O Novo Banco vai ser vendido em quatro ou, no máximo, seis meses e já há bancos interessados, revelou este sábado Marques Mendes no seu comentário semanal da SIC. O social democrata diz que, esta semana, o Banco de Portugal já vai reunir com o BNP Paribas para definir a “cronologia das operações”.

Um mês depois de o BES ter sido separado em dois bancos, um deles com os ativos tóxicos, Marques Mendes diz que a venda do ‘banco bom’ está para breve. E até dá pormenores sobre a venda: o banco será vendido no seu conjunto, e não em partes, “para potenciar o seu valor”. Será vendido numa espécie de “concurso público” com carta fechada. E já há bancos interessados.

“O BNP Paribas, o banco convidado a assessorar nesta questão, já identificou interessados : três bancos espanhóis, um inglês, um banco brasileiro e vários fundos financeiros”, disse.

O BNP Paribas deverá reunir-se esta semana com o Banco de Portugal para definir como tudo vai decorrer. Já no plano da Justiça, diz o comentador, o processo não parece correr tão célere.

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“Passou um mês da criação do Novo Banco, o governador do Banco de Portugal falou em fraudes e em branqueamento, a Justiça anunciou uma grande equipa especial. E até agora zero.”

O comentador alertou para o facto de, em breve, começarem a cair vários processos em tribunal. E se “as autoridades não estiverem blindadas vai ser um pandemónio”, referiu.

Quanto ao inquérito parlamentar ao caso BES, pedido pelo PCP, Marques Mendes considera que deverá ser votado na totalidade. Mas alerta para a necessidade de o inquérito ser feito rapidamente.

“No próximo ano há eleições e se o inquérito se arrastar por mais de quatro meses, a questão vai ser politizada. Por outro lado o banco está a ser alvo de uma venda e não deve andar a ser discutido”, disse.