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Aqui, ali, em qualquer lugar: teremos sempre mania de Rita Lee (1947-2023)

Visionária "psicodélica", rainha do rock brasileiro, mulher maior do que tudo, do que todos e do que qualquer um. Rita Lee: cantora, compositor, dona de uma liberdade absoluta, morreu aos 75 anos.

Algures no final do século XX, início do século XXI, o modo de fazer ciência mudou: se se queria ter uma carreira académica era necessário publicar aquilo a que na academia se chamam “papers”; e o número de “papers” editados e de menções que se recebem pelos “papers” passou a determinar quem tem acesso a bolsas e financiamento – o racional por trás deste método é que um “paper” muito citado será, por definição, mais importante para a comunidade que um “paper” menos citado.

A ciência nunca funcionou assim, até porque uma ideia a que ninguém liga nenhuma num determinado momento pode tornar-se, década depois, a charneira a partir da qual se ergue uma revolução. O tosco método de contagem de citações e de menções é apenas mais um exemplo da quantificação cega que tomou conta do mundo: saímos de um Uber e damos estrelinhas ao condutor, medimos a qualidade de um programador pelo número de linhas de código feitas.

Mas há outros universos em que citar não pretende ser uma medida objetiva de nada e funciona como homenagem – contar essas citações não serve para aferir de outra qualidade, exceto o número de pessoas que, sem pedir nada em troca, decidiram homenagear alguém. E não há melhor exemplo disto do que músicos que usam uma canção para declarar o seu amor pela obra de outra pessoa – sendo que, neste aspeto, não deve haver povo tão generoso como os brasileiros.

Rita Lee entre os irmãos Antunes: Os Mutantes, no final da década de 60

Caetano Veloso, sabemos, adora mencionar pessoas na sua música – de antropólogos  a cineastas, Caetano, em eterno deslumbramento com o mundo, fala de toda a gente que o fez arregalar os olhos e arrebitar as orelhas. Caetano ama tanta coisa (tanto sítio, tanta dança, tanta comida) que às vezes, na mesma canção, cita cidades e músicos, arquitetura e poesia – como em “Sampa” a canção de 1978, do álbum Muito (Dentro da Estrela Azulada), em que para declarar o seu amor (nem sempre fácil) a São Paulo recorre a Rita Lee:

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“Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e a Avenida São João
É que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi
Da dura poesia concreta de tuas esquinas
Da deselegância discreta de tuas meninas
Ainda não havia para mim Rita Lee
A tua mais completa tradução”

Rita surge aqui como o símbolo máximo de uma cidade que Caetano não entendia e pela qual se apaixonou a custo – uma cidade dura, deselegante, “concreta”. Não é a isto que por norma associamos Rita Lee, mas convém lembrar que na altura em que Caetano achava Sampa dura, deselegante e “concreta”, ainda não havia (para ele) Rita Lee. Porque Rita era toda cor, desrespeito pelas regras, caos em movimento, a enzima que põe em marcha o processo de fazer a vida renascer no meio do cimento.

É triste, a forma verbal usada na frase anterior (“era”) porque significa que Rita já não está entre nós – morreu esta terça-feira, 9 de maio, deixando para trás mais de 50 anos de uma carreira tão imprevisível e irreverente que a dado momento deixou de ser apenas uma artista e passou a ser um símbolo: de que tudo é possível, de que não há barreiras, de que nada pára a liberdade quando o movimento desta ganha inércia.

Não foi só Caetano a encantar-se de Rita – foi o Brasil inteiro, por fases: primeiro o Brasil conservador, que vivia sobre ditadura, chocou-se, enquanto uma parte da juventude olhou para ela como a líder da esperança no futuro. Com o tempo, todo o país se rendeu – não só o país civil, como também os próprios músicos, que a viam como a fundadora  da música moderna brasileira.

Se Rita Lee fosse um "paper" académico, receberia fundos para qualquer investigação que quisesse, tantas foram as vezes que foi citada pelos seus pares. Vender pouco ou muito é questão de marketing, sorte ou azar, ouvidos mais ou menos limpos de uma geração; mas os pares olharem e perceberem a qualidade do trabalho feito, isso não tem preço.

Os Paralamas do Sucesso mencionam-na em “Meu Erro”: “Eu sou fã do Caetano e do Gil / Do Lulu, Rita Lee, do Ed Motta e do Djavan”. Ela surge em “Pais e Filhos”, da Legião Urbana: “E aí, Eduardo e Mônica, Bebel e João / Rita Lee e Júlia, Sérgio e Marisa”. O enorme Cazuza, que vem de outros tempos, outras músicas, prestou a sua homenagem, em Brasil: “De Milton, Caetano e Gilberto / Rita Lee, meu caminho é qualquer um / O vento não sopra a favor / Quem quiser ter um amigo / Que me trate com carinho e amor”. Itamar Asumpção, em É tanta água, canta “Vem até São Paulo / tem Rita Lee”.

