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Comandante dos EUA “não tem conhecimento” dos planos de Israel sobre Rafah

Num comunicado onde lembra que há 99 futebolistas entre os vários mortos e que “todas as infraestruturas de futebol em Gaza foram destruídas ou seriamente danificadas”, a Associação de Futebol palestiniana desafia a FIFA a impôr sanções a Israel. A organização desportiva argumenta que há “claras violações das leis internacionais”, segundo dá conta a Aljazeera.

A associação palestiniana garante que este pedido vai estar na agenda num congresso da FIFA que vai acontecer em maio e que tem o apoio de outras seis nações. Já a associação de futebol israelita responde que “sempre seguiu e vai seguir os regulamentos da FIFA”.

A notícia da Aljazeera lembra que, na sequência na invasão da Ucrtânia em 2022, a FIFA baniu as equipas russas das competições internacionais.

As Forças de Defesa israelitas (IDF na sigla em inglês) lançaram uma operação de contraterrorismo no campo refugiados Nur Shams na Cisjordânia fazendo dois mortos.

Segundo o jornal Haaretz, tratava-se de dois homens armados que representariam uma ameaça às forças de Israel e morreram com um ataque de drone, enquanto oficiais à paisana entravam no campo. O Times of Israel dá também conta de um raide que se esperava durar várias horas.

“Está a aproximar-se. Eu acho que as diferenças estão a diminuir e acho que um acordo é muito possível”, disse o secretário de Estado norte-americano em entrevista à estação de televisão saudita Al Hadath esta quarta-feira.

Antony Blinken Está na sua sexta visita à região desde que a guerra começou para ajudar a encontrar uma solução para a guerra entre Israel e Hamas. o diplomata garantiu que está a ser feita pressão para um cessar-fogo imediato, bem como libertação de reféns.

“O que é muito importante é fazer chegar tanta assistência a Gaza quanto possível por tantos meios quantos possíveis”, disse Blinken confirmando que há um corredor marítimo e embarcações que levam ajuda por mar. Mas que é necessário “um cais, um porto que possa acomodar o máximo de ajuda possível e estamos no processo de construir um”. Acrescenta que deverá estar pronto “dentro de semanas”, mas não substitui a chegada de assistência por terra. Diz que a ajuda que está a chegar não é suficiente “e é imperativo que Israel faça disso uma prioridade”.

Blinken destaca ainda o papel do Qatar e do Egito nas negociações. A entrevista pode ser lida no site do departamento de Estado norte-americano.

O grupo do Líbano disse esta quarta-feira que atacou militares de Israel na zona de Metula, junto à fronteira entre Israel e o Líbano. Segundo o grupo, citado pela Al Jazeera, a ofensiva atingiu o exército no assentamento de Avivim.

Philippe Lazzarini, que chefia a UNRWA, partilhou na rede social X, antigo Twitter, que “o cerco, a fome e as doenças vão em breve tornar-se na principal causa de morte em Gaza”.

Lazzarini fala numa situação “catastrófica” de fome em Gaza, mas num “nível que ainda pode ser revertido se se inundar Gaza com alimentos e assistência para salvar vidas”.

“Mais do que nunca a Humanidade requer vontade política”, escreveu na rede social.

Siege, hunger & diseases will soon become the main killer in #Gaza. This fabricated + catastrophic level of hunger can still be reversed by flooding Gaza with food & life saving assistance. More than ever Humanity requires political will. https://t.co/eoWJAYOeSp

— Philippe Lazzarini (@UNLazzarini) March 20, 2024

As Forças de Defesa de Israel (IDF) dizem que fizeram cerca de 300 detenções no hospital Shifa, na Faixa de Gaza. De acordo com o Times of Israel, foram ainda apreendidos mais de 3 milhões de dólares em dinheiro, em dólares e em dinares, a moeda da Jordânia.

As IDF alegam que o dinheiro apreendido deveria ser “usado pelo Hamas e por outros grupos terroristas”.

Durante a operação no hospital, foram retirados cerca de 3.700 civis do local, que terão sido encaminhados para o sul de Gaza.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Jordânia, Ayman Safadi, disse esta quarta-feira na rede social X (antigo Twitter) que precisam de ser criadas passagens terrestres para Gaza, que permitam entregar ajuda.

“Não há alternativa senão abrir todas as rotas terrestres para começar a enfrentar a catástrofe humanitária que Israel criou em Gaza. E os suprimentos não podem ser distribuídos a menos que a agressão termine. Israel está a transformar a fome numa arma. Este é outro crime de guerra horrível”, escreveu.

There is no alternative to opening all land routes to even begin to address the humanitarian catastrophe Israel has created in Gaza. And supplies cannot be distributed unless aggression ends. Israel is weaponizing starvation. This is another horrific war crime.

— Ayman Safadi (@AymanHsafadi) March 20, 2024

O exército israelita anunciou a detenção de um importante líder do Hamas que garante ter estado envolvido no rapto e assassinato de três jovens israelitas em 2014: Mahmoud Qawasmeh.

