Momentos-chave
- Ponto de situação. O que se passou nas últimas horas?
- "É provável que o alvo do ataque fosse a central nuclear de Khmelnytskyi", diz Zelensky
- Hungria mantém posição relativa à adesão da Suécia à NATO, mesmo com ratificação da Turquia
- Rússia alega ter recebido propostas de Washington para retomar diálogo de controlo de armas
- Polícia finlandesa identifica âncora de navio chinês como possível causa para danos no gasoduto do Mar Báltico
- Parlamento russo aprova revogar a ratificação do tratado global de proibição de testes nucleares. Agora, só falta Putin assinar
- Rússia começa a usar novo drone, mais difícil de detetar e de abater
- Presidente do Parlamento Europeu sugere que Ucrânia e Moldávia se juntem à UE como "observadores", enquanto aguardam decisão da adesão
- Várias regiões ucranianas estiveram sob ataque aéreo russo durante a noite
Histórico de atualizações
-
Bom dia, obrigada por nos ter acompanhado até aqui. Vamos continuar a seguir a guerra na Ucrânia ao minuto neste outro liveblog.
Líder liberal russo pede a Putin que aceite acordo de cessar-fogo na Ucrânia
Fique connosco.
Até já.
-
Ponto de situação. O que se passou nas últimas horas?
- O antigo Presidente russo Dmitri Medvedev avançou que cerca de 385 mil pessoas alistaram-se no Exército em 2023, em pleno conflito na Ucrânia, assegurando ainda que a Rússia pretende continuar a recrutar em 2024.
- O Presidente russo, Vladimir Putin, dirigiu manobras terrestres, marítimas e aéreas das forças nucleares russas a partir de Moscovo, num exercício de resposta a um cenário de ataque inimigo, segundo o Kremlin.
- O Presidente ucraniano afirmou que o ataque russo da noite de terça-feira tinha provavelmente como alvo a central nuclear da região de Khmelnytskyi.
- Os pilotos ucranianos começaram no início da semana os treinos para voar nos caças F-16 numa base aérea no Arizona, nos Estados Unidos.
-
Pilotos ucranianos começaram treinos de F-16 nos EUA
Os pilotos ucranianos começaram no início da semana os treinos para voar nos caças F-16 numa base aérea no Arizona, nos Estados Unidos, avançou a Força Aérea da Ucrânia, citada no Kyiv Independent.
-
"É provável que o alvo do ataque fosse a central nuclear de Khmelnytskyi", diz Zelensky
Depois de ter estado debaixo de ataque russo aéreo durante a noite, a região de Khmelnytskyi foi tema do discurso diário de Zelensky. O Presidente ucraniano afirmou que o ataque russo tinha provavelmente como alvo a central nuclear daquela região. “A onda de choque da explosão partiu janelas, inclusive nas instalações da central nuclear”, afirmou.
“Cada ataque russo, especialmente os mais audaciosos, como os que visam centrais nucleares e outras instalações críticas, é um argumento de que a pressão sobre o Estado terrorista é insuficiente”, afirmou Zelensky, chamando a atenção para a importância de reforçar a defesa aérea da Ucrânia.
O ataque russo provocou pelo menos 20 feridos e levou a um corte temporário de energia em algumas estações externas de monitorização de radiação.
O Presidente ucraniano avançou ainda que as forças russas estão a transferir a sua aviação, o que considera ser um bom sinal.
“Mais concretamente, estão a tentar reposicioná-la a partir do território da nossa Crimeia. Isto é um bom sinal. Primeiro, a frota russa foge, e agora a aviação russa está a fugir. O hábito de fugir será muito útil para a Rússia. Porque vão ter de fugir de todo o nosso território. Sem exceções”, disse.
-
Putin dirige a partir do Kremlin manobras das forças nucleares russas por terra, mar e ar
O Presidente russo, Vladimir Putin, dirigiu hoje manobras terrestres, marítimas e aéreas das forças nucleares russas a partir de Moscovo, num exercício de resposta a um cenário de ataque inimigo, segundo o Kremlin.
Sob a liderança do comandante supremo das Forças Armadas Russas, Vladimir Putin, foi realizado um exercício de treino (…). Ocorreram disparos de treino de mísseis balísticos e de cruzeiro”, afirmou o Kremlin em comunicado.