É caso para dizer que se Rita Lee fosse um “paper” académico, receberia fundos para qualquer investigação que quisesse, tantas foram as vezes que foi citada pelos seus pares – e esse, o reconhecimento dos pares, é o maior dos reconhecimentos possíveis que um artista pode ter, porque vender pouco ou muito é questão de marketing, sorte ou azar, ouvidos mais ou menos limpos de uma geração; mas os pares olharem e perceberem a qualidade do trabalho feito, isso não tem preço.

Alguns artistas, como Picasso, descobrem a sua voz e atingem sucesso cedo – outros, como Cézanne, demoram décadas (ou, como Van Gogh, morrem sem saber que haviam descoberto uma maneira única de olhar o mundo). Rita Lee não perdeu muito tempo a perceber o que queria fazer com o seu tempo na Terra: nascida em São Paulo, em 1947, aos 19 fundou os enormes Mutantes, banda que, pouco depois, com três discos em três anos (Os Mutantes, de 1968, Mutantes, de 1969, e A Divina Comédia ou Ando Meio Desligado, de 1970) mudaram a música brasileira.

Hoje, numa altura em que o rock parece uma mistura de zombie com fóssil, uma espécie da qual ainda existem alguns exemplares vivos mas que é mais interessante enquanto objeto de  estudo, hoje – dizia – é complicado explicar como o rock psicadélico dos Mutantes provocou sismos na sociedade brasileira. Não foram só eles, foi todo um movimento, ao qual se chamou Tropicália, do qual fizeram também parte Caetano, Gilberto Gil e Tom Zé, entre outros – todos juntos gravaram Tropicália ou Panis Et Circenses, o disco que anunciava uma revolução: já chega de Brasil conservador, já chega de ditadura, já chega de nacionalismo burro, vamos celebrar tudo, sem barreiras.

Rita Lee em 1972

Na altura, o Brasil vivia sob o jugo de uma ditadura militar que durou de 1964 a 1985, um regime de mão pesada que condenou, por exemplo, Caetano e Gil ao exílio. Como todas as ditaduras, havia a cultura certa e a errada – géneros do povo, como o forró e o axé, eram negligenciados, vistos como baixa cultura. O samba era do povo e tolerado apenas para não desagradar ainda mais às pessoas; a bossa mudou a parada, mas ainda assim era um género civilizado e sentimental – o que não significava que não chateasse a ditadura, já que bebia na música estrangeira (em particular o jazz).

Mas o que os Mutantes, juntamente com essa geração de Caetano, Gilberto e Tom Zé fizeram foi muito mais radical do que qualquer experiência da bossa: foi descartar todas as regras, borrifarem-se no que era considerado uma canção aceitável e juntar tudo: a música baixa, rasca, brega brasileira e o rock psicadélico americano, o barulho das guitarras elétricas, a celebração do sexo e da vida e da liberdade, enfim, tudo aquilo que uma ditadura por norma não aprecia.

Prova A do génio dos Mutantes: a versão de “A Minha Menina”, escrita por Jorge Ben Jor, e publicada em Os Mutantes de 1968 – ouçam aquela guitarra saída do garagem-rock, as palmas a lembrar os Beatles, tudo conjugado com samba. A Prova B é a genial “Bat Macumba”, baseada em candomblé, cheia de efeitos de sonoplastia, guitarras distorcidas e experimentalismo puro; em “Adeus, Maria Fulô”, escava-se no poço sem fundo do baião, numa faixa inqualificável.

Sem Os Mutantes não haveria Novos Baianos, não haveria o Caetano que surgiu daí para a frente, não haveria Legião Urbana, não haveria tropicalismo, não haveria Paralamas do Sucesso – não haveria modernidade. Os Mutantes queriam o mesmo aqui e agora que se vivia noa EUA e na Inglaterra mas não queriam apenas imitar – queriam criar uma nova linguagem, que falasse forró e rock em simultâneo. Que falasse forróck.

Não houvesse mais nada e bastaria o disco "Fruto Proibido", e o impacto que teve não só na juventude como na sociedade brasileira (ao fim e ao cabo, o disco vendeu 200 mil cópias nesse ano), para que Rita ficasse para sempre como um símbolo de subversão, um símbolo de liberdade sexual, uma das primeiras grandes feministas.

