Assistimos agora à declaração do Secretário Geral do PCP, Paulo Raimundo, demarcando-se daquilo a que chama o “governo capitalista russo”.
Perante a morte de Navalny, esta declaração é claramente uma ultrapassagem à direita naquela que tem sido a posição do Partido Comunista Português nesta matéria.
Anteriormente o mesmo partido defendeu a invasão Russa na Ucrânia, apelando a factores históricos de pouca facilidade em provar.
Não podemos esquecer que apesar desta posição, assistimos na altura a posições a favor da Ucrânia em freguesias governadas pelo PCP, nomeadamente no Concelho da Covilhã, contrariando a posição do Comité Central.
Numa Europa cada vez mais refém da bipolarização da hegemonia mundial, é caso para dizer que este PCP com dois pesos e duas medidas, muitas vezes perdido na sua ação política pelo vazio de ideias face ao mundo atual e global, explica claramente o afastamento cada vez maior dos seus militantes e simpatizantes.
Tudo isto contrasta com o apoio do PCP a Nicolas Maduro e ao Governo Venezuelano, claramente desrespeitados dos mais elementares direitos humanos e da oposição.
É caro para dizer que o PCP não está morto, está antes moribundo.