Perdida, enterrada ou possivelmente roubada. Não se conhece, ao certo, o destino da cabeça da famosa estátua do líder soviético Vladimir Lenine, situada na Praça Lenine na Alemanha do leste (atual Praça das Nações Unidas, em Berlim), entre 1970 e 1991, ano em que foi desmantelada na sequência da dissolução da União Soviética.

Como um país perde uma cabeça de três toneladas e meia, não se sabe. O que é certo é que as questões sobre o paradeiro do artefacto surgiram depois de ter sido feito um pedido para que a cabeça do líder soviético fosse integrada numa exposição sobre as épocas nazi e comunista alemãs. Mas o mais curioso é que, aparentemente, Berlim perdeu o rasto da cabeça de Lenine há mais de 20 anos.

Em 1991, a estátua foi desmantelada em 129 peças, que foram enterradas na floresta de Koepenick, na periferia de Berlim, tendo ficado expostas a quaisquer atos de vandalismo ou, inclusive, a roubos. A cabeça desaparecida era uma das poucas peças que ainda se encontravam intactas.

De acordo com a cadeia de televisão russa RT, quando os organizadores da exposição foram à procura da cabeça na floresta onde o resto da estátua foi enterrada, não a encontraram. Questionaram organismos governamentais e administrativos locais e continuaram sem respostas. O senado berlinense recusou uma proposta dos organizadores da exposição para localizar e desenterrar a cabeça de Lenine, pois também não se sabe a localização exata do artefacto, e argumentou que seria extremamente caro para a cidade iniciar escavações em toda a floresta.

A decisão já foi criticada, em particular pelo partido esquerdista Die Linke, que acusa as autoridades de estarem “assustadas por causa de uma velha cabeça estúpida”.

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