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mulheres startups

O "sucesso" é delas. Três mulheres que trocaram a Google, a Bloomberg e a TAP pelas suas startups

Madalena, Sofia e Magda trocaram estabilidade por adrenalina e despediram-se dos empregos que tinham na Google, Bloomberg ou TAP. Porque, em matéria de negócio, o que vale "é a pessoa, não o género".

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Madalena viveu quatro anos nos Estados Unidos, dois em Londres e seis meses em Madrid. Sofia passou quatro anos em Londres. A primeira trabalhava na Google, a segunda na agência Bloomberg. Viviam juntas e agora trabalham juntas. Não em Londres, mas em Lisboa. E não em grandes empresas, mas no pequeno espaço que ocupam na Startup Lisboa. Os empregos “estáveis” ficaram para trás.

Mas não foram só elas. Magda Tilli também. Os escritórios da TAP deram lugar a “casas que inspiram” e seis anos e cerca de 3 milhões de faturação depois contam a história de Magda, que tanto voou que ficou com “medo de voar”. Por isso lançou a HomeLovers.

Na véspera de se comemorar mais um Dia da Mulher, a desigualdade entre homens e mulheres no mundo empresarial continua a dar que falar. De acordo com os dados divulgados pela Eurostat na segunda-feira, em Portugal apenas 33% dos cargos de liderança são ocupados por elas. A média da União Europeia sobe ligeiramente para 35%. Joana Mendonça – que ajudou a trazer para Portugal o “Women’s Entrepreneurship Day” -, não tem dúvidas: há “um problema cultural e social” que não devia ser uma “uma questão de género”. “O que interessa é que consigas entregar um bom trabalho”, diz ao Observador. E isso é transversal a homens e mulheres.

Magda Tilli HomeLovers

Magda Tilli deixou a TAP para lançar a HomeLovers há seis anos

Em matéria de startups, os números não são animadores. De acordo com um estudo da base de dados de investimento CrunchBase, nos EUA, entre 2010 e 2015, apenas 12% das rondas de investimento em capital de risco tiveram como destinatário startups fundadas por, pelo menos, uma mulher. E apenas 17% do investimento em fase semente (mesmo muito inicial) tiveram o mesmo destino. Se juntarmos tecnologia ao empreendedorismo, o cenário decresce. Segundo Phumzile Mlambo-Ngcuka, diretora da ONU Mulheres, apenas 18% dos licenciados em ciências de computação são mulheres. E entre as empresas que trabalham na área digital, apenas 25% da força de trabalho é composta por elas.

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Na Liga dos Campeões das grandes tecnológicas, o cenário não diverge muito: as mulheres continuam a ser uma minoria no mercado de trabalho. Na Apple, por exemplo, apenas 28% dos cargos de gestão são ocupados por mulheres. No Facebook, essa percentagem desce para 27% e na Microsoft para 18%, de acordo com o Statistica. Os números, contudo, não assustaram Madalena Rugeroni, 25 anos, Sofia Pitta, 26 anos, ou Magda Tili, 39 anos, de trocarem empregos estáveis por projetos próprios. O que levou, então, estas portuguesas a arriscar?

Neste “Instagram de restaurantes e bares” quem manda são elas

“O nosso sucesso só depende de nós e isto é exatamente aquilo que nos motiva – o sentimento de adrenalina de estar fora da zona de conforto. O sentimento de gratificação também é muito maior, porque estamos a criar algo de raiz que pode ter um impacto significante.” As palavras são de Madalena e Sofia, que deixaram Londres e os empregos “estáveis” na Google e na Bloomberg para lançarem, em Portugal, uma rede social para amantes de boa comida e bebida, o Misk. Foi um “desafio enorme”, explicaram ao Observador.

Madalena, Sofia, Misk

Madalena e Sofia trabalhavam na Google e na Bloomberg, respetivamente, quando começaram a pensar criar o Misk

Madalena e Sofia partilhavam casa em Londres. Foi lá que se conheceram. Viviam juntas, tinham trabalhos estáveis e viajavam muito. Em comum, partilhavam o gosto pela tecnologia e uma avidez por conhecer novos restaurantes, bares e cafés. Madalena Rugeroni até já tinha criado um “guia” online com recomendações de restaurantes e bares que chegou a 114 mil seguidores no Facebook. Lançou-o quando estava em Miami. A par disso, tinha uma paixão por tudo o que é digital e social.

