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"O motivo direto [das pressões dos EUA] é poderem apoderar-se do petróleo da Venezuela", acusou Maduro
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"O motivo direto [das pressões dos EUA] é poderem apoderar-se do petróleo da Venezuela", acusou Maduro

AFP/Getty Images

"O motivo direto [das pressões dos EUA] é poderem apoderar-se do petróleo da Venezuela", acusou Maduro

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Invasor ou maior comprador de petróleo? Maduro aponta um dedo aos EUA e recebe com a outra mão

Maduro acusa Trump de querer "apoderar-se do petróleo da Venezuela" e já se fala num segundo Iraque. A realidade conta uma história bem diferente — e a China e a Rússia podem ajudar a escrevê-la.

Foi no dia 12 de setembro de 2008 que Hugo Chávez fez um dos discursos com entrada mais direta na antologia de tiradas contra o proverbial “imperialismo” dos EUA. O contexto tinha trazido um desenvolvimento de última hora: o governo norte-americano, que ainda teria George W. Bush à frente por apenas mais alguns meses, expulsou o embaixador da Bolívia de Washington. Em resposta, e também em solidariedade, Chávez ordenou o regresso do embaixador venezuelano dos EUA e expulsou o embaixador norte-americano em Caracas.

Em cima de um palco na cidade de Puerto Cabello, de braço esquerdo erguido e o dedo em riste, disse a frase que ainda muitos lhe recordam:

— Vão para o carajo, yankees de mierda, que aqui há um povo digno!

Aqueles não eram tempos de cordialidade entre os dois líderes. George W. Bush tinha anunciado a Venezuela como um dos pilares do “eixo do mal” e Hugo Chávez não chamava ao seu homólogo norte-americano nada que fosse mais agradável do que “diabo”.

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Mas no mesmo ano em que mandou os “yankees de mierda” para o “carajo”, Hugo Chávez e a Venezuela venderam-lhes uma média de 1039 milhões de barris de petróleo a cada dia que passou — fazendo dos mesmíssimos “yankees de mierda” os melhores clientes da Venezuelana bolivariana que Hugo Chávez criou e que Nicolás Maduro herdou em 2013.

A lista de empresas norte-americanas envolvidas na refinação de petróleo venezuelano é grande e antiga. Estão lá empresas como a Valero, a Chevron ou a PBF, que, todas juntas, importaram de lá mais de 130 milhões de barris de crude em 2018 — e que já o fazem há várias décadas.

“A Venezuela não só tem vendido o seu petróleo aos EUA ao longo da sua História desde que descobriu os jazigos no início do século XX, tal como existem empresas americanas com investimento no petróleo antes, durante e depois de Chávez”, diz ao Observador Antulio Rosales, investigador venezuelano da Universidade de Oslo especializado na política petrolífera do seu país. “Claro que sempre houve tensões na relações entre os dois países. Mas, embora ao longo do governo de Chávez e também de Maduro a Venezuela tivesse tentado diversificar os seus mercados, vendendo mais petróleo à Ásia e à América Latina, os EUA continuaram a ser um cliente muito importante”.

Para combater a inflação, Nicolás Maduro lançou em 2018 a criptomoeda Petro (FEDERICO PARRA/AFP/Getty Images)

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Tendo em conta que a Venezuela depende quase exclusivamente das exportações petrolíferas para sobreviver — 98% das suas receitas são obtidas desta forma, segundo a Organização de Países Exportadores de Petróleo —, não será um exagero dizer que um dos grandes apoios à sobrevivência financeira e económica do regime chavista têm sido, precisamente, as petrolíferas norte-americanas que ali fazem negócios há vários anos.

E foi precisamente por isso que, a 29 de janeiro, os EUA anunciaram, pela primeira vez, sanções à importação de petróleo venezuelano. Não foram as primeiras impostas por Washington àquele país — tanto ativos de personalidades de topo do chavismo, como contas da petrolífera estatal venezuelana, a PDVSA, já foram bloqueados em bancos norte-americanos — mas nunca antes tinham sido dirigidas diretamente à matéria prima. O objetivo é claro: asfixiar a Venezuela de Nicolás Maduro.

