Um vídeo de Tik-Tok foi partilhado no Instagram onde se mostra supostamente que a soma percentual de cinco regiões do Brasil demonstram a existência de fraude nas eleições presidenciais deste ano. Trata-se, no entanto, de uma publicação falsa.

Publicação viral alega que houve fraude nas eleições do Brasil. É falso.

Olhemos para o vídeo em questão, em que o narrador soma os resultados percentuais nas várias regiões brasileiras e, no final, divide o total dessa soma pelas cinco regiões eleitorais do Brasil. O autor alega que Lula da Silva teve uma percentagem de votos mais baixa do que a que lhe deu a vitória — 50,9% dos votos. No entanto, mais nenhuma informação foi partilhada pelo autor no dia 31 de outubro deste ano.

Aprofundando os dados em questão, percebe-se que foram retirados de um artigo do G1, órgão de comunicação social brasileiro, onde se viam todos os votos menos os boletins expressos no Nordeste do Brasil. Só que, e tal como explicado noutro fact-check, o Aos Fatos, essa conta de somar só mostra parte dos resultados. Ou seja, dá para olhar para a média que Lula da Silva e Jair Bolsonaro fizeram naquelas cinco regiões, mas não para o total dos votos em todo o Brasil.

Os resultados que deram a vitória a Lula da Silva podem ser confirmados em vários órgãos de comunicação social, mas também através do Tribunal  Superior Eleitoral, organismo responsável por validar as eleições presidenciais. Também é importante dizer que, tal como acontece habitualmente, os observadores internacionais validaram o resultado que ditou a derrota de Jair Bolsonaro — e que as múltiplas alegações de fraude nas últimas presidenciais no Brasil foram, invariavelmente, negadas pela justiça do país.

Conclusão

Não é verdade que a soma percentual de votos de cinco regiões brasileiras demonstre que houve fraude nas eleições que ditaram a vitória de Lula da Silva nas presidenciais do Brasil. Trata-se, na verdade, da média de votos dessas mesmas regiões quando ainda não tinham sido contabilizados os votos da região Nordeste.

Assim, de acordo com o sistema de classificação do Observador, este conteúdo é:

ERRADO

No sistema de classificação do Facebook este conteúdo é:

FALSO: as principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.

NOTA: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.

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