Momentos-chave
- Montenegro "é o mais que provável primeiro-ministro" e é ele que "tem de garantir condições de governabilidade"
- Futuros Orçamentos? "É praticamente impossível" o PS viabilizar
- PS aberto a "viabilizar retificativo limitado a matérias de consenso"
- Pedro Nuno Santos: "O que se espera é que o líder da AD apresente uma solução de Governo estável"
- Bloco e PAN já têm reunião marcada para esta quarta-feira
- PCP e PEV comprometem-se a continuar coligados nos próximos atos eleitorais
- Porta-voz da CNE diz que resultados finais da emigração só serão conhecidos na sexta-feira
- PCP antecipa que PSD e Chega se vão entender para defender grupos económicos
- Albuquerque defende alteração da Lei Eleitoral para credibilizar o sistema
- PSD/Madeira precisa “mudar alguns generais”
- Miguel Albuquerque rejeita fragilidade do PSD/Madeira sob a sua liderança
- Candidato da Esquerda Europeia saúda diálogo em Portugal contra Chega
Histórico de atualizações
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Bom dia, continuamos a seguir a situação política nacional neste outro artigo em direto.
Obrigada por nos acompanhar, até já!
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Jorge Fernandes: "Pedro Nuno foi cínico na questão do Orçamento"
Jorge Fernandes afirma que Pedro Nuno Santos quer “extrair todos os benefícios” das negociações para um possível orçamento retificativo. Salienta ainda que PNS fechou a porta a apoios à AD.
Ouça a análise de Jorge Fernandes aqui
Jorge Fernandes: “Pedro Nuno foi cínico na questão do Orçamento”
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Susana Peralta: "Pedro Nuno foi mais responsável e construtivo"
A comentadora Susana Peralta fala num discurso positivo de Pedro Nuno Santos por abrir a porta a entendimentos com a AD, mas diz que não é razoável que a oposição do PS dê carta branca a Montenegro.
Ouça aqui a análise de Susana Peralta
Susana Peralta: “Pedro Nuno foi mais responsável e construtivo”
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"Repetia a experiência, mas seria menos ingénuo"
Adalberto Campos Fernandes foi ministro da Saúde no primeiro governo de António Costa. Quando recebeu o convite, ligou à mulher. Os colegas da faculdade já diziam que ia chegar ao ministério.
Ouça aqui o segundo episódio de “Pai, já fui ministro”
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Emigração: "A contagem vai dar-nos razão"
Com a contagem dos votos nos círculos da emigração ainda em aberto, Pedro Nuno Santos recusa “elaborar sobre cenários com quase nenhuma probabilidade de se verificarem”. “A contagem vai dar-nos razão”, acredita dizendo que era “importante não alimentar nenhuma ambiguidade depois das eleições”.
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Montenegro "é o mais que provável primeiro-ministro" e é ele que "tem de garantir condições de governabilidade"
Ainda sobre o rectificativo, Pedro Nuno fala na necessidade de “trabalhos que levem a um acordo” e que só depois disso verá qual a orientação do voto.
Ainda questionado sobre se a justiça pode incluir o acordo, Pedro Nuno remete para o que já foi dito em campanha limitando a esses temas o “perímetro” das negociações que se disponibiliza a fazer.
Refere-se a Montenegro como “mais que provável primeiro-ministro” e é a ele que tem de “se pedir as condições de governabilidade” e que “não se pode pedir ao PS que seja o garante de um Governo com o qual discorda”.
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Futuros Orçamentos? "É praticamente impossível" o PS viabilizar
Quanto a futuros Orçamentos do Estado, “é praticamente impossível” o PS viabilizar, tendo em conta que são “declinações anuais dos programas eleitorais”, justifica.
Além disso, Pedro Nuno argumenta com a “qualidade da democracia”, dizendo que o PS “nunca poderia liderar a oposição comprometido com a política do Governo”.
