunicação ou distribuir excedentes orçamentais. É enfrentar problemas com competência e empatia”, disse.

Para o líder do PS, “a falta de competência e de empatia não se resolve contratando agências de comunicação”.

Nesta publicação, Pedro Nuno Santos partilha duas notícias, a primeira das quais com o título “INEM não definiu serviços mínimos no dia em que greves causaram caos no socorro” e uma outra, de julho, que referia que “Presidente demissionário do INEM acusa ministério de negligência no processo dos helicópteros”.

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A ministra da Saúde anunciou esta terça-feira que o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) passou a estar na sua dependência direta, alegando que o instituto assume uma “prioridade enorme” devido ao alarme social dos últimos dias.

As mortes de 11 pessoas alegadamente associadas a falhas no atendimento do INEM motivaram a abertura de sete inquéritos pelo Ministério Público (MP), um dos quais já arquivado. Há ainda um inquérito em curso da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS).

A demora na resposta às chamadas de emergência agravou-se durante a greve de uma semana às horas extraordinárias dos técnicos de emergência pré-hospitalar, que reclamam a revisão da carreira e melhores condições salariais.

A greve foi suspensa após a assinatura de um protocolo negocial entre o Governo e o sindicato do setor.