O ministro da Defesa, Sergei Shoigu, disse que estas manobras visam simular “o lançamento de um ataque nuclear maciço por forças ofensivas estratégicas em resposta a um ataque nuclear inimigo”.
-
Rússia recrutou 385.000 soldados este ano e continuará a fazê-lo em 2024
O antigo Presidente russo Dmitri Medvedev avançou hoje que cerca de 385 mil pessoas alistaram-se no Exército em 2023, em pleno conflito na Ucrânia, assegurando ainda que a Rússia pretende continuar a recrutar em 2024.
De acordo com o Ministério da Defesa, de 1 de janeiro a 25 de outubro deste ano (…) quase 385 mil pessoas alistaram-se”, disse Medvedev numa intervenção durante uma reunião, na qual se apresentou como responsável pelo processo e cujos trechos divulgou na rede social Telegram.
Este número inclui 305 mil pessoas que assinaram um contrato diretamente com o Ministério da Defesa russo e 80 mil “voluntários”, um termo geralmente usado para designar pessoas que lutam nas fileiras de grupos paramilitares como o Grupo Wagner, segundo acrescentou o responsável.
O forte espírito patriótico e o desejo dos cidadãos do país de defenderem a sua pátria permitem-nos continuar a recrutar”, assegurou Medvedev.
-
Zelensky: "Vamos defender-nos e responder"
O presidente da Ucrânia afirma que está pronto para os ataques da Rússia a infraestruturas de energia. Ainda o inquérito sobre corrupção e Israel: estará a “distrair” o Ocidente da guerra na Ucrânia?
Ouça aqui este episódio de Guerra Traduzida:
-
Andrei perdeu a perna, mas não deixou o exército
Uma explosão fez Andrei perder a perna. Agora, com uma prótese, limpa campos de minas. É uma reportagem da imprensa livre da Rússia. Os jornais estatais destacam o ministro da Defesa.
Ouça aqui este episódio de Guerra Traduzida:
-
Hungria mantém posição relativa à adesão da Suécia à NATO, mesmo com ratificação da Turquia
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Hungria, Peter Szijjarto, disse que a decisão do Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, de apresentar ao parlamento um protocolo para a adesão da Suécia à NATO para ratificação, não muda nada na posição do país.
Erdogan submete ao parlamento turco protocolo de adesão da Suécia à NATO para ratificação
“Isto não altera nada do nosso lado”, disse, citado pelo Kyiv Independent. “O parlamento húngaro é um parlamento de um país soberano, pelo que tomará uma decisão soberana sobre esta questão”, rematou.
Neste momento, faltam apenas as ratificações da Turquia e da Hungria para os 31 Estados-membros da NATO apoiarem por unanimidade a adesão da Suécia.
O Governo da Hungria admitiu que está a atrasar a ratificação da adesão da Suécia à NATO em retaliação a declarações políticas feitas no passado por membros do atual executivo sueco.
NATO. Hungria atrasa ratificação da adesão sueca por questões do passado
O principal conselheiro político do chefe do Governo húngaro, Viktor Orbán, disse que o próprio primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, defendeu em 2021 a suspensão dos fundos europeus à Hungria ao abrigo do mecanismo de condicionalidade.
Já a Turquia, exigiu que a Suécia deixasse de apoiar grupos cursos considerados terroristas por Ancara.
-
Letónia vai comprar sistema de lançamento de mísseis norte-americano HIMARS
A Letónia vai comprar seis sistemas de mísseis norte-americanos HIMARS com munições, incluindo os mísseis táticos do exército (ATACMS), que podem atingir alvos até 300 quilómetros de distância, anunciou o Governo.
O ministro da Defesa da Letónia, Andris Spruds, revelou a decisão na rede social X (antigo Twitter).
ASV Valsts departaments atbalsta sešu HIMARS raķešu artilērijas sistēmu pārdošanu Latvijai. Iegādāsimies arī augstas precizitātes un tālas darbības ATACMS raķetes. Kopējā sistēmu iegādes summa aptuveni 220 miljoni ASV dolāru. Līgums par iegādi tiks parakstīts tuvāko mēnešu laikā.… pic.twitter.com/VVcSbbRnYM
— Andris Spruds (@AndrisSpruds) October 24, 2023
Spruds declarou que o Departamento de Estado norte-americano aprovou a venda do HIMARS à Letónia, num negócio avaliado em cerca de 220 milhões de dólares [cerca de 208 milhões de euros], e que o acordo de compra será finalizado “nos próximos meses”.