“Estas medidas do governo de Donald Trump são de outro nível e com opções mais agressivas, que tentam exterminar e derrubar o governo. O objetivo é deixar o governo de Nicolás Maduro asfixiado”, sublinha Antulio Rosales.

Para um país em crise, sem indústria e quase sem tecido empresarial a uma grande escala — sendo, ainda para mais, tão dependente do petróleo — as consequências podem ser tremendas. “Vai haver ainda menos produtos e as empresas não vão ter como comprar matéria prima ou produtos terminados. O impacto vai ser notório nos próximos meses”, diz ao Observador o colombiano Raúl Gallegos, diretor da consultora de risco Control Risks e autor do livro “Crude Nation: How Oil Riches Ruined Venezuela”, sem edição portuguesa.

Apesar de ter as maiores reservas de crude do mundo, a Venezuela corre o risco de ficar sem gasolina por falta de capacidade para refinar crude (Susana Gonzalez/Getty Images)

Susana Gonzalez/Getty Images

O investigador Antulio Rosales prevê que, com estas sanções, a Venezuela, apesar de ter as maiores reservas petrolíferas do mundo, possa chegar a um ponto em que “não terá sequer capacidade para suprir o mercado interno de gasolina”, por não conseguir ter as suas refinarias em funcionamento perante a asfixia que se avizinha. “Isto pode produzir muita penúria para o povo venezuelano, mas também pode gerar um descontentamento que provoque mais facilmente a queda de Maduro”, explica.

A estas medidas, Nicolás Maduro não respondeu da mesma forma que Hugo Chávez em 2008. Deixou, no entanto, implícita uma comparação com outra data não muito longínqua e referente a outras coordenadas: o Iraque de 2003 e a invasão norte-americana, a pretexto de armas de destruição maciça que nunca existiram.

“O motivo direto [das pressões dos EUA] é poderem apoderar-se do petróleo da Venezuela, porque temos as maiores reservas petrolíferas certificadas e estamos a certificar a maior reserva de ouro do mundo, temos a quarta maior reserva de gás do mundo, temos as grandes reservas de tântalo, diamantes, alumínio, ferro, temos reservas de água potável em todo o território nacional, somos uma potência energética e de recursos naturais”, disse Nicolás Maduro.

A Venezuela de 2019 é o novo Iraque de 2003? “É uma analogia falsa”

Não têm faltado as comparações entre a pressão feita pelos EUA na Venezuela (desde que, a 23 de janeiro, reconheceram Juan Guaidó como Presidente legítimo daquele país) e a invasão norte-americana no Iraque, em 2003. Uma das pessoas a fazê-lo de forma direta foi o Presidente da Bolívia, Evo Morales — o mesmo cujo conflito com os EUA levou Hugo Chávez a dirigir impropérios aos “yankees de mierda”. “O império quer que a Venezuela fique devastada e empobrecida como ficou o Iraque e a Líbia”, escreveu o Presidente da Bolívia no Twitter.

Aos mais atentos, não terá escapado o facto de o anúncio das sanções ter sido feito pelo conselheiro de Donald Trump para a Defesa Nacional, John Bolton, que foi também um dos principais ideólogos por trás da invasão norte-americana do Iraque em 2003. E aos ainda mais atentos não terá escapado também que, num rabisco escrito a caneta preta no caderno de John Bolton, liam-se as palavras “5000 tropas para a Colômbia”, país vizinho da Venezuela.

“5000 tropas para a Colômbia”: o rabisco no caderno de Bolton deve assustar a Venezuela ou é só bluff?

