Produzido pela Mares do Sul, com realização e argumento de Cristina Ferreira Gomes, e autoria e entrevista de Luiz Antunes, o documentário faz uma viagem pelas diferentes fases da obra de Clara Andermatt, a sua escrita coreográfica e universo criativo, segundo um comunicado da produtora.

Clara Andermatt, nascida em Lisboa, em 1963, estudou bailado com a mãe, Luna Andermatt, e depois no London Studio Centre e na Royal Academy of Dancing, na capital britânica, antes de uma passagem pelos Estados Unidos, onde obteve várias bolsas.

Entre 1984 e 1988, esteve na Companhia de Dança de Lisboa, dirigida por Rui Horta, seguindo-se, entre 1989 e 1991, a Companhia Metros, em Barcelona, Espanha, com direção de Ramón Oller.

Com companhia própria desde 1991, Clara Andermatt criou e produziu numerosas obras, entre as quais “Dançar Cabo Verde” (1994), “Anomalias Magnéticas” (1995), “Cemitério Dos Prazeres” (1996), “Natural” (2005), “Hot Spot” (2006), “E Dançaram Para Sempre” (2007), “Meu Céu” (2008), “Void” (2009), ou “Fica no Singelo” (2013).

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Em 2022, estreou “Pantera”, em homenagem ao músico cabo-verdiano Orlando Barreto (1967-2001), espetáculo preparado um ano antes, quando a Companhia Clara Andermatt celebrou 30 anos de existência.

O documentário tem antestreia marcada para sexta-feira, às 18:30, na Fundação Calouste Gulbenkian, com a presença da criadora, e estreia no sábado, na RTP2, às 22:00.

Este filme integra a trilogia documental três das mais importantes coreógrafas portuguesas dos últimos cinquenta anos, tendo já lançado, desde 2023, os dedicados a Vera Mantero e Olga Roriz, numa coprodução com a RTP2.

A dança contemporânea tem sido um tema regular no trabalho documental de Cristina Ferreira Gomes e Luiz Antunes, interesse mútuo que se aprofundou a partir da produção da série documental de 16 episódios “Portugal que Dança”.

Cristina Ferreira Gomes, realizadora que dirige a produtora Mares do Sul, estreou-se com o documentário “Mulheres ao Mar”, com o qual recebeu o prémio Revelação no Festival Caminhos do Cinema Português, em 2002. Em 2020, com “Os Últimos Dias”, recebeu o prémio de melhor documentário no festival FestIn.

O bailarino, coreógrafo e investigador Luiz Antunes, com formação em dança e em música, estudou com Anna Mascolo e o seu percurso também passou pela escola da Ópera de Paris e a escola de Jacques Lecoq. Foi ainda estagiário artístico e de produção do Ballet Gulbenkian e assistente de Olga Roriz.

Como coreógrafo desenvolve o seu trabalho desde 2000. Foi fundador da Heurtebise – Associação Cultural e publicou vários trabalhos e artigos na área de investigação.