A batalha por Bakhmut e Donbass é a prioridade da Ucrânia, disse o Presidente Volodymyr Zelensky. O secretário-geral da ONU reuniu-se em Kiev com o líder ucraniano para “procurar soluções” que permitam alcançar uma “paz justa”.

• O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, definiu a defesa da cidade de Bakhmut, um dos epicentros dos combates nos últimos meses, e de toda a região do Donbass como uma “prioridade”.

• A vice-presidente húngara, Csada Hende, afirmou que a maioria dos membros da Assembleia Nacional da Hungria apoiam a adesão da Finlândia à NATO, mas que é necessário mais tempo para garantir a ratificação.

• A mãe do fundador do grupo paramilitar Wagner — envolvido nas operações russas na Ucrânia — ganhou um primeiro processo judicial para anular as sanções que lhe foram impostas pela União Europeia em fevereiro do ano passado. Yevgeny Prigozhin já reagiu e, questionado sobre as sanções que recaem sobre si, recorreu à ironia: “Não vou desafiá-las e acredito que neste momento são bastantes razoáveis”.

• A comissária europeia do Interior, Ylva Johansson, alertou que os soldados russos têm realizado sistematicamente violações desde o início da guerra e que o número de mulheres violadas na Ucrânia tem crescido de forma exponencial.

• A Polónia apelou ao treino de militares ucranianos no uso de caças F-16. É “importante” e “necessário”, afirmou o Presidente Andrzej Duda.

• Os Estados Unidos não esperam que a Rússia consiga obter ganhos territoriais significativos este ano, revelou Avril Haines, diretora dos serviços secretos dos EUA, durante uma audição no senado.

• A ministra da Defesa anunciou um acordo político entre os Estados-membros para a aquisição de munições de grande calibre para a Ucrânia. O acordo é apenas político, e depente da aprovação na reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da União, em 20 de março, e da ratificação no Conselho Europeu de 25 e 26 de março.

• A procuradoria alemã confirmou que os investigadores conduziram buscas a uma embarcação que poderá ter sido usada no ataque aos gasodutos russos Nord Stream 1 e 2, em setembro do ano passado. A embarcação foi revistada entre os dias 18 e 20 de janeiro após ter sido detetado um aluguer “suspeito”.

• Numa cerimónia para assinalar o Dia Internacional da Mulher, o Presidente russo alertou que a Rússia enfrenta ameaças diretas à sua segurança e soberania. Durante o evento Vladimir Putin entregou prémios estatais a mães, educadoras, profissionais de saúde e repórteres.

Putin gave state awards to “exceptional women” in the Kremlin today, including several working with Russian authorities in occupied Ukraine pic.twitter.com/ArZr0lB4pR

— max seddon (@maxseddon) March 8, 2023

• O alto-representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros alertou que não se deve tirar conclusões precipitadas sobre os novos relatos difundidos nos média sobre a sabotagem aos gasodutos Nord Stream 1 e 2. “Não tenho medo da verdade. Mas estamos a falar sobre especulações”, disse Josep Borrell.

• Um total de 11.000 militares das Forças Armadas da Ucrânia conclui o treino no âmbito da Missão de Apoio Militar da União Europeia (UE) até ao final do mês de março, anunciou a ministra da Defesa Nacional.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, definiu a defesa da cidade de Bakhmut, um dos epicentros dos combates nos últimos meses, e de toda a região do Donbass como uma “prioridade”.

“Estamos a fazer todos os possíveis para garantir que os nossos passos táticos contribuem para os nossos objetivos estratégicos: o sucesso da Ucrânia na batalha por todo o território temporariamente ocupado do nosso Estado“, afirmou Zelensky no habitual discurso diário.

O líder ucraniano deixou um agradecimento a todos os que contribuem para a defesa do país ao repelir os ataques russos. “É muito importante [lembrar] que a linha da frente não é uma linha no mapa, mas pessoas, resiliência, a vontade de lutar, o apoio mútuo”, acrescentou.

