O Governo timorense aprovou hoje a criação de centros de controlo em três entradas terrestres, uma marítima e uma aérea no município de Díli, sob cerca sanitária, para garantir movimentos essenciais, incluindo alimentos.

Em comunicado, o executivo explica que quem esteja autorizado a “entrar ou sair do município de Díli” é obrigado “a transitar através dos centros de controlo integrado, situados nas entradas terrestres leste, centro e oeste, e nos postos fronteiriços marítimo e aéreo”.

Com a cerca sanitária em Díli continuam encerradas as entradas e é proibida a circulação de pessoas entre este município e as demais circunscrições administrativas, “salvo em casos devidamente fundamentados”.

Apesar de vários países europeus terem suspendido a administração da vacina da AstraZeneca — a Irlanda foi o último a fazê-lo — a Direção-Geral de Saúde e o Infarmed garantem que não há evidência suficiente em território nacional que levem as autoridades a determinar tal suspensão.

“A DGS e o Infarmed informam que, com base nos dados atualmente disponíveis e enquanto decorre a investigação, se mantém válida a informação emitida, podendo a vacina continuar a ser administrada”, lê-se no comunicado emitido ao início da noite deste domingo.

As autoridades de saúde asseguram que até ao momento, “o Sistema de Farmacovigilância recebeu a notificação de dois casos, sendo que não apresentam o mesmo padrão clínico dos que se encontram em avaliação”.

A investigação em causa diz respeito aos casos de eventos tromboembólicos detetados na Noruega e que estão a ser avaliados pelo Comité de Segurança da Agência Europeia de Medicamentos — a autoridade europeia que aprova a comercialização das vacinas no espaço da União Europeia.

O primeiro-ministro agradeceu hoje o trabalho de uma equipa de saúde de França no combate à covid-19 no Hospital Garcia de Orta, em Almada, destacando a solidariedade francesa num momento difícil da pandemia em Portugal.

O meu agradecimento à equipa de profissionais de saúde de #França que no último mês deu expressão concreta à fraternidade e à solidariedade europeia no Hospital Garcia de Orta, em #Almada, num dos momentos mais difíceis do combate à pandemia.#COVID19

— António Costa (@antoniocostapm) March 14, 2021

“O meu agradecimento à equipa de profissionais de saúde de França que no último mês deu expressão concreta à fraternidade e à solidariedade europeia no Hospital Garcia de Orta, em Almada, num dos momentos mais difíceis do combate à pandemia”, escreveu António Costa na sua conta pessoal na rede social Twitter.

Em 15 de fevereiro, para ajudar o país numa fase de acentuado aumento do número de internamentos, chegou à unidade de cuidados intensivos do Hospital Garcia da Orta uma equipa francesa composta por uma médica especializada, duas enfermeiras anestesistas e uma enfermeira lusófona.

França anunciou hoje um agravamento da sua taxa de incidência de Covid-19 (238 casos por cada 100 mil habitantes) e um aumento da ocupação nos cuidados intensivos, de 81,6%, acima das 4 mil camas.

De acordo com os dados divulgados pelo Governo francês, o número de novos infetados caiu ligeiramente face a sábado, para 26.343, atingindo um total de 4,07 milhões de contagiados desde o início da pandemia.

O número de mortos aumentou em 140, totalizando 90.429.

Em toda a França, a taxa de ocupação dos cuidados intensivos piorou cerca de um ponto, para 81,6%, e o total de camas ocupadas situa-se em 4.127, a níveis de novembro último.

A taxa de ocupação é especialmente alta nas regiões de Altos de França (115,3%), de Provença-Alpes-Costa Azul (107,4%) e em Ile de France (98,9%).

A um dia do início da abertura de portas em Portugal, o matemático Óscar Felgueiras, um dos especialistas convidados pelo Governo para aconselhar sobre o plano de desconfinamento no âmbito da pandemia de Covid-19, considerou impossível manter o índice de transmissibilidade (Rt) do vírus SARS-CoV-2 sempre abaixo de 1.

Óscar Felgueiras frisou, este domingo, durante uma conferência promovida pela Sociedade Portuguesa de Matemática, realizada por videochamada, a importância de manter a baixa incidência do novo coronavírus.

“Não devemos ter o Rt acima de 1. É óbvio que isso é impossível ser atingido de forma permanente. A certa altura vamos ter poucos casos e basta uma pequena variação para termos necessariamente o Rt acima de 1, mas o objetivo é claro: queremos uma incidência baixa”, acentuou o especialista em epidemiologia, durante a iniciativa integrada nas comemorações do Dia Internacional da Matemática.

