O mercado de transferências do futebol, que encerrou na segunda-feira, movimentou 2,3 mil milhões de euros nas cinco principais ligas europeias, com destaque para os mil milhões de euros investidos na primeira liga inglesa. De acordo com um estudo da consultora Deloitte, os 20 clubes da Premier League gastaram mil milhões de euros (835 milhões de libras esterlinas) na janela de transferências de verão, com o Manchester United à cabeça.
Os “red devils” – que terminaram em sétimo na época passada e nem estão nas competições europeias – investiram perto de 189 milhões de euros (150 milhões de libras), com destaque para a contratação dos argentinos Di María (por 75 milhões de euros) e Rojo (20 milhões), o inglês Luke Shaw (37,5 milhões), o espanhol Ander Herrera (36 milhões) e a aquisição, por empréstimo do AS Mónaco, do avançado colombiano Falcao.
Segundo o acordo de empréstimo, os ingleses pagaram aos monegascos 7,5 milhões de euros. No total, e segundo a imprensa os valores rondam os 16 milhões de libras (cerca de 20 milhões de euros), tendo em conta os 240.000 euros (190.000 libras) semanais a pagar de ordenado ao avançado.
O total gasto pelos clubes da Liga inglesa ultrapassa em 250 milhões de euros o anterior recorde, estabelecido no ano passado (796 milhões de euros). “Este verão também assistimos ao maior investimento numa única janela de transferências por um único clube da ‘Premier League’ [Manchester United], bem como a um novo recorde na transferência de um único jogador [Di Maria, para o Manchester United, por 75 milhões de euros]”, salientou Dan Jones, sócio da Sports Business Group da Deloitte.
Para Dan Jones, o desafio que se coloca agora aos clubes é o de reforçar os seus plantéis de forma responsável: “as regras que existem atualmente, tanto ao nível da liga inglesa como da Europa, encorajam os clubes a equilibrarem os seus gastos com as receitas”.
Num segundo lugar, bastante distante, surge a liga espanhola, com investimentos de 530 milhões de euros, com destaque para os “gigantes” Real Madrid (que só no colombiano James Rodriguez gastou 80 milhões de euros) e Barcelona (80 milhões de euros pelo uruguaio Luis Suárez).
A Seria A italiana gastou 345 milhões de euros em contratações, seguido da liga alemã (Bundesliga), cujos clubes fizeram investimentos de 315 milhões de euros. A Ligue 1 de França fecha o top5, com 125 milhões de euros de investimentos. No total, as cinco principais ligas europeias gastaram em jogadores de futebol quase 2,4 mil milhões de euros, o equivalente a três vezes o que foi gasto para construir a Ponte Vasco da Gama, que liga o Montijo a Lisboa.
Entre os maiores clubes portugueses, o Benfica gastou cerca de 35 milhões de euros, tal como o FC Porto, enquanto o Sporting aplicou cerca de 18 milhões de euros no plantel.