Mikail Podolyak, um dos principais conselheiros do Presidente Volodymyr Zelensky, estabeleceu as quatro prioridades que a Ucrânia quer alcançar nesta primavera.

Os quatro objetivos são: aumentar a produção militar (munições e mísseis); acelerar o fornecimento de veículos blindados; lançar uma contraofensiva eficaz; garantir que a Rússia não consegue fugir às sanções.

The right priorities for spring. For the anti-???????? coalition
1. Increase in military production. Shells & missiles. A lot
2. Accelerating the armored vehicles supply. Repair bases
3. Effective counter-offensive
4. Tough pressure on the pro-???????? lobby to prevent evasion of sanctions

— Михайло Подоляк (@Podolyak_M) March 8, 2023

A vice-presidente húngara, Csada Hende, afirmou esta quarta-feira que a maioria dos membros da Assembleia Nacional da Hungria apoiam a adesão da Finlândia à NATO, mas que é necessário mais tempo para garantir a ratificação.

No âmbito da visita de uma delegação parlamentar húngara à Finlândia, para clarificar a posição do país sobre a adesão deste país e da Suécia à NATO, Hende disse que “analisar acordos internacionais demora o seu tempo”.

Alguns legisladores húngaros têm levantado dúvidas quanto à ratificação da adesão, considerando que tanto a Finlândia como a Suécia têm espalhado “mentiras” sobre o estado da democracia na Hungria.

A comissária europeia do Interior, Ylva Johansson, alertou hoje que os soldados russos têm realizado sistematicamente violações desde o início da guerra e que o número de mulheres violadas na Ucrânia tem crescido de forma exponencial.

Ylva Johansson deixou o alerta durante uma entrevista ao ‘site’ Politico, concedida por ocasião do Dia Internacional da Mulher.

A União Europeia (UE), em colaboração com o Governo ucraniano, está “a financiar e criar” em muitas regiões da Ucrânia centros de apoio às vítimas para oferecer assistência.

A maioria das mulheres que chegam a estes centros já foram violadas, muitas destas são meninas, mas também há outras mulheres vítimas de outros traumas.

“Algumas foram forçadas [por soldados russos] a assistir a outras pessoas s serem mortas ou violadas”, frisou Johansson.

Na Ucrânia já existiam centros de atendimento a mulheres violentadas mas, desde o início da guerra, em fevereiro de 2022, a necessidade de ajuda e proteção aumentou: “O volume era totalmente diferente”, realçou a comissária.

Johansson explicou ainda que a Comissão Europeia tem trabalhado para que nos diferentes Estados-membros seja prestada assistência às mulheres vítimas de violação que engravidam e pretendem abortar.

O Governo polaco, um dos estados mais relutantes em realizar abortos, prometeu a Bruxelas que “seriam dadas possibilidades” para as mulheres ucranianas fazerem abortos, mas Johansson apontou: “Continuo a receber informações de que o aborto é negado às mulheres”.

Da mesma forma, a comissária europeia assegurou que, apesar de ser “muito difícil” dizer quem é mais afetado por esta guerra, a experiência específica do refugiado “tem um género”, uma vez que são maioritariamente mulheres e crianças que tentam reconstruir a sua vida em diferentes países da UE.

A mãe do fundador do grupo paramilitar Wagner — envolvido nas operações russas na Ucrânia — ganhou um primeiro processo judicial para anular as sanções que lhe foram impostas pela União Europeia em fevereiro do ano passado.

O Tribunal Geral da UE decretou que a relação familiar de Violetta Prigozhina com o filho não é motivo suficiente para ser adicionada à lista de sanções europeias. A deliberação pode ter impacto noutros casos.

Mãe de fundador do grupo Wagner vence processo em tribunal contra sanções da União Europeia

Uma representante da Organização das Nações Unidas (ONU) vai reunir-se com responsáveis russos na próxima semana para negociar o prolongamento do acordo de exportação de cereais do Mar Negro, noticiou a Sky News.