-
Ucrânia promete retaliar caso Rússia ataque infraestruturas energéticos no inverno
“Este ano, não só nos vamos defender, como também vamos ripostar”, anunciou Volodymyr Zelensky no Telegram.
A Rússia parece estar a preparar-se para intensificar os ataques no inverno e para atingir infraestruturas de energia. Com base nisto, o Presidente da Ucrânia avisou que não pretende apenas defender-se, como também retaliar.
“Estamos a preparar-nos para os ataques terroristas contra as infraestruturas energéticas”, revelou no Telegram.
“O inimigo está bem ciente disso. Primeiro, retirou a sua frota da Crimeia, e agora está a afastar os aviões das nossas fronteiras”, recordou ainda.
-
Rússia alega ter recebido propostas de Washington para retomar diálogo de controlo de armas
Moscovo recebeu diversas propostas de Washington para que retomasse o diálogo sobre a estabilidade estratégica e o controlo de armas, revelou o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Ryabkov.
“Eles [Estados Unidos da América] propõem colocar o diálogo sobre estabilidade estratégica e controlo de armas de forma sistemática e fazê-lo de forma isolada de tudo o que está a acontecer. Não estamos prontos para isso”, disse, citado pela agência russa RIA Novosti.
Ryabkov disse ainda não haver nada de novo nas propostas apresentadas pelos EUA, mas que “já estão a ser estudadas com calma”. “Vamos responder no devido tempo. Já a forma como o vamos fazer, é muito cedo para dizer”.
Ainda assim, o vice-ministro disse que retomar o diálogo sobre a estabilidade estratégica, no que diz respeito a armas ofensivas e outras questões, é “simplesmente impossível”, caso o ambiente hostil entre os países não se altere.
-
Bombardeamento russo perto de central térmica em Khmelnitsky faz 20 feridos
Os ataques russos da última noite danificaram diversos edifícios junto à central térmica em Khmelnitsky, ferindo 20 pessoas, disse o ministro do Interior ucraniano, citado pelo The Guardian.
Apesar de as forças aéreas terem conseguido abater os 11 drones lançados pela Rússia, os seus destroços acabaram por danificar os edifícios das áreas circundantes.
“Durante a noite, o inimigo bombardeou as redondezas da central térmica de Khmelnitsky. Como resultado da explosão, as janelas dos edifícios administrativos e os laboratórios foram danificadas”, disse no Telegram.
Além de mais de 1.800 pessoas terem ficado sem eletricidade nas cidades de Netishyn (a cinco quilómetros da central) e de Slavuta (a 20 quilómetros), na última, foram danificados 20 edifícios, levando a que 20 pessoas ficassem feridas, revelou o presidente da câmara, Vasiliy Sydor.
-
Kremlin diz não estar preocupado com aumento do arsenal nuclear da China
O Kremlin disse hoje não estar preocupado com o facto de a China estar a aumentar o seu arsenal nuclear, referindo ainda a “parceria estratégica avançada” de Moscovo com Pequim e o direito de a China garantir a sua própria segurança, avançou a Reuters, citado pelo The Guardian.
No último relatório, o Pentágono dava conta de que a China tinha lançado os primeiros mísseis submarinos, movidos com propulsão nuclear, podendo assim combater por terra e por mar, algo que antes só os EUA e a Rússia conseguiam fazer, explica o jornal britânico.
-
Meloni avisa que apoio a Israel não pode enfraquecer ajuda à Ucrânia
A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, avisou hoje que a Europa não deve enfraquecer o apoio à Ucrânia, em detrimento da ajuda a Israel.
“Não podemos cometer o erro de enfraquecer o nosso apoio comum à Ucrânia”, disse antes da reunião com os líderes da União Europeia, citado pela Sky News.
-
"Fabrico de munições não sustenta os avanços da guerra"
A análise de Lívia Franco, professora universitária, sobre falta de munições na Europa. Acredita ainda que a situação Crimeia-Rússia “será uma derrota tanto política como na guerra da informação”.
