Volvidas estas eleições legislativas, depois do mau resultado conseguido pelo PSD (apenas setenta e sete mandatos) e tendo em conta a maioria absoluta do PS, Rui Rio afirmou que já não via como poderia ser útil ao partido, colocando o seu lugar “à disposição”.

Assim, existirão eleições diretas no PSD no próximo dia vinte e oito de maio, com Luís Montenegro e Jorge Moreira da Silva a disputarem a liderança. A pergunta que se coloca é a seguinte: quais serão os desafios que o novo líder dos sociais-democratas terá de enfrentar para conseguir inverter o ciclo negativo do PSD?

No que concerne a Luís Montenegro, o mesmo referiu: “Candidato-me à liderança por sentido de responsabilidade – atendendo às circunstâncias difíceis que tanto Portugal como o PSD enfrentam e animado pela firme convicção de que sou portador de um projeto capaz de renovar o PSD.” Referiu, ainda, que Portugal precisa de uma oposição implacável e pronta para governar a qualquer momento.

Primeiro de tudo, os dois candidatos não terão representação no Parlamento, pelo que este será o primeiro desafio que terão. Além disso, o ex-líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, já anunciou que se candidatou a líder do partido para se tornar primeiro-ministro, algo que será bastante difícil de concretizar, tendo em conta o atual momento do PSD e a maioria absoluta do PS.

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Por outro lado, o ex-ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, defende que não devem existir quaisquer acordos com o CHEGA, pois, segundo o mesmo, o PSD não deverá realizar acordos com forças políticas populistas – “O PSD não pode negociar com forças populistas, racistas e xenófobas.

Jorge Moreira da Silva apontou para quatro metas, dezassete objetivos e treze missões. “Quero colocar Portugal, até 2030, no top 3 do ranking do Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (hoje estamos na vigésima sétima posição), no top 3 do Índice de Desenvolvimento Humano das Nações Unidas (hoje estamos na trigésima oitava posição), no top 3 do Índice de Bem-Estar da OCDE (hoje estamos na trigésima primeira posição)“.

O Moreira da Silva enumerou como objetivos, a modernização do Estado, o combate à corrupção, o combate às desigualdades sociais, às alterações climáticas e às desigualdades sociais e o aumento da competitividade.

Nada será fácil daqui em diante, mas o PSD só anseia por dias melhores e, se tudo correr como ambos os candidatos desejam, daqui a quatro anos e meio o PSD estará no Governo, novamente, após doze anos (se se cumprir a Legislatura) de domínio socialista.

E dia vinte e oito de maio, veremos se será Luís Montenegro ou Jorge Moreira da Silva a liderarem os sociais-democratas.