Face às acusações de política eleitoralista devido ao anúncio da intenção de aumentar o salário mínimo nacional  em 2015, ano para as eleições legislativas, Passos Coelho defendeu-se ao afirmar que tal “não é demagogia nem eleitoralismo”, durante a cerimónia de encerramento da Universidade de verão do PSD, em Castelo de Vide, neste domingo.

“Não sei como perdem tanto tempo à volta dessas conspirações”, afirmou, lembrando que o Partido Socialista já se mostrou “disponível para negociar” no sentido de aumentar o salário mínimo.

Devido aos pareceres, sucessivamente, negativos do Tribunal Constitucional no que toca aos cortes nas pensões, Pedro Passos Coelho também afirmou que o apoio do PS numa reforma da Segurança Social “pode fazer toda a diferença, fará toda a diferença”. Mesmo assim, lembrou que esse tema não irá sair da agenda por causa do aproximar das eleições. “Se nós ganharmos, como eu espero, espero também que essa reforma siga em frente com o apoio do PS”, afirmou.

Reagindo a uma notícia do jornal Expresso publicada na semana passada, dando conta que 60% dos novos empregos eram criados pelo Governo – parte do programa de estágios profissional -, Passos Coelho pediu aos empresários portugueses que criem mais hipóteses de emprego deste tipo de modo a fornecer aos jovens portugueses “contacto com a economia real e que lhes permita criar currículo.”

Relativamente ao mapa judiciário, lançado esta semana e com diversos problemas no portal informático, o primeiro-ministro afirmou que “alguns queriam que [essa reforma] fosse perfeita”, algo que considerou irreal. A reforma judicial vai ser “acompanhada e monitorizada”, de forma “a afinar para ser mais robusta”.

 

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