Ouça aqui o novo episódio do “Gabinete de Guerra” da Rádio Observador.
-
Polícia finlandesa identifica âncora de navio chinês como possível causa para danos no gasoduto do Mar Báltico
As autoridades finlandesas divulgaram os resultados de uma investigação aos danos causados no gasoduto entre a Finlândia e a Estónia, no Mar Báltico.
Após concluído o levantamento de provas e amostras no local, os serviços de investigação nacionais — National Bureau of Investigation (NBI) — identificaram a âncora de um navio com a bandeira de Hong Kong como a possível causa da fuga que levou ao encerramento do gasoduto no início do mês.
No comunicado publicado no website, que foi seguido de uma conferência de imprensa, o chefe-geral da investigação, o superintendente Risto Lohi, disse que foi avistado um “rasto de 1,5 a quatro metros de largura no fundo do mar”, que conduzia ao local dos danos no gasoduto.
Finlândia fala em provável ataque a gasoduto. Responsáveis do governo suspeitam da Rússia
“A poucos metros, encontrava-se uma âncora que se crê ter causado o rasto e os próprios danos”, pode ler-se.
“Estas observações, associadas aos dados analisados sobre o tráfego dos navios, comprovaram a principal linha de investigação sobre o papel do navio New Polar Bear, de uma companhia de navegação chinesa, no incidente”, acrescentou o chefe geral da investigação.
As autoridades revelaram ainda que não conseguiram ver as duas âncoras no navio, “o que ajudou a centrar as suspeitas” no New Polar Bear.
-
Zelensky agradece à Austrália por novo pacote de ajuda militar
O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, agradeceu hoje ao primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, pelo novo pacote de ajuda militar de 12 milhões de euros (aproximadamente 12,7 milhões de dólares).
“O armamento anti-drone, o equipamento de desminagem e outras ajudas são da maior importância para os nossos guerreiros e para todo o nosso povo. Apreciamos muito o apoio da Austrália à luta da Ucrânia pela liberdade”, escreveu, numa publicação na rede social X, antigo Twitter.
I am grateful to @AlboMP for Australia’s new package of military aid. Antidrone weaponry, demining equipment, and other assistance are of utmost importance for our warriors and all of our people. We greatly appreciate Australia’s resolute support in Ukraine’s fight for freedom.
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) October 25, 2023
-
Um morto em ataque aéreo esta manhã na região de Kherson, diz governador
Esta manhã, a região de Kherson, no sul da Ucrânia, sofreu um ataque aéreo, tendo sido registado um morto, revelou o governador, Oleksandr Prokudin.
“Por volta das 7h20, o inimigo lançou uma bomba aérea numa zona residencial da cidade de Beryslav, tendo atingido uma casa”, disse no Telegram, citado pelo The Guardian. “Infelizmente, um homem de 42 anos morreu”.
Prokudin acrescentou ainda que, nas últimas 24 horas, a Rússia lançou 35 ataques aéreos a Kherson, uma região que já foi ocupada, mas que a Ucrânia conseguiu recuperar.
Esta semana, as autoridades locais ordenaram que as famílias das 802 crianças residentes em três distritos de Kherson abandonassem o território, devido consecutivos aos bombardeamentos.
-
Parlamento russo aprova revogar a ratificação do tratado global de proibição de testes nucleares. Agora, só falta Putin assinar
Após a câmara baixa do Parlamento russo (Duma) aprovar preliminarmente a revogação da ratificação do tratado global de proibição de testes nucleares, a câmara alta votou a favor da mesma decisão, faltando agora a assinatura do Presidente Vladimir Putin para esta ficar completa, revela a Sky News.
A Rússia anunciou no início do mês que ia possivelmente revogar a ratificação do tratado assinado em 1996, com os Estados Unidos da América (EUA), de forma a equiparar-se ao país, que nunca chegou a ratificá-lo, uma atitude considerada “irresponsável em relação às questões de segurança global”.
Rússia analisa revogação do Tratado de Proibição de Ensaios Nucleares
“O que vamos fazer a seguir — se continuamos a fazer parte do tratado ou não — não lhes vamos dizer [aos EUA]”, comunicou o presidente da Duma, Vyacheslav Volodin, na altura em que foi aprovada perliminarmente a revogação.