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Pedro Nuno vai propor a Montenegro dois nomes do PS para chegar a acordo até ao verão sobre carreiras
Pedro Nuno diz que vai entrar em contacto diretamente com Luís Montenegro e indicar dois nomes “para construir um acordo em 30 dias para encontrar uma solução até ao verão” para os profissionais da administração pública.
“Seremos uma oposição responsável”, diz ainda o líder socialista no Palácio de Belém.
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PS aberto a "viabilizar retificativo limitado a matérias de consenso"
Pedro Nuno Santos diz de seguida que o que disse sobre liderar a oposição “não significa que não seja uma oposição responsável. “O PS não votará iniciativas legislativas sobre matérias com que não concorda”, explica aos jornalistas em Belém.
“Mas onde há pontos de vista comum e possibilidade de entendimentos, o PS está aberto a que sejam concretizados”, afirma. Exemplifica com a valorização de carreiras na Administração Pública, dizendo que “não há razão para arrastarmos os pés nesta matéria. O Governo deixou uma situação financeira e política que permite dar o passo em frente e o PS quer ser parte dessa solução”, afirma.
Diz mesmo que está disponível para encontrar “com a coligação vencedora para que estes profissionais tenham a sua situação resolvida” até ao verão. Diz mesmo estar aberto a “viabilizar um Orçamento rectificativo limitado a matérias de consenso”.
Em causa, detalha, o líder do PS diz que está a falar dos professores, forças de segurança e também os oficiais de justiça. E também a localização do novo aeroporto.
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Pedro Nuno Santos: "O que se espera é que o líder da AD apresente uma solução de Governo estável"
O líder do PS sai agora da audiência de duas horas com o Presidente da República, no Palácio de Belém, e diz ao jornalistas que “se mantém” a declaração que fez no domingo eleitoral. “Chegamos a esta audiência sem uma solução de Governo apoiado por uma maioria”, diz o socialista dizendo que o “país precisa de um Governo estável e o PS não tem uma maioria para o formar”.
“O que se espera é que o líder da coligação apresente amanhã uma solução de Governo estável” e que o “o país precisa de uma oposição forte e sólida”, adjetiva ainda. “O PS será a oposição, a alternativa democrática ao Governo da AD”, coisa que diz que não seria possível “se fosse o suporte do Governo da AD, coisa que não será”.
Na comitiva socialista que esteve em Belém seguiram ainda o presidente do partido Carlos César e a coordenadora do programa eleitoral de Pedro Nuno, Alexandra Leitão.
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Eleições. Cerca de 260 mil votos dos emigrantes escrutinados e registados – CNE
Cerca de 260 mil votos dos portugueses residentes no estrangeiro nas eleições legislativas foram até esta terça-feira escrutinados e registados, ficando por apurar na quarta-feira entre 40 a 50 mil, segundo o porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE).
Segundo disse à Lusa Fernando Anastácio, foram nesta terça-feira, segundo dia do escrutínio dos votos dos emigrantes portugueses, escrutinados e registados 117 mil votos, que se juntaram aos mais de 140 mil tratados na segunda-feira.
Para quarta-feira ficam entre 40 mil a 50 mil, mais os que entretanto ainda chegarão hoje, prosseguiu.
Os cerca de 700 cidadãos escolhidos pelos partidos políticos para realizar este trabalho, que decorre no Centro de Congressos de Lisboa, têm encontrado “uma percentagem muito significativa” de voto nulos, que têm origem no facto de os eleitores não terem juntado uma cópia do cartão do cidadão.
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Bloco e PAN já têm reunião marcada para esta quarta-feira
Já está marcada a primeira das reuniões pedidas pelo Bloco de Esquerda aos restantes partidos de centro-esquerda. Será com o PAN, esta quarta-feira, pelas 10h30, na sede do partido de Inês Sousa Real.