Tudo isto valeu à malta da banda o epíteto de subversivos ou revolucionários, enfim, gente perigosa e transgressora que não cumpria regras e tinha de ser parada – valha a verdade, em alguns casos essa fama já vinha de antes: Rita Lee, por exemplo, foi presa em 1976, quando atuava com a banda Tutti Frutti, no fim de um concerto em Aracaju, no estado de Sergipe. O grupo foi acusado de “incitação à desordem” e “uso de drogas”, sendo levados para a prisão e (de acordo com os relatos dos músicos) levando umas porradas.

A prisão não era a única forma de tentar travar a expressão musical subversiva – atuações eram proibidas em cima da hora, canções eram censuradas, impedidas de passar na rádio, proibidas de serem editadas; no limite, e como mencionámos acima, alguns músicos optaram por fugir do país ou foram condenados ao exílio.

Mas a visão política, de libertação, nem sempre é suficiente para manter as pessoas unidas e em 1972 Rita saiu dos Mutantes – era a principal vocalista da banda, uma das suas compositoras, só que sentia que a banda a limitava, não lhe permitia fazer toda a música que queria fazer. A bem da verdade, os Mutantes, fiéis ao seu nome, sempre estiveram em mutação, com imensos músicos a entrar e sair da banda. Rita Lee queria seguir uma linha mais experimental e “psicodélica”, enquanto uma parte da banda queria um som mais pop; começava aí a carreira solo de Rita.

Ou esta foi a explicação oficial para o início da carreira a solo de Rita, uma explicação que durou décadas – há uns anos Arnaldo Antunes, fundador dos Mutantes e, à época, marido de Rita, admitiu que a mandou embora da banda no decorrer do divórcio entre ambos. Presumivelmente, isto hoje seria considerado machismo tóxico e o passo seguinte seria fazer uma “diss track” de reggaeton contra Arnaldo. Outras contas.

Não há assim tantos casos de vocalistas de bandas rock que decidem enveredar por uma carreira a solo e consigam replicar o êxito – mas Rita devia estar a sentir-se confiante, porque a primeira canção do seu primeiro disco a solo (Build Up, de 1970) chamava-se “Sucesso, Aqui Vou Eu”. Na realidade, o disco foi composto com Arnaldo, e é a gravação de canções pensadas para um espectáculo específico – não é propriamente um disco pensado como uma estreia a solo; e o mesmo se pode dizer  do seu segundo álbum, Hoje é o Primeiro Dia do Resto da Sua Vida, que foi gravado com os Mutantes – mas como estes já iam lançar disco nesse ano, a editora decidiu que seria um disco a solo de Rita.

Roberto de Carvalho, com quem Rita Le fez dupla de vida e dupla criativa, no caminho de se fazer uma verdadeira lenda do rock brasileiro

Assim, o verdadeiro primeiro disco a solo de Rita é Fruto Proibido, que abre logo com uma cantiga muito Bowie, “Dançar Pra Não Dançar”, com um belo riff de guitarra a acompanhar uma pianada sem freio. Um primeiro disco havia ficado na gaveta, por causa da censura; na sequência disso Rita escreveu Fruto Proibido e acertou em cheio – do disco resultaram canções como “Ovelha Negra”, “Esse Tal de Roque Enrow” e “Agora Só Falta Você”, que se tornaram êxitos, sendo que isto não é o mais importante.

O mais importante era, por exemplo, o que acontecia em “Agora Só Falta Você”, um hino feminista em que uma mulher celebra a liberdade de poder fazer o que quer, de se sentir bem consigo mesma e com o seu corpo, isto no meio de um milhão de guitarradas (curiosamente, a canção tinha um tonzinho country ao início, com uma guitarra slide discreta em fundo). “Ovelha Negra”, a canção que fechava o disco, falava disso também – de abdicar de “uma vida sossegada” para “assumir” que era “a ovelha negra da família”.

É espantoso que uma mulher escrevesse isto, num disco rock, durante um regime que não apreciava a) liberdade, b) comportamentos subversivos, c) mulheres, d) rock – não obrigatoriamente por esta ordem. E bastaria este disco, e o impacto que teve não só na juventude como na sociedade brasileira (ao fim e ao cabo, o disco vendeu 200 mil cópias nesse ano), para que Rita ficasse para sempre como um símbolo de subversão, um símbolo de liberdade sexual, uma das primeiras grandes feministas.

As biografias dos músicos pop costumam centrar-se nos primeiros anos, os formativos, a infância difícil, a relação com os pais, a música como escape, o momento em que se fura o mainstream, em que se impõe uma língua nova, uma forma de dizer as coisas que nunca havia sido ouvida – esquecendo quase sempre o que se segue: os anos em que já não é novidade, os discos falhados, os divórcios, as desintoxicações.

