Trinta e seis horas depois, e no meio de uma operação de buscas que chegou a envolver mais de 100 pessoas, Noah, o menino de dois anos que esteve desaparecido desde quarta-feira de madrugada, foi encontrado com vida num terreno junto a um barracão.
A imagem do momento do reencontro pode não mostrar as escoriações (no dorso, abdómen e pés) com que ficou, resultado das longas horas que passou sozinho, sem roupas e descalço. Mas regista os detalhes de um desfecho que já poucos acreditavam possível: o alívio e a felicidade dos pais; a presença e a ajuda dos militares da GNR, além da de amigos e desconhecidos que apoiaram as buscas dia e noite; e o rosto aparentemente tranquilo da criança que terá sempre esta história para contar.
Noah chegou ao hospital na noite de quinta-feira, sonolento e desidratado. Dormiu a noite toda, com a presença da mãe, e, na manhã desta sexta-feira, não estava “choroso ou deprimido”, notou a diretora clínica do Hospital Amato Lusitano, Eugénia André. Ainda assim, os médicos decidiram não lhe dar alta, ficando em observação durante o fim de semana. Também a família está a receber apoio psicológico.
Noah está “estável” e “dormiu toda a noite”. Não vai ter alta hospitalar hoje