Entre as muitas celebrações, houve dois abraços particulares que ficaram na retina após o apito final que consagrou Portugal como novo campeão da Europa de futsal. Por um lado, o abraço entre Ricardinho e Bruno Coelho. E sim, é certo que foram os marcadores dos golos nacionais na final, mas não foi por isso: quer um, quer outro saíram por lesão do jogo, sendo que o ala do Benfica ainda conseguiu regressar para decidir o jogo mesmo sem estar nas melhores condições físicas. Por outro, o abraço entre João Matos e Pedro Cary: mais do que companheiros de Sporting há muitos anos, estavam juntos na equipa que perdeu a final de 2010 com a Espanha, a par de Bebé e André Sousa. Na hora de festejar na quadra da Arena Stozice, em Liubliana, houve muito simbolismo.

“Aleijei-me na primeira parte e fiquei a sofrer porque pensei que não conseguiria voltar ao jogo. Voltei e fiz o golo do empate. Esta conquista só mostra a união desta equipa. Todos juntos conseguimos demonstrar que temos uma excelente Seleção e não é por acaso que este título surge agora. Nem tenho adjetivos para expressar o meu sentimento. As coisas que são faladas entre nós, toda a emoção que a equipa transporta para o campo reflete-se neste resultado. O mais importante é a vitória da equipa. Estou feliz por ter contribuído com os golos, mas realço a crença da equipa. Temos uma responsabilidade enorme a partir de agora”, destacou Bruno Coelho na zona de entrevistas rápidas transmitida pela RTP no final do encontro.

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“Foram três semanas de muito trabalho, consistência e entrega. Poucos acreditavam, unimo-nos, juntámos uma energia positiva e conseguimos vencer o Europeu. É um dia histórico. A defesa no final? Aquela defesa não fui eu que a fiz, fomos todos nós e tenho de deixar um agradecimento especial ao Vítor Hugo e ao Bebé. Já éramos amigos e consolidámos aqui ainda mais o nosso relacionamento. Estamos a viver um momento histórico, incrível, ainda não estamos em nós. Queria muito isto por este grupo fantástico, além de um título levamos daqui valores fenomenais e amizade das três semanas de trabalho muito intensas”, disse André Sousa.

“Sabíamos muito bem o que queríamos e íamos lutar com as nossas armas. Com Portugal atrás de nós, estávamos a sentir que isto ia cair para nós. Foi sempre esse o discurso e caiu, tinha de cair depois de todo este esforço. É um dos dias mais felizes da minha vida. A quem dedico e agradeço? Primeiro, a esta família que aqui esteve: staff e jogadores. Segundo, à família que alimenta esta, a do futsal. Começando pela Federação, com o trabalho que tem feito, e sabemos que a família do futsal em Portugal está feliz. Depois, também tenho de agradecer à minha mulher e à minha filha. São muito importantes”, salientou o selecionador Jorge Braz.

Entre clubes, jogadores de futebol e demais personalidades, as reações de alegria têm-se multiplicado um pouco por todo o lado incluindo do Canadá, em homenagem a Jorge Braz que nasceu em Edmonton.

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