Nas redes sociais está a circular uma imagem de vários jogadores do Flamengo a festejarem um golo frente à Chapecoense com uma camisola onde se vê o número 17 e o nome “Bolsonaro”. “Esse Flamengo é fera”, pode ler-se na descrição da publicação.
Está implícita a ideia de que a equipa brasileira comemorou com uma camisola em que era visível o nome do presidente brasileiro, Jair Bolsonaro. Mas, apesar de o festejo ser verdadeiro, tudo o resto está distorcido.
É verdade que, em setembro de 2018, o Flamengo venceu a Chapecoense por 2-0. E na comemoração do segundo golo da equipa, um dos jogadores, Diego, exibiu uma camisola com o número 4 e com um nome: Juan. O momento representou uma homenagem a um colega de equipa que dias antes torceu o tendão de Aquiles num treino.
Além disso, a imagem original remonta ao dia 8 de setembro de 2018, num jogo que ocorreu no Maracanã, ainda antes de Jair Bolsonaro ter tomado posse como presidente do Brasil, algo que só aconteceu no dia 1 de janeiro de 2019.
Voltando à homenagem, o golo que deu o festejo aconteceu de penálti e foi um membro da comissão técnica que deu a Diego a camisola de Juan, um guarda-redes de 39 anos que se tinha lesionado pouco antes e que precisou de ser operado.
Na altura, o jogador que segurou a camisola agradeceu o facto de ter sido “premiado” com um golo que lhe permitiu “homenagear um grande ídolo”.
Conclusão
A imagem de um festejo da equipa do Flamengo com uma camisola onde se vê o nome do presidente do Brasil é falsa. Trata-se de uma montagem. De facto, o momento existiu num jogo frente à Chapecoense, em 2018, mas nenhum elemento da equipa elevou a camisola com o nome de Bolsonaro. Em causa estava uma homenagem a um colega de equipa que tinha sofrido uma lesão dias antes, não havendo qualquer ligação ao chefe de Estado brasileiro.
Segundo a classificação do Observador, este conteúdo é:
ERRADO
No sistema de classificação do Facebook, este conteúdo é:
FALSO: As principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.
Nota: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.