Ao telefone com o Observador, o investigador do Christian Michelsen Institute e especialista no estudo da política petrolífera venezuelana, Aslak Jangård Orre, diz, de forma peremptória, que comparar a Venezuela de 2019 ao Iraque de 2003 é fazer “uma analogia falsa”.

“As razões que levaram os americanos ao Iraque foram o acesso ao petróleo e o domínio geoestratégico — não só do Iraque, mas também do Médio Oriente, ou seja, de uma região. Não é o caso da Venezuela. Não há qualquer razão para os EUA intervirem na Venezuela por causa de petróleo quando mais de metade das vendas de petróleo da Venezuela continuam a ser para os EUA”, diz o investigador norueguês.

Essa ideia é sublinhada também por Raúl Gallegos. “O simplismo com que se diz que os EUA estão a tentar ficar com o petróleo da Venezuela apaga todos os detalhes da sofisticação do que ali se está a passar e do que é a realidade destes países”, diz o consultor colombiano. “Os EUA produzem, neste momento, mais energia do que alguma vez produziram, não precisam do petróleo da Venezuela para nada.”

Uma das grandes razões para 2003 não ser igual a 2019 não tem nada a ver com o Iraque nem com a Venezuela, mas sim com os EUA. Por volta de 2005, os EUA começaram a apostar em força na exploração das suas próprias reservas de gás de xisto. Desde então, o paradigma energético dos EUA tem mudado radicalmente — tanto que aquele país está a um passo da auto-suficiência energética, tornando-se numa força exportadora e não importadora de energia.

“A Venezuela não só tem vendido o seu petróleo aos EUA ao longo da sua História desde que descobriu os jazigos no início do século XX, tal como existem empresas americanas com investimento no petróleo antes, durante e depois de Chávez."
Antulio Rosales, investigador venezuelano da Universidade de Oslo

A par disto, a indústria petrolífera venezuelana avança a passos largos para uma situação de bloqueio por falta de capacidade em diferentes valências. A primeira diz respeito a questões técnicas. “Quando chegou ao poder, Maduro quis assegurar o poder sobre todas as estruturas do Estado e um dos espaços principais para esse fim era a PDVSA. E ele conseguiu isso tirando de lá toda a gente e colocando em lugares-chave militares sem capacidade técnica ou conhecimento da indústria”, diz Antulio Rosales. A segunda diz respeito a questões financeiras e económicas. “Os trabalhadores da PDVSA não têm incentivos para trabalhar se recebem salários de fome e os seus sócios comerciais não têm incentivos para investir”, completa o especialista.

Todo este cenário piorou com a queda dos preços de petróleo, de 2014 para 2015, que provocou um tal rombo na economia venezuelana que esta caiu numa espiral negativa, da qual ainda não se conhece o fim.  Com isto, a capacidade produtiva da indústria petrolífera venezuelana caiu a pique — e, por isso, de pouco lhe serve ter as maiores reservas do mundo.

Por todas estas razões, Aslak Jangård Orre sublinha que “os EUA já não estão interessados em atacar países para terem a energia deles”.

Isto não significa, porém, que os EUA não tenham interesses na Venezuela e na região em que este país se insere. Têm. E, entre eles, há um que se levanta mais alto do que qualquer outro neste momento: evitar que se alastre até às suas fronteiras a crise humanitária que já levou mais de 3 milhões de venezuelanos a saírem do seu país.

“Estamos perante um êxodo em massa de seres humanos, um êxodo que nunca se viu na História da América Latina. Nem com Cuba. Que venham promover o conto de que isto é tudo sobre o petróleo é um insulto à inteligência de qualquer um que tenha um conhecimento básico de tudo o que se passa na Venezuela”, diz Raúl Gallegos. “E é, sobretudo, um insulto para aqueles que estão a sair da Venezuela aos milhões, com fome e desespero.”

