Por estes dias foi notícia a condenação de uma professora por ter puxado as orelhas a dois alunos. A sentença prevê pena de multa para professora. Para além da multa no valor total de 540 euros, a docente vai ter ainda de pagar a cada um dos menores 300 euros a título de compensação.

A professora estava acusada de maus-tratos, dos quais foi absolvida, tendo sido condenada por dois crimes de ofensa à integridade física simples, em ambos os casos à pena de multa de 70 dias.

Segundo a juíza, nos dias de hoje não é admissível que uma professora agrida de que forma for um aluno. Sabemos que outrora isso acontecia demasiadas vezes e ninguém intenciona regressar a esses tempos. Mas é preciso entender que hoje o professor se depara com alunos muito menos dotados dos mais elementares regras de educação.

Atualmente, está enraizada insidiosamente a ideia de que que o bom professor não “manda para a rua”, que o bom professor deve aceitar a indisciplina e pequena indisciplina com outras estratégias que não passem por “eliminar” os alunos que perturbem.

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Quer isto dizer que se o professor tiver a necessidade, ou recorrer a essa “arma”, de mandar sair o aluno perturbador, não é um bom professor porque, dizem os arautos da inclusão, não conseguiu encontrar estratégias para incluir quem não quer ser incluído.

Alguns “especialistas” dizem por aí que o professor, ao mandar sair um aluno da sala, não está a resolver um problema, mas sim a escondê-lo.

Mas terão pensado esses senhores que se, para “incluir” a dita criatura, que já todos percebemos pode bem não querer sequer estar ali, é preciso mantê-la dentro da sala, esse comportamento estará a excluir, ou pelo menos a ignorar, os interesses dos demais que ali querem estar. Será que algum dos alunos ganhará com isso? Aquele que fica contrariado e prejudica os outros? Os outros que não conseguem assistir à aula por estarem a ser perturbados? Ou ninguém?

Obviamente que ninguém. Evidentemente que ao pedir a determinado aluno que se retire da sala por estar a prejudicar os outros, e partindo do pressuposto que qualquer professor já só o faz como último recurso, o professor não resolve o problema daquele que saí mais protege todos os outros que ficam. Nem que seja para defender o interesse da maioria, devemos aplaudir a coragem do professor de cada vez que faz isso. Sim, porque atualmente é preciso coragem para confrontar teorias pedagógicas que vieram com o novo “eduquês” e “pedabobismo”.

Deixar o aluno perturbador em sala de aula não é incluí-lo. É excluir os outros! Perdem todos, incluindo o professor em sanidade mental!

Já que quem nos governa prefere continuar a ignorar o problema crescente da indisciplina, que haja coragem em cada um de nós para proteger os que querem aprender!