Estavam armados com metralhadoras Kalashnikov, segundo as testemunhas, e entraram no Museu do Bardo, em Tunes, na Tunísia, aos tiros. Morreram 23 pessoas e mais de 40 estão feridas, na sequência do ataque terrorista desta quarta-feira. Ao início da tarde, a polícia abateu dois dos atacantes, Yassine Laabidi e Hatem Khachnaoui, e libertou os reféns do museu. Histórias de quem viveu (ou de quem é próximo das vítimas) já começaram a chegar aos meios de comunicação social.
Um esconderijo que pode ter salvado três vidas
Passaram a noite escondidos, mas sobreviveram. Um casal espanhol foi encontrado na manhã desta quinta-feira dentro de um gabinete do Museu do Bardo, em Tunes. A mulher está grávida. A proteção civil tunisina avançou que os turistas passaram a noite escondidos.
Foi o empregado do museu, Lassasd Bouali, que escondeu os turistas, oriundos da localidade valenciana de Sueca, no seu gabinete, conta a agência France Presse. Quando foram encontrados, seguiram para um hospital para realizar exames de rotina.
Na Tunísia, para celebrar o amor
Os vizinhos de Francisco Cabezas, jornalista de desporto do El Mundo, estavam na Tunísia a celebrar as bodas de ouro do seu casamento. Mas deviam era estar em Tortosa, Tarragona, a festejar com os filhos e netos, diz o vizinho e amigo.
Quando ouviu a notícia na rádio, começou a ligar para os telemóveis de ambos. Chamavam-se António e Dolores. As chamadas ficaram sem resposta. Quiseram celebrar o amor de uma vida a bordo de um cruzeiro. São dois dos turistas mortos em Tunes.
Escondida, em direto para a televisão francesa
Uma turista francesa que estava a visitar o Museu Bardo durante o atentado desta quarta-feira falou ao telefone com um canal de televisão francês – i-Telé – enquanto decorria o atentado, Os telespectadores puderam ouvir os tiros. Foi a irmã de Geraldine que deu o número de telefone aos jornalistas pedindo para lhe chamarem “Fabiennne”.
A turista estava escondida no terceiro andar do museu e explicou aos jornalistas que o ataque aconteceu enquanto participava numa visita guiada pela instituição. Juntamente com Geraldine, estavam cerca de 40 franceses escondidos numa das salas. O ataque ocorreu à medida que a turista ia falando com os jornalistas.