O porta-voz da ONU Farhan Haq revelou que Rebeca Grynspan se vai reunir com um oficial do Kremlin na próxima semana, em Genebra.

Esta quarta-feira o secretário-geral da ONU visitou a capital ucraniana para discutir o prolongamento da iniciativa, mediada pelo organismo juntamente com a Turquia. Em Kiev, António Guterres disse ser “crítico” que o acordo, que termina a 18 de março, seja renovado.

É “importante” e “necessário”. Foi com estas palavras que o Presidente polaco, Andrzej Duda, defendeu que os militares ucranianos devem receber treino no uso dos caças F-16. Em declarações à CNN, o governante disse acreditar que as Forças Armadas da Ucrânia vão querer estar “à altura dos padrões” da NATO.

A Ucrânia quer reforçar a sua defesa aérea, tendo apelado várias vezes aos aos países aliados para que forneçam aviões de combate. Até agora os parceiros resistiram, lembrando que o treino destes equipamentos pode prolongar-se durante alguns anos.

Mostrando alguma abertura à formação, os Estados Unidos já começaram a trabalhar com os pilotos ucranianos para determinar quanto tempo seria necessário treinar nestes tipo de equipamentos.

Os Estados Unidos não esperam que a Rússia consiga obter ganhos territoriais significativos este ano, numa altura marcada por intensos combates na cidade de Bakhmut.

“Não prevemos que os militares russos sejam capazes de recuperar o suficiente para conseguir grandes ganhos territoriais”, afirmou Avril Haines, a diretor dos serviços secretos dos EUA, durante uma audição no senado.

A responsável norte-americana disse ainda que o Presidente russo, Vladimir Putin, acredita que prolongar a guerra poderá ser a melhor forma de assegurar os seus interesses estratégicas na Ucrânia, mesmo que “demore anos” a atingi-los. “Pensa, provavelmente, que o tempo está a seu favor”, acrescentou, citada pelo The Guardian.

A ministra da Defesa anunciou um acordo político entre os Estados-membros para a aquisição de munições de grande calibre para a Ucrânia, mas dentro do montante do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz.

No final de uma reunião informal dos ministros da Defesa da União Europeia (UE), em Estocolmo, na Suécia, Helena Carreiras anunciou que “houve um acordo geral sobre o plano” apresentado pelo alto-representante da UE para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell.

O acordo é apenas político, uma vez que a sua aprovação definitiva está dependente da reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da União, em 20 de março, e da ratificação no Conselho Europeu de 25 e 26 de março.

No Dia Internacional da Mulher multiplicam-se pela Ucrânia tributos às combatentes que se juntaram às Forças Armadas na defesa contra a invasão russa.

“Celebramos as mulheres corajosas e fortes do setor de segurança e defesa da Ucrânia. A nossa luta contra a tirania é uma luta pela liberdade. A nossa luta pela liberdade também significa lutar pelos direitos das mulheres”, pode ler-se numa publicação do Ministério da Defesa ucraniano.

On #InternationalWomensDay we celebrate the strong and brave women of the defense and security sector of Ukraine.
Our fight against tyranny is a fight for freedom.
Our fight for freedom also means fighting for #womensrights.
We will win!
✊✊✊

???? @palchyk_online pic.twitter.com/80W2MStmZq

— Defense of Ukraine (@DefenceU) March 8, 2023

On the International Women's Day, I want to underline the bravery and courage of #Ukrainian women.
They are made of steel and empower our society for further achievements.
Every day ????????women bring our victory closer, showing new gold standarts of professionalism and dedication. pic.twitter.com/Ni1ZPkXnuG

— Emine Dzheppar (@EmineDzheppar) March 8, 2023

A procuradoria alemã confirmou que os investigadores conduziram buscas a uma embarcação que poderá ter sido usada no ataque aos gasodutos russos Nord Stream 1 e 2, em setembro do ano passado.

