Tardou nas chegou. Ao oitavo dia, Manuel Vicente reagiu às imputações do Ministério Público e diz-se “completamente alheio” à contratação de Orlando Figueira por parte do Millenium BCP e a qualquer pagamento que tenha sido feito ao ex-procurador. Vicente rejeita, portanto, as bases para o crime de corrupção ativa de que é suspeito.

“Na verdade, sou completamente alheio, nomeadamente, à contratação de um magistrado do Ministério Público português para funções no setor privado, bem como a qualquer pagamento de que se diz ter beneficiado, conforme relatos da comunicação social, alegadamente por uma sociedade com a qual eu não tinha nenhuma espécie de relação, e que não era nem nunca foi subsidiária da Sonangol”, lê-se num comunicado publicado no portal da ANGOP, a agência de notícias oficial angolana.

No que diz respeito ao arquivamento do caso de alegado branqueamento de capitais por parte de Orlando Figueira – alegadamente a consequência pelo cargo oferecido e pagamentos realizados -, o número 2 do governo angolano diz que “uma simples averiguação de origem de fundos relativos à compra de um imóvel” levou à apresentação “cabal da origem lícita dos fundos, com o que o processo não poderia deixar de ter sido arquivado – comprovação essa que, se necessário, poderá ser renovada”, afirma.

Manuel Vicente diz que “o envolvimento do meu nome na investigação ora em curso, não tem, pois, qualquer fundamento; não obstante, estou totalmente disponível para o esclarecimento dos factos na parte em que me dizem respeito, de modo a pôr termo a qualquer tipo de suspeições, e, com certeza, tudo farei para que sejam devidamente reparados os graves danos causados à minha pessoa”.

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