Um dia antes da entrada em vigor do novo confinamento em Itália, os números baixam mas mantém-se em níveis considerados preocupantes: nas últimas 24 horas registaram-se 1.315 novos casos de infeção pelo SARS-CoV-2 e 246 mortes.

Este sábado tinham sido 26.062 os novos casos e 317 os óbitos a juntar à conta total da pandemia no país, que já vai em 102.145. 2.589.731 pessoas já foram infetadas.

Continuam a baixar os números da pandemia no Reino Unido, onde foram hoje registados mais 4.618 novos casos de infeção e 52 mortes.

Na comparação com a média da semana anterior, os casos caíram 4.9%, sendo que o decréscimo nos óbitos foi ainda mais expressivo: menos 31,4%.

Desde o início da pandemia, já foram confirmados 4.258.438 casos de infeção pelo SARS-CoV-2 no Reino Unido. 143.259 pessoas morreram por complicações associadas à Covid-19.

O primeiro-ministro, António Costa, agradeceu hoje às equipas clínicas luxemburgueses que trabalharam no combate à Covid-19 no Hospital Espírito Santo, em Évora, considerando que essa ajuda sublinha a fraternidade entre Portugal e Luxemburgo.

Obrigado às equipas médicas luxemburguesas que trabalharam no Hospital de #Évora durante a terceira vaga da pandemia. Esta ajuda foi importante e sublinha a fraternidade entre o #Luxemburgo e #Portugal, num gesto de solidariedade europeia que não esqueceremos.#COVID19

— António Costa (@antoniocostapm) March 14, 2021

“Obrigado às equipas médicas luxemburguesas que trabalharam no Hospital de Évora durante a terceira vaga da pandemia” em Portugal, escreveu António Costa na sua conta pessoal na rede social Twitter.

Na mesma mensagem, o primeiro-ministro salientou que essa “ajuda foi importante e sublinha a fraternidade entre o Luxemburgo e Portugal”.

“Um gesto de solidariedade europeia que não esqueceremos”, acrescentou.

Cabo Verde recebeu hoje 5.850 doses da vacina da Pfizer contra a Covid-19, que se juntam às 24 mil da AstraZeneca, para iniciar a vacinação em 19 de março, esperando cobrir 70% da população este ano.

“Recebemos 5.850 doses da vacina, num investimento de cerca de 40 mil dólares. Reafirmo a nossa meta em vacinar em 2021 mais de 70% da população e garantir a imunidade de grupo”, disse o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, depois de este segundo lote ter chegado à Praia durante a madrugada de hoje.

Na mensagem, o governante assegurou que “as perspetivas são animadoras” e que o “engajamento” das autoridades cabo-verdianas neste processo “é total”.

“Vamos juntos vencer a pandemia, renovar as esperanças e retomar o crescimento. A vacina é apenas mais uma componente deste combate, por isso, vamos continuar a cumprir as medidas de proteção quanto ao uso de máscaras, higienização e seguirmos no bom combate contra a Covid-19”, afirmou o primeiro-ministro.

As autoridades norte-americanas ponderam reduzir de dois para um metro a distância social recomendada para limitar a propagação de Covid-19, o que tornaria mais fácil reabrir escolas, disse hoje o imunologista Anthony Fauci.

Segundo adianta a agência noticiosa AFP, o assessor da Casa Branca para a pandemia indicou que as autoridades sanitárias norte-americanas “têm tomado conhecimento dos dados recolhidos, que parecem cada vez mais indicar que tal distância é suficiente em certas condições”.

“As autoridades sanitárias estão a analisar a questão e posso garantir que, dentro de um prazo razoável, serão feitas recomendações de acordo com os dados de que dispõem”, disse Fauci à cadeia de televisão CNN.

Autoridades dos EUA admitem reduzir distância sanitária nas escolas de 2 para 1 metro

Questionado sobre os resultados de uma sondagem feita na semana passada nos Estados Unidos, em que metade dos homens republicanos garantiu não fazer qualquer tenção de tomar a vacina contra a Covid-19, o principal epidemiologista do país reconheceu que, perante os factos, se impõe a intervenção de Donald Trump.

“Espero que ele o faça porque os números são perturbadores”, disse Anthony Fauci na NBC. “Como é que uma proporção tão grande de determinado grupo de pessoas não quer ser vacinado apenas por motivos políticos… Não faz sentido absolutamente nenhum.”

