Nas redes sociais circula um vídeo em que um homem vestido com uma camisa branca apela ao Presidente cessante do Brasil para que intervenha no sentido de evitar a posse de Lula da Silva como novo chefe de estado. O homem é identificado como sendo o médico que tratou Jair Bolsonaro aquando da facada que ele sofreu em setembro de 2018.

No vídeo de 4 minutos e meio, o homem faz um discurso emocionado, no qual chama Bolsonaro de herói e não poupa elogios ao Presidente Cessante. Um homem de coragem e atitude, é assim que ele é descrito no vídeo que tem como som de fundo o hino brasileiro. Mais à frente, o homem acrescenta que o tempo urge e que “faltam poucos dias para a tomada de posse do ladrão” que classifica como parte de uma “quadrilha e vagabundos que estão a tomar conta do país.

Ainda na mesma mensagem, este homem diz ter quase a certeza de que “houve fraude nas urnas” e suplica ao “senhor Presidente para que tome uma atitude mesmo que isso tire vidas ao povo brasileiro”.

Só que este homem não médico, nem tratou Bolsonaro quando sofreu uma facada. Fazendo uma pesquisa pelo nome que aparece no vídeo, Carlito Gini, é possível encontrar a sua conta de Instagram. Nela podemos encontrar o vídeo original, publicado a 16 de dezembro com a legenda “SOS Bolsonaro”. Numa publicação mais recente, de 21 de dezembro, o homem nega que seja médico e classifica mesmo os posts que o identificam dessa forma como “fake news”.

Carlito Gini é, na realidade, um empresário. Inclusivamente, lançou em 2018 um livro com histórias da sua vida.

Conclusão

Não é verdade que o homem que aparece num vídeo a pedir a intervenção de Jair Bolsonaro para impedir a tomada de posse de Lula da Silva seja médico. É um empresário que desmentiu essa alegação nas suas redes sociais.

Segundo a classificação do Observador, este conteúdo é:

ERRADO

No sistema de classificação do Facebook, este conteúdo é:

FALSO: As principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.

NOTA: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.

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