“Sempre que íamos viajar perguntávamos a quem já tinha estado nesse lugar os melhores sítios para ir. Começamos a perceber que tínhamos esta necessidade constante de perguntar aos nossos amigos onde ir. Mas acabávamos sempre por perder estas recomendações em notas de telefones ou emails”, conta Madalena. Foi assim que nasceu a ideia de criarem o Misk, um projeto que explicam como sendo um “Instagram de restaurantes e bares” que começaram a desenvolver há cerca de um ano, enquanto trabalhavam por conta de outrem.

"Somos duas mulheres e queremos incentivar outras mulheres a fazer o mesmo porque, às vezes, as mulheres sentem-se retraídas"
Sofia Pitta, cofundadora do Misk

Madalena acabou por sair da Google em agosto e Sofia deixou a Bloomberg em outubro. Só há pouco tempo regressaram a Portugal para se dedicarem em exclusivo à app que só será lançada em maio, para iPhone. Até lá, está em versão beta, ou seja, para testes. “Não foi uma coisa do dia para a noite”, dizem as fundadoras da aplicação que tem um objetivo simples: ajudar as pessoas a decidirem (sem perderem muito tempo) o sítio onde podem almoçar, jantar ou simplesmente beber um café. Como? Através das recomendações das pessoas em quem mais confiam: os amigos.

O nome vem de uma mailing list da Google, a “UK Misc”, utilizada na Google pelos colegas de trabalho de Madalena para fazer perguntas e pedidos de todo o tipo, nomeadamente, de sugestões de restaurantes em Londres e noutras cidades. A aplicação tem como público-alvo os millennials, “nómadas digitais” sempre ligados às redes sociais e aos smartphones. “É de amigos para amigos, não tem desconhecidos, ratings (classificações) nem reviews (críticas) de pessoas que não nos interessam. Isso é a nossa diferenciação em relação às outras aplicações”, diz Madalena.

Madalena e Sofia regressaram a Portugal “pelo custo de vida, pela vantagem competitiva de estar no próprio país”, mas também porque, como portuguesas, querem “contribuir para o crescimento do ecossistema de empreendedorismo no país, que se está a tornar num novo hub de inovação”, explicam. Neste momento, sublinha Madalena, há “um movimento enorme das female tech entrepreneurs” (empreendedoras no setor tecnológico). “Há eventos, organizações, movimentos que têm sido bom para nós”, acrescenta.

"As pessoas no mundo do empreendedorismo têm todas a mente muito aberta. Não temos visto nenhum tipo de preconceito, muito pelo contrário, estão a tentar motivar e promover o empreendedorismo junto das mulheres"
Madalena Rugeroni, cofundadora do MIsk

Esse foi um dos motivos para avançarem. “Somos duas mulheres e queremos incentivar outras mulheres a fazer o mesmo porque, às vezes, as mulheres sentem-se retraídas”, explica Sofia. “As pessoas no mundo do empreendedorismo têm todas a mente muito aberta. Não temos visto nenhum tipo de preconceito, muito pelo contrário, estão a tentar motivar e promover o empreendedorismo junto das mulheres”, sublinha Madalena. O que acaba por ser “benéfico”, já que as empresas estão a pensar na “responsabilização que têm e na imagem que passam para o mercado. Por isso, querem cada vez ter mais mulheres. Na Bloomberg faziam por equilibrar os rácios”, nota.

Até ao momento, o Misk ainda não teve investimento, mas a ideia é fechar uma ronda em setembro, outubro, para fazer crescer a equipa e investir no produto”, explica Sofia. Daqui a um ano, dizem, querem expandir a equipa e contratar mais programadores, profissionais em design e marketing e consideram também concorrer “aos maiores programas de aceleração”. O objetivo? Ter uma “app global” para, em cinco anos, estar presente em todas as capitais europeias.

“Não é uma questão de género”

“A igualdade passa por dizermos às mulheres que não são menos do que os homens. Esse é o primeiro ponto que tem de ficar claro na cabeça das pessoas, nas mulheres e nos homens”. As palavras são de Joana Mendonça, 32 anos, que lidera um projeto de treino digital dos programadores da Outsystems. Licenciada em Direito, tem feito carreira no mundo da inovação tecnológica. Tentou lançar a própria startup (que acabou por não correr bem) e ajudou a trazer para Portugal o Women’s Entrepreneurship Day. Durante cinco anos, esteve responsável pelo Gabinete de Empreendedorismo da Universidade Nova de Lisboa. Porquê? Porque há “um problema cultural e social” que perpetua diferenças que já não deviam existir.

