Jorge Nuno Pinto da Costa, ex-presidente do F. C. Porto, vai ser inquirido no âmbito da Operação Pretoriano, avança o JN. A diligência está marcada para 10 de janeiro e vai decorrer apenas com a presença dos arguidos que queiram assistir e dos seus advogados, sendo fechada à comunicação social.
A audição foi solicitada por Cristiana Carvalho, advogada de Fernando Saul, ex-oficial de ligação aos adeptos do clube, por considerar que o ex-presidente portista é uma “figura fundamental e central, como toda a direção anterior do F. C. Porto, que nunca foi ouvida”.
“Considerando a avançada idade da testemunha comprovada através da junção de certidão do respetivo assento de nascimento, integrando a categoria de testemunha especialmente vulnerável, defere-se ao requerido, pelo que se determina que sejam tomadas declarações para memória futura à testemunha Jorge Nuno Lima Pinto da Costa”, lê-so no despacho da magistrada Filipa Azevedo, citado pelo JN.
Operação Pretoriano. Fernando e Sandra Madureira vão a julgamento por 31 crimes
O caso foi desencadeado no final de janeiro, a propósito de uma investigação aos desacatos registados numa Assembleia Geral extraordinária do FC Porto. O Ministério Público aponta que houve uma tentativa por parte dos Super Dragões de criar “um clima de intimidação e medo” nessa assembleia, com o objetivo que fosse aprovada uma revisão dos estatutos “do interesse da direção” do clube, que na altura ainda era liderado por Pinto da Costa.
Fernando Madureira, ex-líder dos Super Dragões, a sua mulher Sandra Madureira, e os restantes 10 arguidos da Operação Pretoriano vão a julgamento por 31 crimes, entre os quais ofensas à integridade física, arremesso de objetos e atentado à liberdade de informação.
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