Se quiserem um exemplo simples, “Walk the Line”, a biografia de John Cash servida por Hollywood, acaba quando Cash se casa com June Carter e insinua que a partir daí o artista viveu feliz para sempre – mas nada podia ser mais falso, Cash continuou a ter problemas com comprimidos, a ter surtos de depressão, a ser um pai ausente. E acabou a fazer os seus melhores discos no final da carreira, depois de anos passados a ser apresentador de televisão, entre outras atividades.

Apaixonou, desapaixonou, escreveu e gravou em todas as ocasiões, pediu desculpas "pelo auê", jurou que "quem não tem seu sassarico, sassarica mesmo só", se conseguia ser pioneira do rock'n'roll, também conseguia ser estrela pop para as massas e voz de telenovela que fez sucesso entre brasileiros e deixou portugueses a querer ter sotaque.

Também Rita Lee apresentou programas de TV, sinal de que algures se tornou, mais que música, personalidade pop – isto além de escrever e continuar a trabalhar como ativista. Isto não invalida o mérito da música que foi fazendo e a sua capacidade de, década após década, criar canções que chegavam às pessoas e continuar a mudar: em 1978 lançou Babilônia, em parceria com os Chic – e é daí que vem o super-êxito “Lança Perfume”.

Em 1979 dá-nos o primeiro de dois álbuns magistrais assinados com o próprio nome e nada mais — neste primeiro inclui “Chega Mais”, “Corre-Corre” e “Mania de Você” e tantas décadas depois não há novo par de ouvidos que o escute que não sinta que algo mudou para sempre (perguntem a gente como os tão recomendáveis Bala Desejo de onde vem boa parte do código genético que transpiram).

Dois anos depois lançaria Rita Lee & Roberto de Carvalho, que marca o início da colaboração com aquele que viria a ser o seu segundo marido. Em Balacobaco, de 1990, ela regressa ao rock e à faceta mais sexual do mesmo – para terem uma noção da popularidade do disco, “Amor e sexo”, a canção que o abre tem mais de 36 milhões de escutas no Spotify e uma letra magnífica:

“Amor é um livro
sexo é exporte
sexo é escolha
amor é sorte (…)
sexo é cinema”

Uma aparentemente interminável espiral de criatividade. Nada mais do que o ritual do habitual no caminho de Rita Lee: não parar. A mesma que quando ficou fora dos Mutantes não esperou que algum tipo de sorte a convocasse para seguir caminho — pegou ela nas direções e pediu a quem estivesse na frente para procurar abrigo; a mesma que esteve um ano em prisão domiciliária, a meio da década de 70, por posse de droga, e a partir da casa domesticada pela ditadura escreveu sucessos e alimentou a graça da própria fama; a tal que, grávida do primeiro filho, se lançou em digressão com um então já regressado Gilberto Gil, ávida de tudo e de todos, desperta para possibilidades que se revelavam infinitas.

A capa de "Rita Lee: uma Autobiografia", publicado originalmente pela Globo Livros e em Portugal pela Contraponto

Apaixonou, desapaixonou, escreveu e gravou em todas as ocasiões, pediu desculpas “pelo auê”, jurou que “quem não tem seu sassarico, sassarica mesmo só”, se conseguia ser pioneira do rock’n’roll, também conseguia ser estrela pop para as massas e voz de telenovela que fez sucesso entre brasileiros e deixou portugueses a querer ter sotaque. No novo século chegou-se à frente com 3001 e eletrónicas e outros ingredientes que não lhe associaríamos de forma instantânea. Juntou bossa nova aos Beatles e perguntou “e então?”. Rainha da sem vergonhice, porque a vergonha não traz vantagem, deu a lição definitiva sobre si própria quando lançou uma autobiografia em 2016: nunca ninguém poderia contar a história de Rita Lee como a própria; e o resultado é uma das melhores histórias que podemos ler. Bónus: a história é verdadeira, doa a quem doer — e terá magoado uns quantos.

Mesmo quando não estava a cantar, quando não estava ativamente a contribuir para ser uma das artistas comercialmente mais bem sucedidas de sempre do Brasil, Rita manteve-se relevante: voz ativa na defesa dos direitos das mulheres, dos direitos LGBT+ e do meio ambiente, em 2019 assinou uma carta aberta de repúdio às políticas do governo brasileiro em relação às questões ambientais. Algumas pessoas envelhecem quando envelhecem – mas Rita esteve sempre do lado do futuro, mesmo com o passar dos anos.

Quando uma estrela morre a sua luz ainda se vê durante muito tempo, o tempo que demora a que a luz viaje até nós. Rita pode já não estar cá – mas ainda vai demorar muito tempo  a que a sua luz se extinga.

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