O Parlamento aprovou esta sexta-feira, por unanimidade, um voto de pesar pela morte do primeiro presidente da Câmara da Amadora, Orlando Almeida, que abandonou o PCP em 2000 e apoiou depois o Bloco de Esquerda.
Orlando Gaspar Guerreiro de Almeida nasceu em 1943, licenciou-se em Engenharia Agrónoma, trabalhou no Ministério da Agricultura como técnico superior na Estação de Cultura Mecânica, tendo sido adjunto do presidente do Instituto de Reordenação Agrária.
No voto apresentado pelo Bloco de Esquerda, refere-se que, “com a instituição do poder local democrático pela Revolução de 25 de Abril, foi entre 1974 e 1976 presidente da comissão administrativa da Junta de Freguesia da Amadora”.
“No processo de elevação da Amadora a cidade e sede de Município, em 11 de setembro de 1979, foi membro da Comissão Instaladora da Câmara Municipal. Nas eleições de 16 de dezembro do mesmo ano, tornou-se o primeiro presidente da Câmara Municipal de Amadora”, salienta-se no texto.
O Bloco de Esquerda, no seu voto, lembra depois que Orlando Almeida foi reeleito pela Aliança Povo Unido e pela Coligação Democrática Unitária e liderou o executivo municipal da Amadora até 1997″.
“Ao longo desses mandatos, empenhou-se no ordenamento da cidade, de que é exemplo a conceção do jardim central, e na resolução de problemas como as insuficiências da rede de água e de saneamento, a falta de escolas e de centros de saúde. Tendo saído do PCP no ano 2000, acabaria por ser mandatário de candidaturas autárquicas do Bloco de Esquerda”, aponta o BE.
Ainda de acordo com o Bloco, Orlando Almeida, que aderiu ao BE em 2005, “contribuiu sempre com uma memória presente em defesa da Amadora e com ideias para o combate à desigualdade, à discriminação, ao racismo”.