Como jovem português, cada vez mais, vejo o meu futuro em Portugal hipotecado, sendo desolador perceber que o nosso país está gradualmente a perder a atratividade para a juventude. Não podemos negar a realidade: Portugal está longe de ser um país onde os jovens possam prosperar. Enquanto persistirmos em ignorar os problemas que nos cercam, não haverá espaço para a esperança de uma mudança. É hora de enfrentarmos esses desafios, se quisermos verdadeiramente construir um país onde os jovens queiram ficar.
Os dados não enganam: a taxa de desemprego jovem está cada vez mais alta, tendo ultrapassado os 23%. 72% dos jovens portugueses recebem um salário inferior a 1000 euros. Tais circunstâncias trazem consequências. Sabemos que, em Portugal, os jovens em média, saem de casa dos seus pais após os 29 anos (29,7 anos segundo o Eurostat), sendo que, os portugueses esperam até aos 37 anos para pedir crédito à habitação prolongando o pagamento do empréstimo à habitação até à idade de reforma. Recentemente, ficamos ainda a saber que 30% dos jovens portugueses emigraram, o dado mais assustador e marcante de todos, mas que, após o diagnóstico, não será surpresa para ninguém. Em suma, qualquer jovem português tem o seu futuro em Portugal em risco, optando um terço destes jovens por sair do seu país.
Mesmo assim, eu QUERO FICAR!
Quero ficar porque acredito no meu país. Quero ficar pela minha mãe. Quero ficar pelos meus futuros filhos. Quero ficar pelos meus amigos. Quero ficar para que outros possam voltar. Quero ficar para que outros não vão. Quero ficar, mas também quero mudar.
Enquanto mantivermos este rumo, esta sangria não vai parar. Continuaremos a ver partir filhos e netos, irmãos e primos, amigos e conhecidos para países mais prósperos, onde lhes é possível ter uma vida bem mais confortável do que no seu próprio país. E não nos podemos conformar com isso. Urge uma mudança de paradigma, não podemos continuar a permitir que os nossos decisores políticos nivelem por baixo!
Para isso, é essencial reformar o país. São urgentes reformas económicas, potenciando a criação de emprego e reduzindo a brutal carga fiscal vigente em Portugal; Reformas no setor da habitação, fomentando a construção ao invés daquilo que foi o pacote Mais Habitação. Reformas no setor da saúde, permitindo que todos os portugueses tenham acesso a cuidados de saúde de qualidade, independentemente do prestador, e reformas na educação, garantindo mais autonomia às nossas escolas.
Não podemos mais permitir que o nosso país seja um lugar de partida obrigatório, mas sim um destino de oportunidades e crescimento. Em qualquer jovem português reside um desejo de ver Portugal como sua casa, como seu futuro, e, apesar dos desafios que enfrentamos e nos assolam, mantém-se a esperança. A esperança de um Portugal para nós, para os nossos filhos e netos.
Acredito, profundamente, que o meu futuro passa por Portugal, que não terei de ser mais um a “fugir” do país para melhorar a sua vida. Acredito que nós, jovens, teremos um papel crucial para que Portugal mude e se torne num país mais próspero para todos. Para isso, temos de mudar o país, para não mudar de país!
Dia 10 de março teremos uma decisão fulcral para definir o futuro do nosso país. É preciso mudar Portugal, e o único voto para isso, é o voto na Iniciativa Liberal!