“Não gosto de lhe chamar problema. Já trabalhei com boas profissionais mulheres, com bons profissionais homens, com más profissionais mulheres, com maus profissionais homens. Para muita gente, há diferenças. A questão das mulheres é que – dada a nossa natureza biológica -, o facto de termos filhos e de termos de parar o período de trabalho, criou-nos algum complexo de inferioridade. E as mulheres não se apercebem do poder, das capacidades que têm e acham que não são capazes quando, na verdade, são tão capazes como os homens. Não é uma questão de género, é uma questão de as pessoas serem capazes de executar o trabalho”, sublinha.

joana-mendonca

Joana Mendonça ajudou a trazer para Portugal o Women’s Entrepreneurship Day

A desigualdade entre homens e mulheres no mundo empresarial incendiou os ânimos no Parlamento Europeu, na quinta-feira. O eurodeputado Janusz Korwin-Mikke, do partido de extrema-direita e eurocético Coligação para a Renovação da República disse, em Bruxelas, que “as mulheres deviam ganhar menos do que os homens, porque são mais fracas, pequenas e menos inteligentes”. Joana Mendonça considerou as declarações do polaco “absolutamente infames”.

Na União Europeia, os números não enganam: existem cerca de 7,3 milhões de gestores, mas apenas 2,6 milhões são mulheres, de acordo com os dados divulgados pela Eurostat na segunda-feira. Além de serem menos, as mulheres também recebem menos – a diferença entre salários é de 23%. Quando a amostra é portuguesa, o cenário continua a não ser animador: apenas 33% dos cargos de gestão em Portugal são ocupados por mulheres, que continuam a receber menos do que os homens que ocupam a mesma função. Neste caso, a diferença entre salários sobe para 25,9%.

Para Joana Mendonça, é possível que as coisas estejam a mudar. “Acho que esta nova geração vem trazer uma lufada de ar fresco na desigualdade de géneros, que é uma questão social”, diz ao Observador, acrescentando que tem de haver, na própria sociedade, estruturas que incentivem e que sejam permeáveis à entrada de mulheres”, acrescenta. Em 2014, Joana foi responsável pela organização do primeiro Women’s Entrepreneurship Day, que juntou 153 mulheres num auditório em Lisboa. Embora já tenha estado na organização de eventos destinados a mulheres, alerta para o facto de que, ao mesmo tempo que se está a promover a diferenciação, se pode cair na “autoexclusão”.

"Não sinto que haja uma discriminação negativa. Sinto que, às vezes, pode haver uma discriminação positiva, contra a qual eu sou, que por ser uma mulher a fazer determinada coisa merece mais crédito por isso"
Joana Mendonça, organizadora do Women's Entrepreneurship Day

Quando estava a fundar a sua startup, a Pockted, Joana diz que olhavam para si com “mais curiosidade do que com desconfiança”, por ser uma mulher à frente de um projeto de tecnologia, especialmente não sendo da área. “Não sinto que haja uma discriminação negativa. Sinto que, às vezes, pode haver uma discriminação positiva, contra a qual eu sou, que por ser uma mulher a fazer determinada coisa merece mais crédito por isso. Eu quero que me dêem crédito pela capacidade que tenho de criar o meu projeto, de desenvolver e de entregar resultados”, sublinhou.

Joana acredita que é importante haver “role models” (modelos) de liderança no feminino dentro das empresas, que possam ser aplicados em universidades e escolas. “Temos uma capacidade de trabalho brutal, tal como muitos homens. No empreendedorismo, o que acontece é que temos uma maior aversão ao risco. Isto está cientificamente provado por querermos segurança para os nossos filhos. Esta instabilidade do empreendedorismo deixa-nos em posições desconfortáveis em que não queremos arriscar, não por nós, mas por eles”, considera.

"Acho que esta nova geração vem trazer uma lufada de ar fresco nesta desigualdade de géneros que é uma questão social"
Joana Mendonça, organizadora do Women's Entrepreneurship Day

Quando estava no Gabinete de Empreendedorismo, muitas das estudantes que por lá apareciam queriam prosseguir com projetos. Como Femke e Bo Irik, duas irmãs holandesas, que lançaram a SeaBookings, uma plataforma de bookings (de reservas, equivalente ao Booking.com) para atividades náuticas no Algarve. “Acho que esta nova geração vem trazer uma lufada de ar fresco nesta desigualdade de géneros que é uma questão social. Mas não acho que por ser mulher não devamos iniciar um negócio”, sublinha.