“Estamos perante um êxodo massivo de seres humanos, um êxodo que nunca se viu na História da América Latina. Nem com Cuba. Que venham promover o conto que isto é tudo sobre o petróleo é um insulto à inteligência de qualquer das pessoas que tenham um conhecimento básico de tudo o que se passa na Venezuela. E é sobretudo um insulto para aqueles que estão a sair da Venezuela aos milhões, com fome e desespero.”
Raúl Gallegos, diretor da consultora de risco Control Risks e do livro “Crude Nation: How Oil Riches Ruined Venezuela”

Além disso, refere o consultor colombiano, arrasar o governo de Nicolás Maduro seria aumentar, na mesma proporção, a influência norte-americana naquela região. Tudo isto porque o fim, ou quase fim, do regime chavista significaria um corte drástico no financiamento de países como a Nicarágua ou Cuba, além do Exército de Libertação Nacional, força guerrilheira de inspiração marxista-leninista que combate o Estado colombiano e que terá abrigo e financiamento venezuelano.

“É tudo uma questão de estabilização regional”, sintetiza RaúlGallegos.

Há dois países, porém, que cada vez mais assentam forças — económicas e até militares — naquela região: a Rússia e a China.

China e Rússia: ao socorro de Maduro?

Na hora de afirmar ou rejeitar lealdade a Nicolás Maduro ao longo desta crise, Caracas contou com o apoio dos suspeitos do costume: Cuba, Bolívia, Nicarágua, Síria, Turquia, entre outros. A esta lista, porém, juntaram-se dois nomes de peso que podem ajudar a pender os pratos da balança para o lado de Nicolás Maduro.

Um é a Rússia, cujo líder, Vladimir Putin, disse, em comunicado, que o reconhecimento de Juan Guaidó pelos EUA era uma “intervenção destrutiva do estrangeiro que viola flagrantemente as normas mais básicas do Direito internacional”. O outro é a China, que, através de uma porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, disse que as “sanções e intervenções estrangeiras costumam tornar a situação mais complicada e não ajudam a resolver os verdadeiros problemas”.

Embora haja diferenças nas reações dos dois países — a Rússia falou na voz do seu Presidente, ao passo que a China fê-lo através de uma porta-voz ministerial —, o facto é que tanto um como o outro têm sido parceiros importantes da Venezuela chavista. E, por isso, uma situação de instabilidade na Venezuela pode deitar a perder os seus interesses e investimentos naquele país.

Estima-se que a Venezuela tenha, desde o início chavismo, em 1999, contraído vários empréstimos com a China, chegando aos 60 mil milhões de dólares (52,3 mil milhões de euros). Também a Rússia terá emprestado, pelo menos, 17 mil milhões dólares (14,8 mil milhões de euros) à Venezuela desde 2006, segundo a Reuters, que acrescenta que esse dinheiro partiu, em parte, do Estado russo e também da Rosneft, a petrolífera estatal russa. Nesta quantia, incluem-se 1,5 mil milhões dólares (1,3 mil milhões de euros) em troca dos quais a Venezuela cedeu 49,9% da Citgo, empresa petrolífera de origem norte-americana e com sede nos EUA, que a PDVSA comprou na sua totalidade em 1990.

A Venezuela tem as maiores reservas de crude do mundo — e historicamente o seu maior cliente são os EUA (ANDREW ALVAREZ/AFP/Getty Images)

ANDREW ALVAREZ/AFP/Getty Images

Não é por acaso que as exportações de petróleo da Venezuela a estes dois países têm subido consideravelmente nos últimos anos — em particular para a China, cuja produção industrial a obriga a importar energia em vários pontos do mundo. De acordo com vários relatórios e especialistas, inclusive os que foram consultados pelo Observador, os barris que têm saído da Venezuela para aqueles dois países têm servido como pagamento, em géneros, da dívida — ou seja, não geram as receitas diretas de que a economia venezuelana tanto precisa.