As autoridades revelaram esta quarta-feira que a embarcação foi revistada entre os dias 18 e 20 de janeiro, com base em “suspeitas de que poderia ter sido usado para transportar dispositivos explosivos que foram detonados no dia 26 de setembro de 2022”, noticiou o The Guardian.

Na terça-feira o jornal Die Zeit, em parceria com as televisões alemãs ARD e SWR, revelou que a embarcação usada no ataque terá sido alugada a uma empresa ligada a dois ucranianos. No entanto a procuradoria alemã deixou claro que os investigadores ainda estão a tentar determinar a identidade dos sabotadores e os seus motivos, sublinhando que para já não há conclusões definitivas.

Esta quarta-feira também o ministro da Defesa alertou que não se deve tirar conclusões precipitadas sobre o caso. “Temos de fazer uma distinção clara se foi um grupo pró-ucraniano a operar sob ordens ucranianas ou se foi um grupo pró-ucraniano a atuar sem o conhecimento do governo”, apontou.

O governante não excluiu a hipótese de se tratar de uma operação de falsa bandeira, isto é, que tenham sido deixadas de forma deliberada pistas que apontem a Ucrânia como a culpada.

“Há receio de que se deixe levar pela propaganda da vitória heroica em Bakmut”. Para o historiador Bruno Cardoso Reis trata-se de “chantagem psicológica” mas as ameaças “têm de ser levadas a sério.”

Ouça aqui o novo episódio do “Gabinete de Guerra” da Rádio Observador.

“Ucrânia não pode entrar na narrativa da vitória”

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse esta quarta-feira que a Rússia enfrenta ameaças diretas à sua segurança e soberania, destacando os valores da população ao lutar pela verdade e proteger o futuro do país.

As declarações foram feitas durante uma cerimónia no Kremlin no Dia Internacional da Mulher, durante a qual o chefe de Estado russo condecorou várias mulheres.

Putin gave state awards to “exceptional women” in the Kremlin today, including several working with Russian authorities in occupied Ukraine pic.twitter.com/ArZr0lB4pR

— max seddon (@maxseddon) March 8, 2023

“Agora, quando a Rússia enfrenta novamente ameaças diretas à sua segurança e soberania, vemos exemplos de valor e determinação, coragem e prontidão para defender a verdade, proteger as pessoas e o futuro do nosso estado”, afirmou o líder russo, segundo a Reuters.

O alto-representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros alertou que não se deve tirar conclusões precipitadas sobre os novos relatos difundidos nos média sobre a sabotagem aos gasodutos Nord Stream 1 e 2.

“Não tenho medo da verdade. Mas estamos a falar sobre especulações”, disse Josep Borrell aos jornalistas após uma reunião dos ministros da Defesa em Estocolomo.

O diplomata lembrou que as investigações da Suécia, Dinamarca e da Alemanha ainda estão a decorrer e que até lá não se pode tirar conclusões definitivas.

Ataque ao Nord Stream. O que se sabe sobre as novas investigações que apontam na direção da Ucrânia?

Na terça-feira um artigo do New York Times, com base no relato de oficiais norte-americanos, apontou que um grupo pró-ucraniano pode estar por trás do ataque aos gasodutos. Uma outra publicação do jornal Die Zeit, em parceria com as televisões alemãs ARD e SWR, revelou que a embarcação usada no ataque terá sido alugada a uma empresa ligada a dois ucranianos.

Um total de 11.000 militares das Forças Armadas da Ucrânia conclui o treino no âmbito da Missão de Apoio Militar da União Europeia (UE) até ao final do mês de março, anunciou hoje a ministra da Defesa Nacional.

No final de uma reunião informal dos ministros da Defesa da União Europeia (UE), organizada pela presidência sueca do Conselho da UE, Helena Carreiras anunciou que até ao final de março um total de 11.000 militares ucranianos terá concluído o treino nos quartéis-generais na Polónia e na Alemanha.

Até ao final do ano, acrescentou a ministra, um total de 30.000 militares das Forças Armadas da Ucrânia terá concluído a formação ao abrigo desta missão.