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PCP e PEV comprometem-se a continuar coligados nos próximos atos eleitorais
O PCP e o Partido Ecologista Os Verdes (PEV) comprometeram-se esta terça-feira a continuar coligados nos próximos atos eleitorais, considerando que corporizam a mudança necessária para o país, apesar de se assumirem insatisfeitos com o resultado da CDU nas legislativas.
Em declarações aos jornalistas na sede nacional do PEV, em Lisboa, após uma reunião com aquele partido, o secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, mostrou-se insatisfeito com o resultado obtido pela CDU, mas disse estar “confiante para continuar esta cooperação, a afirmação deste projeto alternativo”.
“É o único projeto alternativo que dá resposta à grande exigência de mudança que se provou nas eleições”, defendeu.
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Porta-voz da CNE diz que resultados finais da emigração só serão conhecidos na sexta-feira
Fernando Anastácio, porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE), acredita que a contagem dos votos do estrangeiro só serão conhecidos na sexta-feira.
Em declarações à CNN, o responsável referiu que ontem chegaram mais 11 mil votos e hoje mais 10 mil, sendo que ainda está prevista uma nova entrega para esta tarde e duas para amanhã. “Na melhor das hipóteses andará por volta dos 350 mil votos e, não havendo recursos, teremos os resultados finais no dia 22, sem prejuízo que no dia 20 à noite já se terá uma noção ainda em sede de resultados provisórios”, explicou Fernando Anastácio.
[Já saiu o quarto episódio de “Operação Papagaio” , o novo podcast plus do Observador com o plano mais louco para derrubar Salazar e que esteve escondido nos arquivos da PIDE 64 anos. Pode ouvir o primeiro episódio aqui, o segundo episódio aqui e o terceiro episódio aqui]
A previsão inicial apontava para que a contagem dos votos da emigração estivesse concluída na quarta-feira, dia 20 de março.
Numa nota oficial, a Presidência da República tinha dado conta das audiências aos partidos com assento parlamentar, a terminar no dia 20 de março com a AD, e referia que “depois de conhecidos os resultados dos círculos das comunidades portugueses no estrangeiro”, o Presidente da República indigitaria o novo primeiro-ministro.
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PCP antecipa que PSD e Chega se vão entender para defender grupos económicos
O secretário-geral do PCP antecipou hoje que o PSD e o Chega se vão entender sempre que for necessário para salvaguardar os interesses dos grupos económicos e recusou “alimentar a ideia” de que o PS possa vir a governar.
Em declarações aos jornalistas na sede nacional do Partido Ecologista Os Verdes (PEV), em Lisboa, após uma reunião com aquele partido, Paulo Raimundo afirmou que o programa “do PSD e do CDS já é bastante mau e não precisa de mais alimentos para ser mau”.
“Mas, quando e sempre que for necessário, de forma formal ou informal, lá estará a direita — e espero que só a direita — a dar o aval a tudo o que for necessário. Tudo quando se colocar a salvaguarda dos interesses dos grupos económicos: lá estará o Chega e a IL”, sustentou, considerando que também haverá convergências quando “for necessário continuar a atacar os serviços públicos”.
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Albuquerque defende alteração da Lei Eleitoral para credibilizar o sistema
O presidente demissionário do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque, defendeu esta terça-feira a necessidade de alteração da Lei Eleitoral para estabelecer um sistema misto em Portugal, conferindo maior credibilidade ao sistema político.
“Sempre fui defensor de um sistema misto em Portugal. É juntar o sistema proporcional (a eleição num circulo único) e depois haver uma representação dos concelhos ou dos distritos. Acho que essa é uma prioridade”, afirmou o chefe do executivo madeirense aos jornalistas, à margem da visita que efetuou ao “call-center” do Centro de Rastreios, no Funchal.
Questionado sobre o atual sistema eleitoral ter representado que cerca de um milhão de votos não serviram para eleger qualquer deputado, Miguel Albuquerque insistiu na “reformulação da Lei Eleitoral”.