Segundo o New York Times, as Forças de Defesa de Israel (IDF) dizem ter detido Qawasmeh durante a operação realizada no hospital Al-Shifa, na cidade de Gaza, e avançaram ainda ter transferido o líder do Hamas para Israel para o interrogar.

A informação avançada por Telavive ainda não foi confirmada por fontes independentes e também ainda não foi comentada pelo grupo palestiniano islâmico.

Ayman Safadi, ministro dos Negócios Estrangeiros da Jordânia, diz que “o relatório IPC [Iniciativa Integrada de Classificação da Fase de Segurança Alimentar] sobre aviso de fome iminente em Gaza envergonha o mundo”.

Metade dos habitantes da Faixa de Gaza está em situação de fome catastrófica

“Deveria iniciar uma ação imediata para forçar Israel a pôr fim à agressão [a Gaza] e a levantar todas as restrições à entrega e distribuição de bens humanitários”, cita o jornal israelita Haaretz.

“Israel foi longe demais. O mundo está a fazer muito pouco para parar isto”, acrescentou Safadi.

A Aljazeera avança que Israel estará a atacar o campo de refugiados de Jenin, na Cisjordânia. Citando informações do Crescente Vermelho e jornalistas no local, há indicação de que pelo menos três pessoas já morreram.

O exército israelita tem já fez um ataque naquela zona esta quarta-feira, em que terão morrido três pessoas.

Anthony Blinken viaja mais uma vez até ao Médio Oriente e faz um desvio por Israel. Para o Major-General Isidro Morais Pereira, não será para criticar Netanyahu.

Ouça aqui a análise do Major-General Isidro Morais Pereira no Guerra na Terra Santa.

“Blinken não vai puxar as orelhas a Israel”

A Autoridade Palestiniana diz que morreram três pessoas num ataque israelita em Jenin, na Cisjordânia. De acordo com a imprensa, Israel atingiu um automóvel em Jenin.

Entretanto, as Forças de Defesa de Israel confirmaram o ataque, indicando que se tratavam de “operacionais terroristas”, cita a Aljazeera.

Nas redes sociais, as três pessoas foram identificadas como Ahmed Barakat, Muhammad Fayed e Mahmoud Rahhal, de acordo com o Times of Israel.

A Arábia Saudita anunciou durante a visita do norte-americano Antony Blinken que vai doar 40 milhões de dólares, quase 37 milhões de euros, à agência das Nações Unidas de apoio aos palestinianos, a UNRWA.

Foi dito que os fundos vão ser usados para apoiar a UNRWA “nos esforços humanitários na Faixa de Gaza”, como a disponibilização de “alimentos a mais de 250 mil pessoas e tendas para 20 mil famílias”.

Antony Blinken, o Secretário de Estado norte-americano, deverá discutir com o governo israelita o acordo sobre a libertação de reféns e a operação em Rafah durante a visita de sexta-feira.

Matthew Miller, o porta-voz do Departamento de Estado, partilhou mais algumas informações sobre a visita de sexta-feira. Blinken deverá “discutir a necessidade de garantir a derrota do Hamas, incluindo em Rafah, de uma forma que proteja a população civil, não limita a prestação de assistência humanitária e avança a segurança geral de Israel”, cita o Haaretz.

Blinken também deverá “discutir os esforços dos EUA e esforços internacionais para aumentar dramaticamente e apoiar a prestação de assistência humanitária aos civis (…)”.

Robert F. Kennedy Jr., candidato independente às presidenciais dos Estados Unidos, disse hoje que não apoia um cessar-fogo temporário em Gaza.

Numa entrevista à Reuters, o neto de John F. Kennedy foi questionado sobre se apoiava uma solução de pausa de tréguas, tendo respondido: “Nem sei o que isso significa neste momento”.

O candidato a presidente disse que as pausas anteriores “serviram para o Hamas reforçar o armamento, para reconstruir e para lançar um novo ataque surpresa”. “Por isso, o que faria de diferente desta vez?”, questionou.

Robert F. Kennedy Jr. disse ainda que Israel era uma “nação moral” e que estava apenas a defender-se das provocações do Hamas.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, divulgou um vídeo em que avisou que vai “em breve aprovar o plano para retirar a população civil da zona de guerra”, cita o Times of Israel.

O vídeo surge dois dias após Netanyahu ter conversado com Biden ao telefone, tendo ainda dito que apreciava o seu apoio e que o tinha questionado sobre as propostas dos Estados Unidos de assistência humanitária.

“Enquanto nos preparamos para entrar em Rafah, o que levará algum tempo, continuamos a operar com toda a nossa força”, disse Netanyahu.

“Continuamos a operar em Khan Younis, nos campos centrais, para a eliminação e captura de altos funcionários do Hamas, como acabámos de fazer no Hospital al-Shifa, enquanto eliminamos centenas de terroristas”, acrescentou.

“Como vos prometi vezes sem conta, estamos determinados a alcançar a vitória absoluta e vamos alcançá-la”, rematou.