Quase 1.500 casas e 3 milhões de euros depois

Magda Tilli, 39 anos, entrou na TAP com 18 anos para ser assistente de bordo. Voou durante oito anos mas um “episódio menos agradável” fê-la ter medo de voar. A licenciatura em Direito acabou por fazer com que aterrasse no departamento jurídico da TAP. Por lá ficou 16 anos. Mas, “sinceramente, não era a trabalhar naquilo que me sentia feliz. Faltava qualquer coisa”, confessa. Quando estava em casa de licença de maternidade do segundo filho percebeu que “não tinha vontade nenhuma de trabalhar [na TAP]”. “Estava a repetir as mesmas tarefas, sem me sentir útil, a sentir que eram mais um número numa empresa com milhares de pessoas”, conta.

Ao mesmo tempo, o marido, Miguel, também não se sentia feliz com o trabalho que estava a desempenhar. Na altura, abriu uma agência imobiliária tradicional, em 2011, um franchising de uma agência que existia na altura. Acabaram por ser apanhados pela crise. “Os bancos não emprestavam dinheiro e as pessoas não conseguiam comprar casas. Não conseguimos fazer uma única venda. A empresa durou cerca de seis meses”, conta. Fecharam as portas à força, mas como o imobiliário já lhes tinha tomado o gosto, não abandonaram a ideia. Foi assim que nasceu a HomeLovers.

Nos últimos 5 anos, a HomeLovers vendeu mais de 350 casas e fechou mais de 1100 arrendamentos. Em 2015, faturou 2 milhões de euros e perto de 3 milhões em 2016.

“Quando o Miguel me disse que ia ter que fechar, estávamos no Algarve e fomos dar uma caminhada. Eu levava uma folhinha e começámos a escrever coisas tão simples como: os agentes imobiliários usam gravatas. Nós não vamos usar. Os agentes imobiliários tratam as pessoas por Sr. Doutor. Nós vamos tratar as pessoas pelo nome. Vamos apostar em boas fotografias, numa imagem com uma estética muito apurada que também não existia, a não ser em casas de milhões”, conta Magda.

Se o mercado não estava disponível para fazer vendas, estava disponível para fazer arrendamentos. A ideia avançou e começou a corrente de falar com “amigos de amigos de amigos” e usar o Facebook como plataforma de divulgação, transformando-se na primeira agência a trabalhar exclusivamente com casas para arrendamento em Lisboa e em Portugal. Magda ainda voltou para a TAP, mas diz que se sentia “tão infeliz” que optou por encerrar esse capítulo. Agora “não podia estar mais feliz por ter tomado essa decisão”, confessa.

Começaram os dois e seis anos depois têm uma equipa com 75 colaboradores e estão em quatro cidades: Lisboa, Porto, Cascais, e Algarve. Nos últimos 5 anos, a HomeLovers vendeu mais de 350 casas e fechou mais de 1100 arrendamentos. Em 2015, faturou 2 milhões de euros e perto de 3 milhões em 2016. A montra continua a ser as redes sociais: as quatro páginas da startup têm 433.261 mil seguidores no Facebook e 21.200 no Instagram.

"Sinceramente, não sinto diferença de tratamento, em nada. Confesso que quando comecei a empresa, senti alguma dificuldade na divulgação. Acho que os homens são naturalmente mais assertivos, dizem aquilo que pensam sem problema. As mulheres dão mais a volta ao assunto"
Magda Tilli, cofundadora da HomeLovers

“Acho que temos grandes mulheres líderes, em grandes empresas, bastante melhores que homens e não é por serem homens ou serem mulheres, é por ser aquela pessoa. E isso é o que vale. É a pessoa e não o género”, afirmou Magda Tilli ao Observador. E as dificuldades? “Sinceramente, não sinto diferença de tratamento, em nada. Confesso que quando comecei a empresa, senti alguma dificuldade na divulgação. Acho que os homens são naturalmente mais assertivos, dizem aquilo que pensam sem problema. As mulheres dão mais a volta ao assunto. Às vezes em negócio é bom ser mais imediato, assertivo, reativo. Mas depois as mulheres têm o bom senso, a capacidade de ser mais ponderadas, mais pacientes, que, às vezes, em negócio, faz falta aos homens. No fundo, completamo-nos”, acrescentou.

Para Magda, há uma questão natural, cultural e social associada às mulheres. “Acabam por ter uma responsabilidade socialmente acrescida em relação aos filhos. E, nesse sentido, para que as mulheres possam construir a sua carreira, seria importante as empresas desenvolverem alternativas que permitisse, às mulheres serem mães sem deixarem descurar a parte profissional. Dessa forma, as mulheres sentem-se muito mais motivadas, apoiadas e farão tudo com muito mais vontade para ajudar a empresa a crescer”, rematou.

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