No seu entender, essa medida “era importante para dar maior credibilidade e consistência ao sistema”, mas apontou que estas são “reformas que vão sendo adiadas”.
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PSD/Madeira precisa “mudar alguns generais”
O ex-secretário regional madeirense Manuel António Correia, que vai disputar as internas do PSD no arquipélago com Miguel Albuquerque na quinta-feira, considera que o partido “precisa mudar alguns generais, mas manter o exército” na região.
“Esta não é uma questão pessoal, que fique bem claro. Respeito as pessoas. Tenho boas relações pessoais. A questão é política”, declarou, em entrevista à agência Lusa.
O candidato, licenciado em Direito e secretário do Ambiente e Recursos Naturais na governação de Alberto João Jardim, já defrontou Albuquerque em eleições internas em 2014 e obteve 37% dos votos, contra os 63% do adversário, que lidera atualmente os sociais-democratas madeirenses e é presidente demissionário do executivo insular, atualmente em gestão.
Manuel António Correia decidiu avançar na corrida à liderança da estrutura partidária por reconhecer que a Madeira vive “um momento muito difícil” e “está num pântano político há algum tempo”.
“A lista titulada por Miguel Albuquerque e pelo seu núcleo duro político, neste momento, perante este problema, não é a solução”, disse.
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Miguel Albuquerque rejeita fragilidade do PSD/Madeira sob a sua liderança
O líder do PSD/Madeira, Miguel Albuquerque, que se recandidata ao cargo, diz que os militantes vão escolher na quinta-feira quem tem maior capacidade de liderança, rejeitando afirmações do seu adversário sobre a estrutura partidária estar fragilizada.
“Neste momento os dados estão lançados e os militantes vão avaliar quem é que tem maior capacidade de liderança, quem é que conquistou e manteve o PSD na liderança da região e qual o trabalho que no futuro terá que ser feito”, afirmou o também presidente demissionário do Governo Regional, em entrevista à agência Lusa.
Na corrida para as eleições internas do PSD/Madeira de quinta-feira está também Manuel António Correia, antigo secretário regional do Ambiente e Recursos Naturais da governação de Alberto João Jardim. Os dois candidatos já se defrontaram em internas em 2014, tendo Albuquerque vencido, numa segunda volta, com 63% dos votos.
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Marcelo recebe hoje Pedro Nuno Santos
Na ronda que está a fazer pelos partidos antes de indigitar o próximo primeiro-ministro, o Presidente da República recebe esta tarde, às 16h00 o líder socialista, Pedro Nuno Santos. Ontem o dia ficou marcado pela contradição entre a preocupação que Marcelo terá manifestado aos outros partidos sobre o Chega no novo governo e o que terá dito ontem a André Ventura.
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Candidato da Esquerda Europeia saúda diálogo em Portugal contra Chega
O ‘Spitzenkandidat’ (candidato principal) do Partido da Esquerda Europeia à Comissão Europeia, Walter Baier, saúda as “tentativas de diálogo” à esquerda contra a extrema-direita em Portugal, embora admitindo que o resultado do BE “não foi exatamente” o ambicionado.
“Não quero comentar se o resultado é bom ou mau, [mas] li uma declaração em que se dizia que não era exatamente o resultado que o partido desejava”, declara Walter Baier, em entrevista à Lusa e a outras agências europeias, no âmbito do projeto Redação Europeia (European Newsroom), em Bruxelas.
Respondendo a uma questão da Lusa, o candidato principal da Esquerda Europeia diz que “há agora tentativas de diálogo com todos os partidos que se opõem à extrema-direita em Portugal”.
“Isto está completamente de acordo com a forma como vemos a política na Europa”, adianta Walter Baier, classificando o BE como “a principal e mais importante referência na política em Portugal”.
O BE falhou o objetivo de afastar a direita e recuperar deputados nas eleições legislativas de 10 de março, apesar de ter subido a votação em cerca de 30 mil votos e mantido os mesmos cinco mandatos, fixando-se como quinta força política.