Paulo Pereira Cristóvão, antigo vice-presidente do Sporting entre 2011 e 2012 que foi esta sexta-feira formalmente expulso de sócio dos leões após 44 anos de filiação, não demorou a reagir à medida anunciada pelo clube verde e branco e, através de um comunicado divulgado à imprensa, garantiu que vai recorrer da decisão para o tribunal.
Sporting confirma expulsão de Paulo Pereira Cristóvão de sócio do clube
Assegurando que não foi notificado “do que quer que seja relativamente a esta matéria até porque, como é público, o processo em questão já havia prescrito há vários anos”, o ex-candidato à presidência dos leões em 2009 criticou a condução do processo. “Não obstante este Conselho Fiscal, de forma submissa ao presidente do Conselho Diretivo e ao arrepio da lei civil, ter decidido, curiosamente agora nestes dias, tornar pública uma decisão que pelos vistos já havia tomado há um mês atrás, mas que concerteza estaria a aguardar melhores dias para ser divulgada”, iniciou.
“Cumpre-me referir que estou imensamente tranquilo quanto ao desfecho final, na justiça, que esta ilegal decisão irá merecer. Será nos tribunais civis que esta decisão ilegal será dirimida e anulada e será nos mesmos tribunais que irá ser solicitada a dissolução deste Conselho Fiscal que, ao arrepio das elementares leis do país, se deixou enredar numa teia de submissão a um homem, violando não somente os estatutos mas também aquilo que deveria ser a sua missão de fiscalizar a atividade da direção”, anunciou, prosseguindo: ” Não o fazendo, e com isso compactuando com o que está a ocorrer, impõe-se a sua dissolução com eleições para esse órgão no mais breve espaço temporal possível. Um Conselho Fiscal que, devidamente advertido da prescrição do ato disciplinar, continua como se tudo estivesse dentro da legalidade, é um Conselho Disciplinar que tem que se demitir ou ser demitido. E será isso que irá acontecer”.
Pereira Cristóvão responde a Bruno de Carvalho, a quem chama “ex-presidente Azevedo”
Por fim, Pereira Cristóvão acusou Bruno de Carvalho, presidente do Sporting, de ter estado “diversos anos sem pagar qualquer quota de associado”. “O sportinguismo não se vê no cartão de sócio, o sportinguismo é um estado de alma que nos acompanha pela vida e não são aqueles que pontualmente estão em funções que lhes permitem ter poder para tal, que definem quem é ou deixa de sentir o Sporting”, comentou.
“Quero ainda referir que não é expulsando um sócio que conseguirão tapar o que deve ser destapado, nomeadamente as graves situações que estão a ser levadas a cabo por quem se julga dono do clube e faz dele o seu único modo de vida. Os mesmos que recorrendo à mais baixa ordinarice, que revela afinal quem realmente são, terão que responder na justiça, agora não por violência doméstica, mas sim por outros factos igualmente graves e lesivos dos superiores interesses do Sporting. O Sporting são os sportinguistas, não os que se servem do sportinguismo”, rematou.
