Foi a notícia dos últimos dias, ameaça ser a notícia dos próximos dias. Uma greve no INEM, a definição ou não definição de serviços mínimos, o preenchimento ou não preenchimento de um mínimo de quadro de funcionários, a existência ou não de problemas estruturais no sistema de emergência médica, tudo isto tem desembocado nos últimos dias, sobretudo nas últimas horas, sobretudo depois de uma audição no Parlamento, em repetidos pedidos de demissão da ministra da Saúde.
O pretexto próximo é a morte de vários doentes que terão eventualmente esperado demasiado tempo pelo socorro, ou por assistência médica. Há muitos pontos nebulosos neste debate, a começar por perceber se realmente estas mortes se devem ou não a falhas do sistema de emergência médica, isto é, a falhas do INEM. Há também em tudo isto muito debate político, até porque essa tem sido uma regra dos últimos anos sempre que o tema é o SNS e as falhas do SNS. É tudo isso que queremos discutir no contracorrente de hoje.
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