Ainda assim, a China e a Rússia, tal como a Índia, podem mesmo ser as únicas tábuas de salvação do petróleo venezuelano enquanto estiverem em vigor as sanções norte-americanas. “A Venezuela vai tentar, com todos os meios que tiver ao seu dispor, redirecionar o petróleo que estava a ir para os EUA e levá-lo, agora, para a China, Índia e Rússia”, assegura Raúl Gallegos. “A China e a Rússia vão continuar a ser aliados e já o disseram internacionalmente, que ninguém se engane. São países que têm interesses económicos muito fortes e que expandiram a sua presença no setor petrolífero venezuelano. E têm muito mais paciência do que um banco para cobrar o que lhes devem. Um banco, quando empresta dinheiro para um caro, se não o pagares, tiram-to logo. Mas nestes casos há mais paciência, porque há interesses políticos pelo meio.”

Há, no entanto, sinais que começam já a apontar na direção oposta. Do lado da Rússia, a Lukoil, petrolífera privada russa, congelou o contrato que tinha na Venezuela com receio de ser banida do sistema financeiro norte-americano.

“Existem muito poucas refinarias no mundo inteiro com capacidade de refinar o petróleo venezuelano além dos EUA e da própria Venezuela. Só a China pode refinar em parte, e só uma pequena parte, do crude venezuelano menos pesado.”
Antulio Rosales, investigador venezuelano da Universidade de Oslo

E do lado da China, cuja economia tem vindo a desacelerar de forma preocupante nos últimos meses, parece haver menos disponibilidade de emprestar dinheiro sem olhar a meios. No caso do continente africano, onde a China investiu fortemente desde a viragem do século, o volume de empréstimos caiu drasticamente ao longo de 2018 — e com Pequim a dar sinais àqueles países de que estava na altura de começar a pagar, seja em dinheiro, seja com os seus recursos naturais. São tantos os casos que a esta realidade já se deu o nome de “armadilha chinesa da dívida africana”. A Venezuela, embora não seja um país africano, acabou por ser apanhada no mesmo ardil — e é difícil que isso venha a mudar.

“Se a China tiver capacidade de ajudar Maduro, não creio que seja de uma maneira muito diferente da que tem vindo a utilizar até agora”, diz Antulio Rosales. “O regime chinês é muito avesso ao risco.”

Há ainda questões de ordem técnica que impedem a simples transferência de vendas de petróleo dos EUA para a China, Índia e Rússia. O crude venezuelano é, de todos aqueles que são conhecidos e transacionados no mercado, o mais pesado de todos. Isto quer dizer que, para ser transformado em petróleo, o crude venezuelano tem de passar por um processo de refinação complexo e caro.

Esse processo de refinação é feito sobretudo em dois sítios: nas refinarias do Sul dos EUA e nas refinarias da Venezuela. E se as primeiras estão agora impedidas de importar crude venezuelano, as segundas estão cada vez mais perto do colapso perante uma total falta de meios.

Estima-se que a China tenha emprestado 60 mil milhões de dólares à Venezuela desde 1999. Agora, está a cobrá-la em géneros — ou seja, petróleo (LEO RAMIREZ/AFP/Getty Images)

LEO RAMIREZ/AFP/Getty Images

“Existem muito poucas refinarias no mundo inteiro com capacidade de refinar o petróleo venezuelano, além dos EUA e da própria Venezuela”, explica Antulio Rosales. “Só a China pode refinar uma parte — e só uma pequena parte — do crude venezuelano menos pesado.”

“O petróleo na Venezuela não é como na Arábia Saudita, onde quase basta pegar numa palhinha e espetá-la no chão para tirar de lá o petróleo e vender”, brinca Aslak Jangård Orre. “Na Venezuela, eles precisam de importar químicos que são muito caros para dissolver o crude e só depois é que conseguem exportá-lo. Por isso, antes de receber o dinheiro das vendas, a Venezuela tem muitas coisas para pagar.”

E isto, explica, pode tornar-se num beco sem saída para Nicolás Maduro: “A Venezuela já não tem dinheiro para nada”. Uma realidade que cresce a cada dia.

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