Várias pessoas foram detidas em Haia na sequência de um protesto anti-confinamento, realizada um dia antes das eleições legislativas nos Países Baixos.

A polícia começou por avisar os manifestantes de que tinham de abandonar o local e ir para casa, mas estes insistiram em ficar, o que levou as forças policiais a usar a força.

De acordo com o The Guardian, os polícias usaram canhões de água e bastões para afastar os manifestantes.

Os Países Baixos estão em confinamento desde janeiro.

(JOHN THYS/AFP via Getty Images)

(JOHN THYS/AFP via Getty Images)

A Associação Nacional de Gerontologia Social está satisfeita com a reabertura dos centros de dia a partir de 5 de abril, mas avisa que é preciso acelerar a vacinação de utentes e funcionários.

O regresso dos centros de dia a seguir à Páscoa está previsto no decreto ontem publicado em Diário da República.

Ao Observador, o presidente da Associação Nacional de Gerontologia saúda esta decisão do Governo. Ainda assim, Ricardo Pocinho pede agora que os utentes destes espaços sejam incluídos no plano de vacinação: “A medida já devia estar acautelada”, defende.

Ricardo Pocinho acrescenta que também os funcionários dos centros de dia precisam de ser vacinados o quanto antes, para garantir a segurança nestes equipamentos.

O presidente da Associação Nacional de Gerontologia Social lembra que o fecho destes espaços, em março do ano passado, teve impacto na saúde mental dos idosos e destaca que estes utentes vão agora poder recuperar alguma autonomia.

Pode ouvir aqui a entrevista na íntegra:

Centros de dia “estão preparados” para a reabertura, mas pedem aceleração da vacinação de funcionários e utentes

O plano de desconfinamento foi anunciado na quinta-feira e alguns setores ficaram com dúvidas sobre a data exata em que poderiam reabrir. Um deles foi o das tatuagens e bodypiercing. O decreto ontem publicado pelo Governo esclareceu entretanto que estes negócios podem reabrir já esta segunda-feira.

Ao Observador, Theo Pedrada, membro da Associação Portuguesa de Profissionais de Tattoo e Bodypiercing, descreve o momento em que recebeu a notícia: “Foi uma grande alegria. Já estamos fechados há 60 dias”.

Theo Pedrada, tatuador e dono de um estúdio de tatuagens e piercings na zona da Grande Lisboa, afirma que o setor está preparado para a reabertura e prevê muito trabalho para os próximos tempos.

O responsável explica que os profissionais do setor receberam apoio do Governo enquanto não puderam trabalhar, mas destaca que houve negócios que não resistiram às dificuldades: “Sei de muitos colegas que fecharam os estúdios”, descreve ao Observador.

Ouça aqui na íntegra a entrevista:

Tatuadores: “Recebemos a notícia de que podemos reabrir com grande alegria. Esperamos grande afluência de clientes”

As autoridades europeias apresentam na quarta-feira o “passaporte verde”, um certificado de saúde que visa facilitar as viagens dentro da União Europeia (UE) antes das férias de verão, anunciou este domingo o comissário europeu para o Mercado Interno, Thierry Breton.

“Estamos a trabalhar para que isto seja feito antes de junho”, disse Thierry Breton no “Grand Rendez-vous”, um programa da rádio Europa 1, acrescentando ser essencial fazer tudo o que for possível para “preservar a temporada turística”.

Segundo o comissário europeu, “o passaporte verde” será “em formato eletrónico ou em papel”, para respeitar as pessoas que “não querem” colocar essas informações no seu smartphone, defendendo que “é um direito delas”.

O projeto de certificado, que será apresentado na quarta-feira, irá conter informação “que indicará se uma pessoa foi vacinada contra a Covid-19, se já recuperou [da doença], ou se teve resultado negativo no teste”, adiantou Thierry Breton, citado pela agência France Press.

A região de Piedmont, no norte de Itália, anunciou a suspensão temporária da administração da vacina da AstraZeneca depois de uma professora ter morrido após ter sido imunizada.

A decisão, anunciada este domingo em comunicado, foi tomada como precaução e vai de encontro às medidas tomadas por vários países europeus por suspeita de a administração do tratamento estar relacionado com eventos tromboembólicos.

O governo regional não explicou as razões da morte da professora, originária da cidade de Biella, adiantando apenas que a mulher foi vacinada no sábado.

“É um ato de prudência extrema, enquanto verificamos se há uma ligação. Até agora não tem havido problemas graves relacionados com a administração das vacinas”, afirmou no comunicado o responsável pelos serviços de saúde regionais, Luigi Genesio Icardi.